domingo, 29 de maio de 2011

Cobra sucuri mata meninas afogadas no rio Sapucai em Itajubá-MG (01-05-...

Cobra sucuri mata meninas afogadas no rio Sapucai em Itajubá-MG (01-05-...

PARABENS RODRIGO FARO PELO TEU TRABALHO TUDO DE BOM . WEBTV CLUBNOVAERA A TV WEB MAIS MELHOR DO BRASIL.

"É um dos lugares mais mágicos e fortes do mundo", diz Bruna Lombardi sobre o Pampa Bruna virá ao RS em agosto para lançar o próximo filme "Onde Está


De chapéu panamá e óculos escuros, tomando chá no hall do Hotel Mabu, em Foz do Iguaçu, a loira Bruna Lombardi passaria facilmente por uma jovem turista estrangeira, das milhares que todos os anos desembarcam na cidade para conhecer as cataratas. Quando tira os óculos e mostra os inconfundíveis olhos verdes, revela-se a mulher que estampou incontáveis capas de revistas, fez novelas, filmes e comerciais. Quando fala, emerge a escritora que encantou o poeta Mario Quintana nos anos 1970, quando esteve pela primeira vez na Praça da Alfândega para lançar seu livro de poesias, e agora faz roteiros de cinema, atua e produz os próprios filmes. Aos 58 anos, aparenta menos. Muito menos.

É para lançar o próximo filme, a comédia romântica Onde Está a Felicidade?, que Bruna virá ao Rio Grande do Sul em agosto. Ela conta que adora Porto Alegre, elogia os gaúchos e revela que já passou mil vezes pela cabeça fazer um filme que tenha o Pampa como cenário:

— Eu acho que é um dos lugares mais mágicos e fortes do mundo. Uma força na quietude que é impressionante.

Bruna conversou com Donna durante 55 minutos, antes de mediar um painel com o sociólogo italiano Domenico de Masi, no Fórum Político da Unimed Brasil. Falou de seus projetos, da paixão por Quintana, do Brasil comandado por Dilma Rousseff e até dos segredos para não se preocupar com a chegada dos 60 anos.

Donna _ Por que a felicidade como tema?
Bruna _ A felicidade é um grande tema, está sendo discutido até em Harvard. O curso que mais teve inscrições no ano passado em Harvard chamava-se Happier.

Donna _ Aqui no Brasil, o senador Cristovam Buarque tem até um projeto que trata a felicidade como um direito fundamental do homem.
Bruna _ Eu conheço o senador Cristovam. O projeto é inspirado no Butão, que tem a felicidade como centro de um projeto de governo. Qual é o PIB que interessa? Não é só o crescimento econômico. Tem que ter a melhoria da qualidade de vida de todos.

Donna _ Como a felicidade é tratada no seu filme?
Bruna _ O filme brinca com a felicidade. É sobre um casal. A mulher que trabalha com comida, tem um programa de receitas afrodisíacas na TV, e ele é comentarista de futebol.

Donna _ Ela é você?
Bruna _ Eu faço o papel dela. O Bruno Garcia faz o papel do marido. E o Marcelo Airoldi faz o diretor do programa. Ela vai perder o emprego, vai descobrir que o marido está tendo um quiproquó e vai largar tudo. Aquele desejo de mudar, aquela mudança radical que uma mulher tem em um momento de desespero. E ela resolve fazer o caminho de Santiago de Compostela. O diretor vai junto. É claro ela que vai pelas razões erradas. É uma comédia, os personagens estão buscando as coisas no lugar em que não estão. É uma coprodução Brasil_Espanha, uma grande parte do elenco é espanhola, outra é brasileira.

Donna _ O filme é falado em inglês?
Bruna _ Não, em português e em portunhol. Porque é um brasileiro achando que fala o espanhol na Espanha, e o espanhol achando que fala português. É muito engraçado. O filme vai ser distribuído pela Fox e tem a Globo Filmes. Vai ser um grande lançamento.

Donna _ Você foi roteirista, atriz principal e produtora. A família toda está envolvida?
Bruna _ Sim, o Ri (Carlos Alberto Ricelli, marido de Bruna) dirige, e o Kim (filho) é diretor-assistente. É a mesma dobradinha que a gente fez em O Signo da Cidade.

Donna _ O Kim foi para os Estados Unidos com oito anos. O cinema entrou na vida dele naturalmente?
Bruna _ Entrou. E não parou mais. Ele trabalha com música. Eu acho que ele tem todas as gamas da arte. Ele toca um instrumento fantástico que se chama "hang", toca superbem, tem vários projetos experimentais, e ele adora o Brasil. Está sempre nessa ponte. Hoje em dia nós estamos mais preparados para nos movimentar pelo mundo. Na época em que eu saí de São Paulo para estudar roteiro, o Brasil não tinha nenhum escola, e eu queria me aperfeiçoar nisso. Mas eu nunca deixei minha casa no Brasil.

Donna _ Vivendo em Los Angeles, é teu sonho de consumo um dia ganhar um Oscar?
Bruna _ Eu sei que qualquer um tem esse sonho. Quem já não pensou nisso? Mas eu, desde menina, sempre "apareci muito", por várias circunstâncias. Eu fazia balé e estudava no Dante Alighieri, uma escola paulista de 5 mil alunos. Na época quase não existia o nome Bruna no Brasil. Eu era a única Bruna.

Donna _ Bruna Tereza...
Bruna _ Bruna Patrícia Romilda Maria Tereza Lombardi. Enorme. Os professores diziam: quem é essa? Então eu sempre apareci muito. E é engraçado, porque ao mesmo tempo eu tinha um desejo de recolhimento. Esse é o meu lado escritora. Eu vivia nesses dois polos. O polo público e o polo de recolhimento, onde eu ia trabalhar, criar, escrever, meus livros, meus poemas.

Donna _ Você começou a escrever poemas ainda menina?
Bruna _ Sim, menininha. Nessa época do Dante eu já era muito conhecida porque aos sete, oito anos, eu já escrevia. As colegas pediam "faz essa redação pra mim". E eu fazia.

Donna _ Cartinhas para os namorados das amigas também?
Bruna _ Também. Eu já era mercenária. Escrevia em troca de chocolate. E elas adoravam. Minhas grandes amigas foram as primeiras grandes incentivadoras. Depois os professores. E eu comecei a ser a representante da minha escola em concursos de redação, porque inevitalmente eu ia ganhar. Eu não estou falando isso para me gabar. Mas eu estava acostumada a ser chamada para escrever, para fazer discurso, até o meu último ano de faculdade, quando eu fiz os dois discursos de formatura.

Donna _ As novelas fizeram você ficar conhecida do grande público? Tem saudade?
Bruna _ Acho que foi muito gostoso. A novela é uma coisa muito forte no Brasil. As pessoas amam de paixão, mas teve um ponto da minha vida que eu tive que fazer uma escolha. De um lado eu tinha um contrato que a Globo queria renovar por sete anos, ganhando superbem, fazendo grandes trabalhos. De outro lado, tinha o desejo de me aventurar no desconhecido. Tem uma hora que você tem que seguir o seu instinto. E eu queria essa liberdade de tentar e de me aventurar. Desde sempre eu quis isso. A situação muito confortável me inquieta.

Donna _ O risco te fascina?
Bruna _ Eu acho que eu tenho uma inquietude forte, que eu preciso de algum desafio permanente e, de preferência, de uma coisa que eu ainda não sei. Eu não tenho sonhos mirabolantes, de uma coisa que jamais vou poder alcançar. Meus sonhos exigem muita dedicação e trabalho. Se eu tivesse que me definir, eu diria que sou uma pessoa muito trabalhadora. Eu acho que isso é que tira um pouco o medo da gente. Eu estou aqui agora, se eu precisar lavar esse chão inteiro (aponta para o amplo saguão do Hotel Mabu), dar uma limpada e organizar isso aqui, eu faço. Eu não tenho medo de trabalhar, entendeu? Eu não sou aquela pessoa que cruza os braços e quer que alguém faça por ela. Eu gosto de arregaçar as mangas.

Donna _ Em sua casa em Los Angeles você faz esse tipo de serviço ou faxina é força de expressão?
Bruna _ Eu sou aquela pessoa que quando não está fazendo nada está fazendo faxina. Hoje eu não tenho nada pra fazer? É pra já. Tiro tudo da gaveta, jogo coisas fora, dou metade das minhas coisas. Limpo tudo. Não sei se isso é bom ou se isso é ruim. É minha natureza.

