Brasília - Analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) reduziram a projeção para o crescimento da economia - Produto Interno Bruto (PIB) - em 2012 de 4,20% para 4,10%. Para este ano, a estimativa permanece em 4%.
A expectativa para o crescimento da produção industrial foi reduzida de 3,73% para 3,5%, neste ano e de 4,60% para 4,5%, em 2012.
A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi ajustada de 39,20% para 39,15%, em 2011, e segue em 38%, no próximo ano.
A expectativa para a cotação do dólar ao final de 2011 segue em R$ 1,61, neste ano, e em R$ 1,70, em 2012. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi mantida em US$ 20 bilhões, neste ano, e subiu de US$ 10 bilhões para US$ 10,1 bilhões, em 2012.
Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa segue em US$ 60 bilhões, em 2011, e em US$ 70 bilhões, no próximo ano.
A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) segue em US$ 50 bilhões, neste ano, e em US$ 45 bilhões, em 2012.
Inflação oficial
Os analistas reduziram pela quinta semana seguida a estimativa para a inflação oficial nesste ano. Segundo pesquisa semanal divulgada pelo BC, a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi levemente reduzida de 6,23% para 6,22%. Há quatro semanas, essa estimativa estava em 6,33%. Para 2012, a projeção para o IPCA foi mantida em 5,10%.
Apesar da queda na estimativa do IPCA para este ano, o índice ainda está bem acima do centro da meta de inflação de 4,5%. Essa meta, válida para 2011 e 2012, tem ainda margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior é 6,5%.
A pesquisa do BC também traz projeções para outros índices de inflação. A expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), neste ano, passou 5,92% para 5,83%. Para 2012, a estimativa segue em 4,79%.
A estimativa para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), neste ano, passou de 6,84% para 6,79%. No caso do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a estimativa também caiu, de 6,80% para 6,70%. Para 2012, a projeção para esses dois índices segue em 5%.
A estimativa dos analistas para os preços administrados permanece em 5%, em 2011, e em 4,50%, no próximo ano. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo, entre outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário