terça-feira, 2 de agosto de 2011

Onda de violência aumenta pressão internacional sobre a Síria


A violenta operação do Exército da Síria contra a oposição em diferentes cidades provocou uma nova onda de pressão internacional sobre o governo do país.

Nesta terça-feira, o terceiro dia consecutivo de violência, a Itália convocou seu embaixador em Damasco como protesto pela "horrível repressão contra a população".

"Propomos que todos os países da União Europeia façam o mesmo", disse um comunicado da chancelaria italiana.

A nova crise de violência na Síria começou no domingo, quando tanques invadiram Hama, palco de alguns dos mais intensos protestos contra o governo do presidente Bashar Al-Assad, e outras cidades do país. Segundo a Associated Press, a ação do Exército deixou 75 mortos, enquanto a BBC fala em mais de 130 vítimas.

De acordo com ativistas, a operação deixou mais 24 mortos na segunda-feira - dez em Hama, seis em Damasco, três em Homs, dois em Boukamal, dois em Latakia e um em Madamaiya. Além disso, mais de cem pessoas teriam sido detidas no primeiro dia do Ramadã, o mês sagrado para os muçulmanos.

A ação continua nesta terça-feira, com tropas avançando na área oeste de Hama e atirando com metralhadoras em áreas da cidade. Tiros foram ouvidos na principal prisão local, onde o policiamento foi reforçado.

Os ataques foram condenados por Estados Unidos e países da Europa. Na segunda-feira, a União Europeia ampliou as sanções contra o governo da Síria, incluindo mais cinco nomes na lista de indivíduos que tiveram bens bloqueados e estão proibidos de viajar para o bloco. Ao todo, 35 pessoas foram alvo de sanções.

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Nesta terça-feira, o chefe militar americano Mike Mullen afirmou que os EUA querem aumentar a pressão contra o regime sírio "política e diplomaticamente". Questionado sobre a possibilidade de uma ação militar, Mullen afirmou que "não há qualquer indicação de que os EUA se envolvam diretamente".

A Alemanha solicitou uma reunião na ONU sobre a violência na Síria, durante a qual potências europeias relançaram um antigo projeto de resolução para condenar Damasco pela repressão contra manifestantes. Uma nova versão do texto circulou pelo Conselho de Segurança na segunda-feira, mas nenhuma decisão foi tomada.

A ação do Exército sírio parece tentar impedir que os protestos contra o governo ganhem força durante o Ramadã. No mês do jejum muçulmano, centenas de pessoas frquentam mesquitas à noite, e o regime teme que as orações possam se transformar em amplas manifestações.

Ativistas dizem que mais de 1.500 civis e 350 oficiais das forças de segurança foram mortos na Síria desde o início dos protestos, em meados do mês de março. Além disso, mais de 12.600 pessoas foram presas e outras 3 mil constam como desaparecidas.

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