Donna _ O Rio Grande do Sul tem uma ligação forte com você, por ter sido a musa do nosso poeta Mario Quintana. Como é que isso tudo começou?
Bruna _ Olha, o Rio Grande do Sul é um marco na minha vida. Porto Alegre é a minha cidade de paixão. Por incrível que pareça, o primeiro dinheiro que eu ganhei foi com poesia. Depois eu ganhei muito mais como modelo, claro, e como atriz, muito mais. O primeiro cheque que eu ganhei foi publicando poesia na Universidade de Nova York, que eu nem conhecia. Mandaram meus poemas, a universidade publicou e me mandou um cheque de US$ 1 mil. Uma fortuna para quem tinha 16 anos. Eu tinha essa sensação de que eu era uma profissional para escrever. Quando eu publiquei meu primeiro livro, que o Chico Buarque fez o prefácio — e ele era meu maior ídolo, quase morri atropelada por causa de um pôster dele —, eu nem acreditei que aquilo estava acontecendo. Pra mim era um milagre. Aí eu vim para a Feira do Livro de Porto Alegre. Foi como se eu tivesse entrado no Nirvana. Eu fui convidada no meio de todos esses escritores brasileiros e conheci Mario Quintana, Clarice Lispector, Nélida Piñon, Rubem Fonseca, Moacyr Scliar, Sérgio Faraco e tantos outros. Esses nomes pra mim eram míticos.

Donna _ De parte do Quintana foi amor à primeira vista.
Bruna _ Eu era tão fã dele, sabia poesias dele, era leitora dele. Então você imagina aquela menina que é fã, sentada na mesa dos autógrafos. Eu olho e vejo Mario Quintana na fila de autógrafos do meu livro. Eu não acreditei. Congelei. Claro, fui lá para tirá-lo da fila, e ele falou "não, não", com aquele jeitinho dele, que Mario era um anjo. Mario não era uma pessoa. Eu sempre brincava com ele que ele tinha asas escondidas debaixo daquele terno cinza que ele usava. Que ele escondia as asinhas, enfiava o blazer dele e ia pra cidade tomar café, sentar no banco da praça, fumar, conversar e escrever. Esse era o Mario. Eu tenho um monte de cartas do Mario, escritas a mão, o que pra mim é um tesouro. As pessoas perguntam "por que você não publica?".

Donna _ Você já pensou em publicar?
Bruna _ Não, deixa lá, quietas. Por que eu vou publicar? Não sei se ele gostaria que eu publicasse. Não tive esse sinal dele. Se um dia eu tiver eu publico.

Donna _ E depois?
Bruna _ Desse dia em diante nós ficamos muito amigos. Ele já tinha uma idade avançada, a saúde era muito frágil. Aquela coisa do passarinho: "Eles passarão, eu passarinho". A gente se prometeu que todo ano a gente ia ter pelo menos um encontro, além de trocar cartas. Às vezes eu ficava sem escrever, ele reclamava muito. E todo ano a gente se encontrava para um chá. Sabe, parecia a Alice e o Chapeleiro Maluco. Eu ia a Porto Alegre, a gente se encontrava, tomava um chá, e era uma amizade assim, de conversar sobre literatura, sobre poesia, sobre vida, porque ele tinha esse humor constante e, ao mesmo tempo, a gente se fazia bem.

Donna _ Tem um pouco de Mario Quintana em Onde Está a Felicidade?
Bruna _ Será? No fundo tem um pouco de Mario Quintana em tudo o que a gente vive. Acho que Mario espalhou a energia fabulosa dele em todos nós. Sabe aquele anjo que virou energia para todo lugar? Claro, a vida vai mudando tanto, mas ele é um cara que mora para sempre no meu coração. E é bom porque todos nós trabalhamos para preservar a memória dele. Eu fico feliz que tem gente fora do Brasil que conhece a literatura brasileira e cita o Mario Quintana como um dos maiores poetas do mundo. A obra dele ganhou o mundo. Isso é uma alegria enorme. Mario, com aquela simplicidade, era de uma modéstia comovente.

Donna _ Há espaço para a poesia nesse mundo supertecnológico?
Bruna _ Eu acho que nesta busca da felicidade o homem chegou a grandes bens materiais, o mundo está mais rico, o Brasil está bombando, mas eu vejo as pessoas querendo buscar o lúdico, o lado mais emocional. Parece que todo mundo no Rio Grande do Sul é um poeta enrustido. Todo mundo escreveu um livro, tem uns poemas escritos, tem um lado B. Esse culto à poesia, esse culto à literatura, esse culto às palavras, que passa de geração para geração, e que está no cerne. Essas coisas estão no DNA, assim como está no DNA o prazer de olhar essa extensão do pampa. Sentar quieto e olhar aquilo, é uma contemplação. Tem coisa mais maravilhosa do que esse momento?

Donna _ Você fala do pampa com tanto entusiasmo. Passa pela sua cabeça fazer um filme que tenha o pampa como cenário?
Bruna _ Já passou mil vezes. Eu acho que é um dos lugares mais mágicos e fortes do mundo. Uma força na quietude que é impressionante. A valorização da literatura que tem no Rio Grande do Sul é rara de se encontrar. Preservaram esse valor. Tem inteligência. A gente vive de valores. Os valores adquiridos, os valores ensinados desde criança e os valores que a gente escolhe. Eu fico supercontente cada vez que eu vou ao Rio Grande do Sul. No debate do Signo eu fui a Porto Alegre e foi extraordinário. Espero repetir agora com Onde Está a Felicidade? porque é muito estimulante você conversar com essa plateia interessada, inteligente.

Donna _ Quando a gente fala em cinema hoje no Brasil a grande discussão é se o cinema deve ou não ter incentivos oficiais. Você acha que deve?
Bruna _ Se você compra um carro brasileiro, ele tem um preço, se você compra um carro estrangeiro ele tem outro preço. Se você compra uma revista brasileira, ela tem um preço, se você compra uma revista estrangeira, ela tem outro preço. No entanto, o tíquete de cinema é igual para os dois. Nós temos uma concorrência muito forte além daquela que se tem em casa, da televisão. O cinema precisa de subsídio do governo, se não ele não sobrevive. Mas ele não pode, com esse subsídio do governo, se tornar um cinema de autor para meia dúzia. Tem que ser um cinema de comunicação com o público. Nós temos essa experiência de vários filmes brasileiros que fizeram sucesso e superaram os estrangeiros, concorrendo ao mesmo preço. Isso prova que o cinema brasileiro é um produto de sucesso. Ele compete com filmes onde se investem US$ 100 milhões, US$ 200 milhões. Nosso cinema é baratíssimo. Eles não acreditam que a gente consiga fazer cinema por tão pouco.

Donna _ Quanto custou esse teu último filme?
Bruna _ Eu não sou a pessoa que cuida do budget (orçamento). Quando a gente trouxer a pessoa que cuida disso, você terá a resposta. Mas é um filme mais caro, porque foi uma produção Brasil-Espanha.

Donna_ Mas teve captação de recursos pelas leis de incentivo?
Bruna _ Teve captação, teve patrocínio. Eu acredito muito no patrocínio das empresas. Eu adoro que as empresas patrocinem cinema. Nós tivemos patrocínio da Man (Divisão de caminhões da Volkswagen), da Credicard, da Sabesp, da Telefónica, várias empresas que deram voto de confiança, que acreditaram na gente, que estão com a gente desde o primeiro filme. Eu acho que a empresa que põe dinheiro em cultura está colaborando com essa necessidade que o mundo tem de se elevar espiritualmente.

Donna _ Você morando boa parte do tempo em nos Estados Unidos tem uma visão bastante otimista do Brasil. De onde vem a convicção de que o Brasil está melhorando?
Bruna _ Eu acho que estamos vendo uma enorme evolução. Na área política eu acho que a gente nunca viu um estado de coisas tão bom. A minha vida inteira eu nunca vi uma sucessão de governos tão boa como a gente viu agora. De Fernando Henrique, Lula, Dilma. A Dilma eu acho uma mulher extraordinária, uma mulher de vida, de postura, de valores, de integridade, idealismo, de uma dignidade. Se ela não fosse presidente do Brasil, eu acharia digno o país que tivesse essa presidente. Sabendo da história dela, da trajetória, das ideias dela e da maneira como ela vai lá resolver. Esse resultado que a gente está colhendo são sementes que foram plantadas nos últimos anos. Quando é que nós tivemos um país assim? Em que momento o Brasil viveu esse futuro que está virando presente? Eu acho que a gente está vendo o Brasil melhor do que nunca esteve. A nova geração vem com valores tão lindos, com tanto desejo de um mundo melhor. A própria rede social muda o conceito de liderança. As novas lideranças de vários Estados vêm com um novo pique, uma nova energia. Eu não tenho dúvida de que a gente está melhor. Muito melhor.

