são Paulo - O mercado financeiro reduziu levemente a projeção para a inflação em 2011, segundo o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC). De acordo com a pesquisa, a expectativa para a inflação oficial neste ano recuou de 6,23% para 6,22%, em um patamar ainda distante do centro da meta de inflação, que é de 4,50%. A meta tem margem de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
A mediana das expectativas quanto ao fechamento do IPCA em 2011 teve leve queda (frente 6,33% há quatro semanas), pela quinta vez consecutiva, refletindo as menores projeções de inflação para o curto prazo. Para 2012, as perspectivas mantiveram o nível da semana anterior, de 5,10%. "Em junho, a distribuição das expectativas para o IPCA do final de 2011 se situava, em sua maioria, entre 6,2% e 6,8%, mais concentradas abaixo de 6,6%, diferentemente da leitura anterior, em que a concentração acima de 6,6% era maior. Esta é uma boa notícia ao Banco Central, uma vez que indica que menos analistas esperam que a inflação fure o teto da meta neste ano", aponta a análise da Rosemberg Consultores.
De acordo com o documento, "para 2012, as duas principais modas continuam sendo 5,2% e 5,6%; contudo, havia uma certa concentração na cauda inferior da distribuição, em torno de 4,8%, que se dissipou, dando lugar a uma formação de uma nova concentração em torno de 5,8%. Ou seja, embora as perspectivas para 2011 tenham registrado ligeira melhora, o quadro para 2012 permanece não favorável", descreve.
Ainda segundo o Boletim Focus desta semana, a Selic esperada no final de 2011 continuou no patamar de 12,5%, alcançado há cinco semanas. Para 2012, a mediana para o fim do período permanece em 12,25%.
"A distribuição de freqüência das expectativas sobre a Selic para 12 meses a frente se deslocou de uma alta freqüência fortemente situada em 12,5% [amplitude do pico de 12,0% a 13,0%] em março, para uma alta freqüência centralizada em 13,0% em junho de 2011 [com vasta concentração de projeções entre 12,5% e 13,75%]."
A projeção do IGP-DI mostrou queda pela quinta semana (de 6,84% para 6,79%), frente 7,0% há quatro semanas.
Para 2012, a expectativa manteve-se pela décima semana consecutiva em 5,0%. A mediana referente ao IGP-M se retraiu de 6,8% para 6,7%, após estabilidade na semana anterior, mas menor que o valor registrado quatro semanas atrás (6,92%). Para 2012, está em 5,0%.
O câmbio esperado para o final de 2011 mantém o valor de R$ 1,61/US$; para 2012, o câmbio retornou ao valor de R$ 1,67/US$, vindo de R$ 1,68/US$..
Quanto à estimativa mediana de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), continua em 4% para 2011, mas reduziu-se de 4,2% para 4,1% para 2012. A projeção de crescimento da produção industrial retomou a trajetória de queda após o pífio resultado de abril (de 3,73% para 3,5%). Para 2012, houve queda na mediana das projeções (de 4, 60% para 4,55%). A previsão para o déficit nas contas externas em 2011 está em US$ 60,00 bilhões.
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