Donna _ Como você consegue conciliar essas tarefas de roteirista, atriz, produtora, com a leitura e outros hobbies e ainda manter a vida familiar preservada?
Bruna _ Eu acho que eu tenho muito empenho. Eu sou muito trabalhadora. Nada disso vem pronto. Nenhum pacote que eu conheça vem pronto. Tudo exige muito trabalho na vida. Um relacionamento exige trabalho, exige empenho, exige dedicação. Seja um livro, um filme, um bolo na cozinha. Tem que estudar, tem que fazer direito. Eu acho que é um desejo de que dê certo. Eu sou uma pessoa muito otimista, muito energética. Eu quero que as coisas deem certo, não só pra mim, mas para as pessoas que estão comigo. Eu gosto de ver as outras pessoas dando certo. Eu quero o bem dos outros. Isso pra mim é religião. Acreditar que o teu bem estar não basta. Tem gente que vive de uma forma dentro de casa, tem empregada e não quer saber se ela está bem de saúde, se está precisando de alguma coisa. As pessoas que te cercam não estão ali por acaso. Nada é por acaso.

Donna _ Você é organizada para conseguir conciliar tudo isso?
Bruna _ Eu sou muito organizada. Eu luto pela organização num mundo caótico. O mundo da gente é um mundo caótico. Eu estou longe da perfeição, mas eu batalho para conseguir conciliar, dividir o tempo. Sou bastante seletiva. Escrever um roteiro, que é uma coisa bastante complexa, exige organização. Eu evoluí nesse ponto. Eu era muito impaciente quando era mais jovem. Nunca fui muito boa de trabalho manual, porque eu não tinha muita paciência. Pois a vida não me bota pra fazer roteiro, que é uma coisa que exige uma paciência de Jó? Roteiro exige uma paciência de um monge.

Donna _ Hoje a gente vê no mundo artístico as pessoas com um medo terrível de envelhecer, às vezes até se deformando para tentar driblar o tempo. Você, que sempre foi uma mulher muito bonita, como lida com a passagem do tempo e como consegue manter essa aparência serena?
Bruna _ Isso não é segredo nenhum. Eu acho que o envelhecimento traz coisas que as mulheres não gostam, uma ruga, uma coisa. Eu não vou dizer que seja o ideal, mas considerando a opção, é ótimo, porque a outra opção é a morte. Uma frase que eu li quando era criança é "a gente não pode envelhecer sem antes ficar sábio". Eu acho que você tem que adquirir uma certa sabedoria na vida para compreender, de fato, a ordem dos valores. Claro, a aparência é um valor legal, mas só até certo ponto. Se não, o que seria do mundo? Nós todas queremos estar melhorzinhas, a gente passa um batom, põe uma roupinha bacana, arruma o cabelo, faz o que está ao nosso alcance, a gente também não quer ficar um tribufu, mas eu acho que você tem que ter uma escala de valores para compreender a abrangência de tudo. Eu, por exemplo, desde menina, eu olhava mulheres e homens e achava lindos, e eles não eram considerados padrão de beleza. Eu sempre consegui direcionar meu olhar para aquela beleza que emana das pessoas, que é essa coisa energética. Quantas pessoas são consideradas bonitas e você não acha bonita porque a energia que emana delas não tem um bom astral. E vice-versa. Há pessoas que não têm um padrão de beleza, mas a energia que emana delas é fabulosa. É fundamental ter uma boa alma.

Donna _ O que você faz para manter a boa forma e essa aparência tão jovem aos 58 anos?
Bruna _ As minhas opções, as minhas escolhas, sempre foram muito ligadas em qualidade de vida. A contemplação, a meditação, a yoga, o cuidado com o que eu como. Mas não é por dieta. Eu sou uma pessoa que não acredita em dieta. Eu acho que a dieta é o imediatismo. Claro que, se você exagerou uma noite, no dia seguinte você manera. Não é isso que eu estou dizendo, mas aquela coisa de entrar numa direta rígida e passar um mês comendo abacaxi, não é por aí. Você tem que ter uma reeducação alimentar, você tem que pensar o que você gosta de comer. Você não tem que se privar do que você gosta. Eu não sou de me pesar. Não sou muito de números. Mas não tenho esse problema de vestir uma roupa e constatar que ficou pequena.

Donna _ Você é do tipo que não sai na rua sem maquiagem?
Bruna _ Eu sou uma pessoa que sai muito sem maquiagem. A minha vaidade, vou ser superhonesta com você, é bem menor do que eu gostaria, até por uma questão de tempo. De escolha. Eu sempre escolho algumas outras coisas que me parecem mais essenciais em vez de ficar horas cuidando da aparência. É uma questão de divisão de tempo mesmo. Eu acho que tem coisas que te fazem tão bem pra beleza quanto um tratamento. Quando você lê um bom livro, vai fazer bem para a tua beleza, para a tua alma. Eu acho que a beleza reflete muito a tua alma, a tua qualidade de vida, a tua felicidade, o teu bem estar. Se você não está bem com você mesma, com a tua saúde mental, física e emocional, isso se reflete na aparência.

Donna __ O seu marido também parece muito mais jovem do que ele é. Qual é a receita da família?
Bruna _ Tem que ter uma química natural. Eu acho que um casal passa por milhões de fases. Essas milhões de fases é que dão a vivência, o crescimento. A gente cresce juntos. A gente aprende juntos, descobre as coisas juntos. Eu acho que a gente já passou tantas diversidades que vai ficando mais sólido, mais abrangente, muito mais profundo. Eu acho que eu tenho muita sorte de a gente ter os mesmos interesses, os mesmos desejos, um olhar muito parecido sobre o mundo, mas acho também que é resultado de um crescimento juntos. O que acontece muito com um casal é que cada um cresce para um lado.

"É um dos lugares mais mágicos e fortes do mundo", diz Bruna Lombardi sobre o Pampa Bruna virá ao RS em agosto para lançar o próximo filme "Onde Está

De chapéu panamá e óculos escuros, tomando chá no hall do Hotel Mabu, em Foz do Iguaçu, a loira Bruna Lombardi passaria facilmente por uma jovem turista estrangeira, das milhares que todos os anos desembarcam na cidade para conhecer as cataratas. Quando tira os óculos e mostra os inconfundíveis olhos verdes, revela-se a mulher que estampou incontáveis capas de revistas, fez novelas, filmes e comerciais. Quando fala, emerge a escritora que encantou o poeta Mario Quintana nos anos 1970, quando esteve pela primeira vez na Praça da Alfândega para lançar seu livro de poesias, e agora faz roteiros de cinema, atua e produz os próprios filmes. Aos 58 anos, aparenta menos. Muito menos.

É para lançar o próximo filme, a comédia romântica Onde Está a Felicidade?, que Bruna virá ao Rio Grande do Sul em agosto. Ela conta que adora Porto Alegre, elogia os gaúchos e revela que já passou mil vezes pela cabeça fazer um filme que tenha o Pampa como cenário:

— Eu acho que é um dos lugares mais mágicos e fortes do mundo. Uma força na quietude que é impressionante.

Bruna conversou com Donna durante 55 minutos, antes de mediar um painel com o sociólogo italiano Domenico de Masi, no Fórum Político da Unimed Brasil. Falou de seus projetos, da paixão por Quintana, do Brasil comandado por Dilma Rousseff e até dos segredos para não se preocupar com a chegada dos 60 anos.

Donna _ Por que a felicidade como tema?
Bruna _ A felicidade é um grande tema, está sendo discutido até em Harvard. O curso que mais teve inscrições no ano passado em Harvard chamava-se Happier.

Donna _ Aqui no Brasil, o senador Cristovam Buarque tem até um projeto que trata a felicidade como um direito fundamental do homem.
Bruna _ Eu conheço o senador Cristovam. O projeto é inspirado no Butão, que tem a felicidade como centro de um projeto de governo. Qual é o PIB que interessa? Não é só o crescimento econômico. Tem que ter a melhoria da qualidade de vida de todos.

Donna _ Como a felicidade é tratada no seu filme?
Bruna _ O filme brinca com a felicidade. É sobre um casal. A mulher que trabalha com comida, tem um programa de receitas afrodisíacas na TV, e ele é comentarista de futebol.

Donna _ Ela é você?
Bruna _ Eu faço o papel dela. O Bruno Garcia faz o papel do marido. E o Marcelo Airoldi faz o diretor do programa. Ela vai perder o emprego, vai descobrir que o marido está tendo um quiproquó e vai largar tudo. Aquele desejo de mudar, aquela mudança radical que uma mulher tem em um momento de desespero. E ela resolve fazer o caminho de Santiago de Compostela. O diretor vai junto. É claro ela que vai pelas razões erradas. É uma comédia, os personagens estão buscando as coisas no lugar em que não estão. É uma coprodução Brasil_Espanha, uma grande parte do elenco é espanhola, outra é brasileira.

Donna _ O filme é falado em inglês?
Bruna _ Não, em português e em portunhol. Porque é um brasileiro achando que fala o espanhol na Espanha, e o espanhol achando que fala português. É muito engraçado. O filme vai ser distribuído pela Fox e tem a Globo Filmes. Vai ser um grande lançamento.

Donna _ Você foi roteirista, atriz principal e produtora. A família toda está envolvida?
Bruna _ Sim, o Ri (Carlos Alberto Ricelli, marido de Bruna) dirige, e o Kim (filho) é diretor-assistente. É a mesma dobradinha que a gente fez em O Signo da Cidade.

Donna _ O Kim foi para os Estados Unidos com oito anos. O cinema entrou na vida dele naturalmente?
Bruna _ Entrou. E não parou mais. Ele trabalha com música. Eu acho que ele tem todas as gamas da arte. Ele toca um instrumento fantástico que se chama "hang", toca superbem, tem vários projetos experimentais, e ele adora o Brasil. Está sempre nessa ponte. Hoje em dia nós estamos mais preparados para nos movimentar pelo mundo. Na época em que eu saí de São Paulo para estudar roteiro, o Brasil não tinha nenhum escola, e eu queria me aperfeiçoar nisso. Mas eu nunca deixei minha casa no Brasil.

Donna _ Vivendo em Los Angeles, é teu sonho de consumo um dia ganhar um Oscar?
Bruna _ Eu sei que qualquer um tem esse sonho. Quem já não pensou nisso? Mas eu, desde menina, sempre "apareci muito", por várias circunstâncias. Eu fazia balé e estudava no Dante Alighieri, uma escola paulista de 5 mil alunos. Na época quase não existia o nome Bruna no Brasil. Eu era a única Bruna.

Donna _ Bruna Tereza...
Bruna _ Bruna Patrícia Romilda Maria Tereza Lombardi. Enorme. Os professores diziam: quem é essa? Então eu sempre apareci muito. E é engraçado, porque ao mesmo tempo eu tinha um desejo de recolhimento. Esse é o meu lado escritora. Eu vivia nesses dois polos. O polo público e o polo de recolhimento, onde eu ia trabalhar, criar, escrever, meus livros, meus poemas.

Donna _ Você começou a escrever poemas ainda menina?
Bruna _ Sim, menininha. Nessa época do Dante eu já era muito conhecida porque aos sete, oito anos, eu já escrevia. As colegas pediam "faz essa redação pra mim". E eu fazia.

Donna _ Cartinhas para os namorados das amigas também?
Bruna _ Também. Eu já era mercenária. Escrevia em troca de chocolate. E elas adoravam. Minhas grandes amigas foram as primeiras grandes incentivadoras. Depois os professores. E eu comecei a ser a representante da minha escola em concursos de redação, porque inevitalmente eu ia ganhar. Eu não estou falando isso para me gabar. Mas eu estava acostumada a ser chamada para escrever, para fazer discurso, até o meu último ano de faculdade, quando eu fiz os dois discursos de formatura.

Donna _ As novelas fizeram você ficar conhecida do grande público? Tem saudade?
Bruna _ Acho que foi muito gostoso. A novela é uma coisa muito forte no Brasil. As pessoas amam de paixão, mas teve um ponto da minha vida que eu tive que fazer uma escolha. De um lado eu tinha um contrato que a Globo queria renovar por sete anos, ganhando superbem, fazendo grandes trabalhos. De outro lado, tinha o desejo de me aventurar no desconhecido. Tem uma hora que você tem que seguir o seu instinto. E eu queria essa liberdade de tentar e de me aventurar. Desde sempre eu quis isso. A situação muito confortável me inquieta.

Donna _ O risco te fascina?
Bruna _ Eu acho que eu tenho uma inquietude forte, que eu preciso de algum desafio permanente e, de preferência, de uma coisa que eu ainda não sei. Eu não tenho sonhos mirabolantes, de uma coisa que jamais vou poder alcançar. Meus sonhos exigem muita dedicação e trabalho. Se eu tivesse que me definir, eu diria que sou uma pessoa muito trabalhadora. Eu acho que isso é que tira um pouco o medo da gente. Eu estou aqui agora, se eu precisar lavar esse chão inteiro (aponta para o amplo saguão do Hotel Mabu), dar uma limpada e organizar isso aqui, eu faço. Eu não tenho medo de trabalhar, entendeu? Eu não sou aquela pessoa que cruza os braços e quer que alguém faça por ela. Eu gosto de arregaçar as mangas.

Donna _ Em sua casa em Los Angeles você faz esse tipo de serviço ou faxina é força de expressão?
Bruna _ Eu sou aquela pessoa que quando não está fazendo nada está fazendo faxina. Hoje eu não tenho nada pra fazer? É pra já. Tiro tudo da gaveta, jogo coisas fora, dou metade das minhas coisas. Limpo tudo. Não sei se isso é bom ou se isso é ruim. É minha natureza.

Donna _ O Rio Grande do Sul tem uma ligação forte com você, por ter sido a musa do nosso poeta Mario Quintana. Como é que isso tudo começou?
Bruna _ Olha, o Rio Grande do Sul é um marco na minha vida. Porto Alegre é a minha cidade de paixão. Por incrível que pareça, o primeiro dinheiro que eu ganhei foi com poesia. Depois eu ganhei muito mais como modelo, claro, e como atriz, muito mais. O primeiro cheque que eu ganhei foi publicando poesia na Universidade de Nova York, que eu nem conhecia. Mandaram meus poemas, a universidade publicou e me mandou um cheque de US$ 1 mil. Uma fortuna para quem tinha 16 anos. Eu tinha essa sensação de que eu era uma profissional para escrever. Quando eu publiquei meu primeiro livro, que o Chico Buarque fez o prefácio — e ele era meu maior ídolo, quase morri atropelada por causa de um pôster dele —, eu nem acreditei que aquilo estava acontecendo. Pra mim era um milagre. Aí eu vim para a Feira do Livro de Porto Alegre. Foi como se eu tivesse entrado no Nirvana. Eu fui convidada no meio de todos esses escritores brasileiros e conheci Mario Quintana, Clarice Lispector, Nélida Piñon, Rubem Fonseca, Moacyr Scliar, Sérgio Faraco e tantos outros. Esses nomes pra mim eram míticos.

Donna _ De parte do Quintana foi amor à primeira vista.
Bruna _ Eu era tão fã dele, sabia poesias dele, era leitora dele. Então você imagina aquela menina que é fã, sentada na mesa dos autógrafos. Eu olho e vejo Mario Quintana na fila de autógrafos do meu livro. Eu não acreditei. Congelei. Claro, fui lá para tirá-lo da fila, e ele falou "não, não", com aquele jeitinho dele, que Mario era um anjo. Mario não era uma pessoa. Eu sempre brincava com ele que ele tinha asas escondidas debaixo daquele terno cinza que ele usava. Que ele escondia as asinhas, enfiava o blazer dele e ia pra cidade tomar café, sentar no banco da praça, fumar, conversar e escrever. Esse era o Mario. Eu tenho um monte de cartas do Mario, escritas a mão, o que pra mim é um tesouro. As pessoas perguntam "por que você não publica?".

Donna _ Você já pensou em publicar?
Bruna _ Não, deixa lá, quietas. Por que eu vou publicar? Não sei se ele gostaria que eu publicasse. Não tive esse sinal dele. Se um dia eu tiver eu publico.

Donna _ E depois?
Bruna _ Desse dia em diante nós ficamos muito amigos. Ele já tinha uma idade avançada, a saúde era muito frágil. Aquela coisa do passarinho: "Eles passarão, eu passarinho". A gente se prometeu que todo ano a gente ia ter pelo menos um encontro, além de trocar cartas. Às vezes eu ficava sem escrever, ele reclamava muito. E todo ano a gente se encontrava para um chá. Sabe, parecia a Alice e o Chapeleiro Maluco. Eu ia a Porto Alegre, a gente se encontrava, tomava um chá, e era uma amizade assim, de conversar sobre literatura, sobre poesia, sobre vida, porque ele tinha esse humor constante e, ao mesmo tempo, a gente se fazia bem.

Donna _ Tem um pouco de Mario Quintana em Onde Está a Felicidade?
Bruna _ Será? No fundo tem um pouco de Mario Quintana em tudo o que a gente vive. Acho que Mario espalhou a energia fabulosa dele em todos nós. Sabe aquele anjo que virou energia para todo lugar? Claro, a vida vai mudando tanto, mas ele é um cara que mora para sempre no meu coração. E é bom porque todos nós trabalhamos para preservar a memória dele. Eu fico feliz que tem gente fora do Brasil que conhece a literatura brasileira e cita o Mario Quintana como um dos maiores poetas do mundo. A obra dele ganhou o mundo. Isso é uma alegria enorme. Mario, com aquela simplicidade, era de uma modéstia comovente.

Donna _ Há espaço para a poesia nesse mundo supertecnológico?
Bruna _ Eu acho que nesta busca da felicidade o homem chegou a grandes bens materiais, o mundo está mais rico, o Brasil está bombando, mas eu vejo as pessoas querendo buscar o lúdico, o lado mais emocional. Parece que todo mundo no Rio Grande do Sul é um poeta enrustido. Todo mundo escreveu um livro, tem uns poemas escritos, tem um lado B. Esse culto à poesia, esse culto à literatura, esse culto às palavras, que passa de geração para geração, e que está no cerne. Essas coisas estão no DNA, assim como está no DNA o prazer de olhar essa extensão do pampa. Sentar quieto e olhar aquilo, é uma contemplação. Tem coisa mais maravilhosa do que esse momento?

Donna _ Você fala do pampa com tanto entusiasmo. Passa pela sua cabeça fazer um filme que tenha o pampa como cenário?
Bruna _ Já passou mil vezes. Eu acho que é um dos lugares mais mágicos e fortes do mundo. Uma força na quietude que é impressionante. A valorização da literatura que tem no Rio Grande do Sul é rara de se encontrar. Preservaram esse valor. Tem inteligência. A gente vive de valores. Os valores adquiridos, os valores ensinados desde criança e os valores que a gente escolhe. Eu fico supercontente cada vez que eu vou ao Rio Grande do Sul. No debate do Signo eu fui a Porto Alegre e foi extraordinário. Espero repetir agora com Onde Está a Felicidade? porque é muito estimulante você conversar com essa plateia interessada, inteligente.

Donna _ Quando a gente fala em cinema hoje no Brasil a grande discussão é se o cinema deve ou não ter incentivos oficiais. Você acha que deve?
Bruna _ Se você compra um carro brasileiro, ele tem um preço, se você compra um carro estrangeiro ele tem outro preço. Se você compra uma revista brasileira, ela tem um preço, se você compra uma revista estrangeira, ela tem outro preço. No entanto, o tíquete de cinema é igual para os dois. Nós temos uma concorrência muito forte além daquela que se tem em casa, da televisão. O cinema precisa de subsídio do governo, se não ele não sobrevive. Mas ele não pode, com esse subsídio do governo, se tornar um cinema de autor para meia dúzia. Tem que ser um cinema de comunicação com o público. Nós temos essa experiência de vários filmes brasileiros que fizeram sucesso e superaram os estrangeiros, concorrendo ao mesmo preço. Isso prova que o cinema brasileiro é um produto de sucesso. Ele compete com filmes onde se investem US$ 100 milhões, US$ 200 milhões. Nosso cinema é baratíssimo. Eles não acreditam que a gente consiga fazer cinema por tão pouco.

Donna _ Quanto custou esse teu último filme?
Bruna _ Eu não sou a pessoa que cuida do budget (orçamento). Quando a gente trouxer a pessoa que cuida disso, você terá a resposta. Mas é um filme mais caro, porque foi uma produção Brasil-Espanha.

Donna_ Mas teve captação de recursos pelas leis de incentivo?
Bruna _ Teve captação, teve patrocínio. Eu acredito muito no patrocínio das empresas. Eu adoro que as empresas patrocinem cinema. Nós tivemos patrocínio da Man (Divisão de caminhões da Volkswagen), da Credicard, da Sabesp, da Telefónica, várias empresas que deram voto de confiança, que acreditaram na gente, que estão com a gente desde o primeiro filme. Eu acho que a empresa que põe dinheiro em cultura está colaborando com essa necessidade que o mundo tem de se elevar espiritualmente.

Donna _ Você morando boa parte do tempo em nos Estados Unidos tem uma visão bastante otimista do Brasil. De onde vem a convicção de que o Brasil está melhorando?
Bruna _ Eu acho que estamos vendo uma enorme evolução. Na área política eu acho que a gente nunca viu um estado de coisas tão bom. A minha vida inteira eu nunca vi uma sucessão de governos tão boa como a gente viu agora. De Fernando Henrique, Lula, Dilma. A Dilma eu acho uma mulher extraordinária, uma mulher de vida, de postura, de valores, de integridade, idealismo, de uma dignidade. Se ela não fosse presidente do Brasil, eu acharia digno o país que tivesse essa presidente. Sabendo da história dela, da trajetória, das ideias dela e da maneira como ela vai lá resolver. Esse resultado que a gente está colhendo são sementes que foram plantadas nos últimos anos. Quando é que nós tivemos um país assim? Em que momento o Brasil viveu esse futuro que está virando presente? Eu acho que a gente está vendo o Brasil melhor do que nunca esteve. A nova geração vem com valores tão lindos, com tanto desejo de um mundo melhor. A própria rede social muda o conceito de liderança. As novas lideranças de vários Estados vêm com um novo pique, uma nova energia. Eu não tenho dúvida de que a gente está melhor. Muito melhor.

Donna _ Como você consegue conciliar essas tarefas de roteirista, atriz, produtora, com a leitura e outros hobbies e ainda manter a vida familiar preservada?
Bruna _ Eu acho que eu tenho muito empenho. Eu sou muito trabalhadora. Nada disso vem pronto. Nenhum pacote que eu conheça vem pronto. Tudo exige muito trabalho na vida. Um relacionamento exige trabalho, exige empenho, exige dedicação. Seja um livro, um filme, um bolo na cozinha. Tem que estudar, tem que fazer direito. Eu acho que é um desejo de que dê certo. Eu sou uma pessoa muito otimista, muito energética. Eu quero que as coisas deem certo, não só pra mim, mas para as pessoas que estão comigo. Eu gosto de ver as outras pessoas dando certo. Eu quero o bem dos outros. Isso pra mim é religião. Acreditar que o teu bem estar não basta. Tem gente que vive de uma forma dentro de casa, tem empregada e não quer saber se ela está bem de saúde, se está precisando de alguma coisa. As pessoas que te cercam não estão ali por acaso. Nada é por acaso.

Donna _ Você é organizada para conseguir conciliar tudo isso?
Bruna _ Eu sou muito organizada. Eu luto pela organização num mundo caótico. O mundo da gente é um mundo caótico. Eu estou longe da perfeição, mas eu batalho para conseguir conciliar, dividir o tempo. Sou bastante seletiva. Escrever um roteiro, que é uma coisa bastante complexa, exige organização. Eu evoluí nesse ponto. Eu era muito impaciente quando era mais jovem. Nunca fui muito boa de trabalho manual, porque eu não tinha muita paciência. Pois a vida não me bota pra fazer roteiro, que é uma coisa que exige uma paciência de Jó? Roteiro exige uma paciência de um monge.

Donna _ Hoje a gente vê no mundo artístico as pessoas com um medo terrível de envelhecer, às vezes até se deformando para tentar driblar o tempo. Você, que sempre foi uma mulher muito bonita, como lida com a passagem do tempo e como consegue manter essa aparência serena?
Bruna _ Isso não é segredo nenhum. Eu acho que o envelhecimento traz coisas que as mulheres não gostam, uma ruga, uma coisa. Eu não vou dizer que seja o ideal, mas considerando a opção, é ótimo, porque a outra opção é a morte. Uma frase que eu li quando era criança é "a gente não pode envelhecer sem antes ficar sábio". Eu acho que você tem que adquirir uma certa sabedoria na vida para compreender, de fato, a ordem dos valores. Claro, a aparência é um valor legal, mas só até certo ponto. Se não, o que seria do mundo? Nós todas queremos estar melhorzinhas, a gente passa um batom, põe uma roupinha bacana, arruma o cabelo, faz o que está ao nosso alcance, a gente também não quer ficar um tribufu, mas eu acho que você tem que ter uma escala de valores para compreender a abrangência de tudo. Eu, por exemplo, desde menina, eu olhava mulheres e homens e achava lindos, e eles não eram considerados padrão de beleza. Eu sempre consegui direcionar meu olhar para aquela beleza que emana das pessoas, que é essa coisa energética. Quantas pessoas são consideradas bonitas e você não acha bonita porque a energia que emana delas não tem um bom astral. E vice-versa. Há pessoas que não têm um padrão de beleza, mas a energia que emana delas é fabulosa. É fundamental ter uma boa alma.

Donna _ O que você faz para manter a boa forma e essa aparência tão jovem aos 58 anos?
Bruna _ As minhas opções, as minhas escolhas, sempre foram muito ligadas em qualidade de vida. A contemplação, a meditação, a yoga, o cuidado com o que eu como. Mas não é por dieta. Eu sou uma pessoa que não acredita em dieta. Eu acho que a dieta é o imediatismo. Claro que, se você exagerou uma noite, no dia seguinte você manera. Não é isso que eu estou dizendo, mas aquela coisa de entrar numa direta rígida e passar um mês comendo abacaxi, não é por aí. Você tem que ter uma reeducação alimentar, você tem que pensar o que você gosta de comer. Você não tem que se privar do que você gosta. Eu não sou de me pesar. Não sou muito de números. Mas não tenho esse problema de vestir uma roupa e constatar que ficou pequena.

Donna _ Você é do tipo que não sai na rua sem maquiagem?
Bruna _ Eu sou uma pessoa que sai muito sem maquiagem. A minha vaidade, vou ser superhonesta com você, é bem menor do que eu gostaria, até por uma questão de tempo. De escolha. Eu sempre escolho algumas outras coisas que me parecem mais essenciais em vez de ficar horas cuidando da aparência. É uma questão de divisão de tempo mesmo. Eu acho que tem coisas que te fazem tão bem pra beleza quanto um tratamento. Quando você lê um bom livro, vai fazer bem para a tua beleza, para a tua alma. Eu acho que a beleza reflete muito a tua alma, a tua qualidade de vida, a tua felicidade, o teu bem estar. Se você não está bem com você mesma, com a tua saúde mental, física e emocional, isso se reflete na aparência.

Donna __ O seu marido também parece muito mais jovem do que ele é. Qual é a receita da família?
Bruna _ Tem que ter uma química natural. Eu acho que um casal passa por milhões de fases. Essas milhões de fases é que dão a vivência, o crescimento. A gente cresce juntos. A gente aprende juntos, descobre as coisas juntos. Eu acho que a gente já passou tantas diversidades que vai ficando mais sólido, mais abrangente, muito mais profundo. Eu acho que eu tenho muita sorte de a gente ter os mesmos interesses, os mesmos desejos, um olhar muito parecido sobre o mundo, mas acho também que é resultado de um crescimento juntos. O que acontece muito com um casal é que cada um cresce para um lado.

Belgrado assiste hoje a manifestação pró-Mladic

FIFA: Hammam retira candidatura e abre caminho a Blatter

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Air France: Voo 447 demorou 3 minutos e meio em queda

Mladic e a batalha da extradição.

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Os ciganos são cidadãos europeus como os outros?

Rafah: palestinianos esperaram anos por um tratamento no...

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Espanha: Carme Chacón retira candidatura

Alemanha diz que pepinos espanhóis contêm bactéria

Islamabad admite que "alguém" estaria a apoiar bin Laden

Islamabad admite que "alguém" estaria a apoiar bin Laden

Barcelona: operação de limpeza termina com mais de 40...

Mladic pode ser transferido para o TPI

Flagrante: policial do Ronda espanca suspeitos

G8 em sintonia em temas-chave

Mortes no Iêmen

**Official Premiere** Lady Gaga - Bad Romance at Alexander McQueen's Pla...

Lady Gaga - Eh, Eh (Nothing Else I Can Say)

Lady Gaga - Bad Romance

RAD BROMANCE - Lady Gaga parody of BAD ROMANCE

HOT GIRLS on Teen Cribz

Belly Dance Workout by Mihaela Coman

Sword Dance - Realm of Light

Chinese Fan Dance

Chinese classical dance Han Feng Li Ying 汉风丽影 by Wei Shiwen

[荧屏传情 HQ] Music Life on Screen / Tibetan Art and Music 2/2

[雪域漫谈 HQ] 工布新年 Kongpo Tibetan New Year / 藏语版 1/2

Dalai Lama to quit as Tibetan political leader

Dalai Lama to hand over his political duties

Espanha: Carme Chacón retira candidatura

EUA e França estão unidos para "acabar o trabalho" na Líbia, diz Obama


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assegurou nesta sexta-feira que seu país e a França estão unidos em sua determinação de "acabar o trabalho" na Líbia e alcançar a queda de Muammar Kadafi.

Obama se reuniu hoje com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, no segundo e último dia da cúpula do Grupo dos Oito (G8: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Japão e Rússia) na cidade francesa de Deauville.

Em breves declarações conjuntas ao término de seu encontro, Sarkozy indicou: "compartilhamos a mesma análise: Kadafi deve deixar o poder", pois "o povo líbio tem direito a um futuro democrático".

Obama, por sua vez, assinalou que os dois líderes concordam que foram obtidos progressos na campanha da Otan na Líbia para proteger a população civil, mas que o objetivo desta missão não poderá ser cumprido totalmente se Kadafi permanecer no poder.

"Estamos de acordo que alcançamos progressos em nossa campanha na Líbia, mas não se pode cumprir o mandato da ONU de proteger os civis enquanto Kadafi permanecer na Líbia dirigindo suas forças rumo a atos de agressão contra o povo líbio", explicou Obama.

Os dois presidentes também analisaram em seu encontro os movimentos civis no mundo árabe para exigir mudanças políticas e as vias mais adequadas para apoiá-los.

O G8 deve abordar o apoio a estes movimentos em suas sessões desta sexta-feira e dar seu respaldo ao plano proposto por Obama para assistir economicamente os processos de transição no Oriente Médio e no norte da África de modo que estes países possam reformar suas finanças, criar postos de emprego e se integrar ao comércio mundial.

Obama e Sarkozy falaram ainda sobre a guerra no Afeganistão, o programa nuclear iraniano e o desempenho da economia mundial.

Após o encerramento da cúpula do G8, Obama partirá rumo à Polônia, a última etapa de uma viagem de seis dias pela Europa que o levou também a Dublin e Londres.

X Factor: Cheryl Cole teria deixado programa


Cheryl Cole estaria deixando o time de jurados de The X Factor, de acordo com o jornal The Sun.

A cantora inglesa não teria se adaptado aos Estados Unidos e, depois de ter de faltar a algumas reuniões da atração por conta de um mal estar, ela decidiu que não conseguiria morar longe da Inglaterra e pediu para Simon Cowell dispensá-la de seu contrato.

- Não funcionou. Ela está doente em casa e quer retornar para a Inglaterra. Ela teve o suficiente, disse uma fonte próxima.

Enquanto isso, o site norte-americano TMZ diz que Nicole Scherzinger, do grupo Pussycat Dolls, deve substituir Cheryl na atração. Não se sabe ainda se o programa vai arranjar um novo apresentador para o cargo que Nicole deixará livre.

Ratko Mladic, criminoso de guerra mais procurado da Europa, foi preso na...

Vítimas de Srebrenica comemoram detenção de Ratko Mladic


Sarajevo - As autoridades de Sarajevo e associações de vítimas do massacre de Srebrenica comemoraram nesta quinta-feira a detenção do suposto criminoso de guerra Ratko Mladic, e acusaram o Governo sérvio de saber onde ele estava escondido nos 15 anos em que esteve foragido da Justiça.

"A detenção de Ratko Mladic prova que as autoridades da Sérvia sabiam todo este tempo onde se encontrava", declarou Zeljko Komsic, membro croata da Presidência tripartida da Bósnia-Herzegovina.

Komsic manifestou sua satisfação de que Mladic tenha que prestar contas por todos os crimes dos quais é acusado, especialmente pelo assédio de Sarajevo e pelo genocídio de Srebrenica.

O político se mostrou convencido de que as autoridades sérvias sabiam onde se escondia este ex-chefe militar servo-bósnio, assim como Radovan Karadzic, seu chefe político, que foi detido em 2008.

"Ambos serviam (a Belgrado) como moeda de troca com a União Europeia (UE). Quando a UE colocou decididamente à Sérvia a detenção de Mladic como condição para as negociações de acesso, esta aconteceu", disse Komsic.

A detenção de Mladic foi também aplaudida pela associação "Mães de Srebrenica", onde em julho de 1995 as forças sob comando de Mladic mataram cerca de 8 mil muçulmanos e croatas-bósnios.

"Estou comovida e feliz. Nós, as mães, esperamos isto durante muito tempo. Lastimo que não tenha acontecido antes, já que muitas mães morreram enquanto esperavam por esta detenção", disse Hatidza Mehmedovic, presidente da associação.

Vice-prefeito de Campinas é preso ao desembarcar em São Paulo Demétrio Vilagra (PT) é suspeito de entregar esquema de corrupção na cidade


O vice-prefeito de Campinas, Demétrio Vilagra (PT), foi preso hoje às 19h01, ao desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Vilagra é suspeito de ser beneficiário de esquema de corrupção na prefeitura da cidade e estava em viagem na Espanha. "Estou à disposição da Justiça", declarou.

O acusado foi levado ao 2º Distrito Policial de Campinas, onde outros envolvidos no caso estão presos. De acordo com policiais que aguardavam Vilagra no aeroporto, não foi necessário algemar o vice-prefeito, já que não havia risco de fuga.

Na tarde de hoje, o juiz da 3a. Vara Criminal Nelson Bernardes garantiu que não fez acordo algum com advogados para evitar as algemas. "A Justiça não faz acordos. Ele será algemado se oferecer resistência ou tentar fugir", disse o juiz. Com a declaração, o juiz pretendeu esclarecer os rumores de que o vice-prefeito teria privilégio por ter um cargo político.

A prisão de Demétrio Vilagra faz parte dos 20 pedidos de prisão preventiva feitos em razão de uma operação do Ministério Público e da Polícia Civil em Campinas. As investigações apuram um suposto esquema de fraude em licitações de contratos de serviços de empresas terceirizadas da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa). Estariam envolvidos, além de agentes públicos e empresários, a primeira-dama. O prefeito Hélio de Oliveira Santos, o Dr. Hélio (PDT), nega as acusações de irregularidades em sua gestão.

Na terça-feira, o advogado de dois empresários apontados como participantes do esquema revelou que seus clientes eram obrigados a pagar quantias mensais a servidores municipais.

Queda do voo 447durou três minutos e meio, dizem investigadores franceses

Escritório de Investigações e Análises divulgou nesta sexta-feira análise parcial das caixas-pretas e diálogo da tripulação
O Escritório de Investigações e Análises (BEA), órgão responsável pelas investigações do acidente com o Airbus da Air France, divulgou nesta sexta-feira (27) um relatório preliminar do voo que partiu do Rio de Janeiro com destino a Paris e caiu no Oceano Atlântico, matando todas as 228 pessoas a bordo.

Segundo o BEA, novos fatos puderam ser esclarecidos com os dados obtidos com as caixas-pretas, em relação aos relatórios divulgados em 2 de julho e 17 de dezembro de 2009. O documento divulgado nesta manhã revelou que a composição da tripulação estava de acordo com os procedimentos e que, no momento do evento, os dois copilotos estavam na cabine. O comandante de bordo estava de repouso e retornou para a cabine cerca de 1 minuto após o alarme de perda soar.

Ainda segundo o relatório parcial, o detalhamento do conteúdo das caixas-pretas mostra que a queda da aeronave, que estava a 11.600 metros de altitude, durou cerca de três minutos e trinta segundos - durante a descida, o airbus permaneceu em situação de perda, girando da esquerda para a direita. Quando houve o aumento da incidência, o avião estava posicionado a 35 graus.

Outro ponto esclarecido pelo estudo é que houve uma inconstância entre as velocidades indicadas no painel do controle - a velocidade indicada no lado esquerdo e a indicada no instrumento de resgate (ISIS), no lado direito, oscilaram em "pouco menos de um minuto".

A BEA não detalha o que teria causado esta insconsistência nem se ou como ela teria influenciado na queda. Informa apenas que a "nota descreve de maneira factual a sequência dos acontecimentos que levaram ao acidente, e apresenta fatos novos estabelecidos. As primeiras análises serão apresentadas no relatório de etapa, cuja publicação está prevista para finais de julho".

O órgão afirma ainda que só "depois de um trabalho longo e minucioso de investigação é que as causas do acidente serão determinadas e as recomendações de segurança serão emitidas, o que é a principal missão do BEA. Elas constarão do relatório final".

Airbus comenta relatório

A Airbus afirmou que as informações preliminares divulgadas pelas autoridades francesas sobre o acidente no voo Rio-Paris são um "passo significante" para entender as causas da queda do avião A330 no oceano Atlântico. "O trabalho do BEA constitui um passo significante para a identificação completa da cadeia de eventos que levou ao trágico acidente do voo 447 da Air France em 2009", disse a Airbus em comunicado.

Dilma suspende produção de “kit gay” após pressão da bancada religiosa


Depois de se reunir com deputados da chamada bancada religiosa, na quinta-feira, dia 25, o governo decidiu suspender todas as produções que estavam sendo editadas pelos ministérios da Saúde e da Educação sobre a questão da homofobia.

De acordo com o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, a presidente Dilma Rousseff assistiu vídeos do chamado “kit gay” e não gostou do tom das produções.

“A presidente decidiu suspender esse material e suspender também a distribuição”, disse o ministro, após se reunir com cerca de 30 deputados, entre eles, o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela, e o correligionário Anthony Garotinho.

De acordo com Gilberto Carvalho, todo material sobre “costumes” será produzido após consulta a setores da sociedade interessados, inclusive a bancada religiosa.

“A presidente se comprometeu, daqui para frente, que todo material sobre costumes será feito a partir de consultas mais amplas à sociedade, inclusive às bancadas que têm interesse nessa situação. Nós entendemos que é importante que, para ser produtivo e atingir seu objetivo, esse material seja fruto de uma ampla consulta à sociedade, para não gerar esse tipo de polêmica que, ao fim, acaba prejudicando a causa para a qual ele é destinado”, disse Carvalho.

PRESSÃO – O governo admite que a decisão foi provocada pela pressão da bancada religiosa. “Na verdade o governo recebeu hoje a bancada evangélica e católica que vieram contestar os materiais atribuídos aos ministérios da Educação, da Cultura e da Saúde. O governo informou aos deputados que estão suspensas todas as produções de materiais que falem dessas questões, sobretudo dessa questão comportamental”, informou o ministro.
Homofobia tem afastado
homossexuais da escola

O kit de combate à homofobia foi elaborado por entidades de defesa dos direitos humanos e da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e travestis) a partir do diagnóstico de que falta material adequado e preparo dos professores para tratar do tema. O preconceito contra alunos homossexuais tem afastado esse público da escola, apontam as entidades.

Na semana passada, o ministro da Educação, Fernando Haddad, em entrevista ao programa de rádio Bom Dia, Ministro, negou que o ministério tivesse decidido pela alteração do conteúdo do kit de combate à homofobia.

“O material encomendado pelo MEC visa a combater a violência contra homossexuais nas escolas públicas do país. A violência contra esse público é muito grande e a educação é um direito de todos os brasileiros, independentemente de cor, crença religiosa ou orientação sexual. Os estabelecimentos públicos têm que estar preparados para receber essas pessoas e apoiá-las no seu desenvolvimento”, defendeu Haddad à época.

UNESCO – O material do kit ainda não havia sido finalizado pelo governo. Entretanto, três vídeos que vazaram pela internet provocaram polêmica há duas semanas. Apesar das críticas, o kit ganhou apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura – Unesco que lançou seu parecer favorável ao material. Na avaliação da Unesco, o material iria contribuir para a redução do estigma e da discriminação. O material deveria ser distribuído a seis mil escolas de ensino médio.

MEC vai refazer vídeos do kit anti-homofobia


Presidenta Dilma Rousseff afirma que governo não fará propaganda de “opção sexual”. Governo do estado do Rio promoverá ‘casamento’ gay de 50 casais mês que vem

Brasília - Apesar da suspensão de sua produção e distribuição, determinada pela presidenta Dilma Rousseff (PT), o kit anti-homofobia continua nos planos do Ministério da Educação (MEC). Mas será modificado. Ontem, o ministro Fernando Haddad anunciou que os vídeos, criticados por deputados da bancada religiosa, poderão ser “integralmente refeitos” e passarão pelo crivo de comissões do MEC e da Presidência antes de chegarem às escolas públicas.

Segundo o ministro, Dilma não gostou do conteúdo dos filmes, apesar de ela ter admitido ontem que viu apenas trechos que vazaram na Internet. A presidenta afirmou que o governo não pode fazer “propaganda de opção sexual”. “De nenhuma forma podemos interferir na vida privada das pessoas”, completou.

“A presidenta entendeu que o material não combate a homofobia. Para ela, não foi desenhado de maneira apropriada para promover o combate à violência, à humilhação e à evasão desse público da escola”, frisou Haddad.

Dilma determinou a criação de comissão de avaliação na Secretaria de Comunicação da Presidência, que cuidará de todo material produzido pelos ministérios “que dialoguem com questões relativas a costumes”, como o da Saúde também. O kit polêmico é destinado a jovens maiores de 15 anos do Ensino Médio em seis mil escolas.

A União dos Estudantes Secundaristas (Ubes) apoiou a suspensão do kit. “O vídeo no qual o rapaz é bissexual passa uma mensagem que levaria pessoas que ainda estão decidindo sobre sua sexualidade a adotar o bissexualismo”, disse o presidente da Ubes, Yann Evanovick.

Ocupado na organização do primeiro ‘casamento’ gay coletivo após o reconhecimento da união estável dos homossexuais, Cláudio Nascimento, comemora a decisão de manter o kit. Mas ele torce para que os vídeos não fiquem “higienizados e assépticos”. “Suspendê-lo seria um retrocesso”, ponderou ele, coordenador do programa Rio sem Homofobia.
União de 16 anos e planos de lua de mel

Dividindo o mesmo teto há 16 anos, a agente de endemias Cátia Cilene dos Santos, 42 anos, e a costureira Ana Cristina dos Santos, 43, contam os dias para realizar antigo sonho: elas estarão entre os 50 casais gays que assinarão contratos de união estável numa cerimônia coletiva no dia 10 de junho.
Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia
Ana Cristina e Cátia Cilene estão juntas há 16 anos e criaram os três filhos da primeira: elas participarão de ‘casamento’ gay coletivo do governo | Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia

“A legislação ainda não nos ampara, mas vamos aproveitar esse marco histórico na luta da causa LGBT”, diz Cátia. Ana Cristina planeja a lua-de-mel em Poços de Caldas. “Estou ansiosa”, diz ela, que criou seus 3 filhos ao lado de Cátia, “num ambiente de companheirismo e paz”.

ONU diz que Gbagbo será julgado pelos crimes cometidos

ONU reage a detenção de Gbagbo

Strauss-Kahn submetido a exames forenses

Bolsa de São Paulo: Ibovespa fecha em alta de 1,12%


São Paulo, 26 mai (EFE).- O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) fechou em baixa de 0,75% nesta quinta-feira, para 62.367 pontos.

O indicador, que no pregão de quarta subiu 0,08%, ganhou hoje 710 pontos. Em 530.342 operações, o volume financeiro foi de R$ 6,906 bilhões.

As ações ordinárias da JBS protagonizaram a principal alta do dia (4,51%). Já os títulos similares da Natura sofreram a queda mais acentuada (-2,77%).

No mercado cambial, o dólar caiu 0,73% e fechou cotado a R$ 1,615 para compra e R$ 1,617 para venda (comercial).

Captura de Mladic aproxima Sérvia da UE

Carla Bruni já não esconde gravidez

Ramirez servirá seleção peruana e desfalcará Corinthians

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Paródia - Desenvolvimento Sustentável

Paródia Musical - 1 "k" Sociologia

Paródia Musical - 1 "k" Sociologia

Paródia de Sociologia Elza Pacheco 1º 8

Dilma Rousseff recebe de ex-ministros do Meio Ambiente carta sobre refor...

Pai, cadê meu pinto

Mataram a Formiguinha - Que Dó [Original]

A Formiguinha Voltou!!! - Agora é Que Lindo!!!

Incêndio na Tijuca atinge 11 andares de prédio (Rio de Janeiro)

Dirigente fala sobre contratação de reforços para o Timão

Israel: Netanyahu diz estar pronto para conversações

Pimenta Neves finalmente é preso! Jornalista terá de cumprir 15 anos de ...

Preso, Pimenta Neves recusa café da manhã na delegacia de São Paulo


O jornalista Pimenta Neves deve ser transferido a qualquer momento para um presídio. Não existe uma previsão exata, mas é certo que a Secretaria de Administração Penitenciaria quer resolver logo a questão.

Pimenta Neves chegou a passar sete meses preso em uma delegacia enquanto aguardava julgamento, mas conseguiu ser liberado pela Justiça antes de ser julgado. Depois que veio o julgamento, Pimenta Neves foi condenado a quase 20 anos de cadeia, mas nunca passou um único dia preso. Na terça-feira (24), isso mudou e agora não há mais como recorrer.

Eram 20h30 quando Pimenta Neves chegou à sede do Departamento de Homicídios. O delegado que fez a prisão contou que Pimenta Neves estava com as malas prontas há um mês. A decisão da Justiça já era esperada. O assassino confesso da jornalista Sandra Gomide deve sair do Segundo Distrito Policial da capital direto para um presídio, onde vai cumprir a pena.

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) foi conhecida no fim da tarde de terça-feira (24), em Brasília. Assim que saiu a ordem de prisão, uma das equipes de reportagem da TV Globo tentou ouvir o jornalista na casa dele, na Zona Sul de São Paulo. Pimenta Neves apareceu na janela, mas não quis falar.

Em seguida, chegou a polícia. Naquele momento, ainda não havia um mandado de prisão. O documento precisava ser expedido pela Justiça de Ibiúna, interior de São Paulo, onde foi o julgamento, mas a polícia queria ter certeza de que o jornalista estava na residência. Em seguida, a casa foi cercada. Depois de uma negociação, Pimenta Neves decidiu se entregar.

“Nós teríamos de cumprir o horário noturno e invadir a casa de manhã, mas nós fizemos contato telefônico com ele e convencemos que seria desnecessária a espera, porque a casa estava fechada. Ele pediu que se aguardasse o advogado, mas mesmo antes de o advogado chegar ele já abriu a casa e se entregou. Quando o advogado chegou, ele se sentiu mais seguro”, contou o delegado Aldo Galiano Júnior.

Pimenta Neves foi condenado pela morte da também jornalista Sandra Gomide. Os dois trabalharam juntos na redação do jornal “Estado de São Paulo”. Na época, ela era repórter e ele, diretor de redação. Depois de dois anos de relacionamento, Sandra decidiu terminar o romance e foi demitida por Pimenta Neves.

No dia 20 de agosto de 2000, Sandra Gomide estava no haras em Ibiúna. Pimenta Neves apareceu na propriedade armado. Depois de uma discussão, ele disparou dois tiros contra a ex-namorada pelas costas. Réu confesso e condenado, Pimenta Neves até agora só havia passado sete meses na cadeia.

“A defesa vem desde o começo do júri tentando anular, porque não houve um julgamento justo. Infelizmente e desafortunadamente a decisão do Supremo nos causou muita consternação, mas ela será cumprida”, afirmou a advogada de Pimenta Neves, Maria José da Costa Ferreira.

O pai de Sandra, João Gomide, nunca se conformou com a liberdade de Pimenta Neves. Na terça (24), mesmo doente, ele comemorou a prisão. “São 11 anos que eu estou lutando. Não tinha muita esperança. Agora hoje foi um dia de alegria. Me sinto alegre, porque recebi essa notícia. Gostaria que ele ficasse, pelo menos, uns cinco anos na cadeia”, declarou.

Depois de se entregar, Pimenta Neves prestou novo depoimento. Aos 75 anos e com problemas cardíacos, o jornalista passou pelo exame de corpo de delito na delegacia, sem precisar ir ao Instituto Médico-Legal.

Na madrugada desta quarta-feira (25), depois que a Justiça de Ibiúna expediu o mandado de prisão, Pimenta Neves foi transferido para o Segundo Distrito Policial, onde passou a noite em uma cela especial, como prevê a lei para réus com curso superior.

Jornalista recusa café da manhã na delegacia
Pimenta Neves chegou à Delegacia do Bom Retiro, tradicional bairro no Centro de São Paulo, na noite de terça. Segundo informações, ele nem sentou no colchão da cela. Ficou andando de um lado para o outro. O café da manhã chegou às 7h – café com leite, pão e manteiga – e o jornalista recusou.

No começo da manhã desta quarta-feira (25), Pimenta Neves não conversa com ninguém e não deve ficar muito tempo preso na delegacia. A Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo vai decidir para onde Pimenta Neves vai, mas deve ser um presídio do interior do estado.

Preso, Pimenta Neves recusa café da manhã na delegacia de São Paulo

O jornalista Pimenta Neves deve ser transferido a qualquer momento para um presídio. Não existe uma previsão exata, mas é certo que a Secretaria de Administração Penitenciaria quer resolver logo a questão.

Pimenta Neves chegou a passar sete meses preso em uma delegacia enquanto aguardava julgamento, mas conseguiu ser liberado pela Justiça antes de ser julgado. Depois que veio o julgamento, Pimenta Neves foi condenado a quase 20 anos de cadeia, mas nunca passou um único dia preso. Na terça-feira (24), isso mudou e agora não há mais como recorrer.

Eram 20h30 quando Pimenta Neves chegou à sede do Departamento de Homicídios. O delegado que fez a prisão contou que Pimenta Neves estava com as malas prontas há um mês. A decisão da Justiça já era esperada. O assassino confesso da jornalista Sandra Gomide deve sair do Segundo Distrito Policial da capital direto para um presídio, onde vai cumprir a pena.

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) foi conhecida no fim da tarde de terça-feira (24), em Brasília. Assim que saiu a ordem de prisão, uma das equipes de reportagem da TV Globo tentou ouvir o jornalista na casa dele, na Zona Sul de São Paulo. Pimenta Neves apareceu na janela, mas não quis falar.

Em seguida, chegou a polícia. Naquele momento, ainda não havia um mandado de prisão. O documento precisava ser expedido pela Justiça de Ibiúna, interior de São Paulo, onde foi o julgamento, mas a polícia queria ter certeza de que o jornalista estava na residência. Em seguida, a casa foi cercada. Depois de uma negociação, Pimenta Neves decidiu se entregar.

“Nós teríamos de cumprir o horário noturno e invadir a casa de manhã, mas nós fizemos contato telefônico com ele e convencemos que seria desnecessária a espera, porque a casa estava fechada. Ele pediu que se aguardasse o advogado, mas mesmo antes de o advogado chegar ele já abriu a casa e se entregou. Quando o advogado chegou, ele se sentiu mais seguro”, contou o delegado Aldo Galiano Júnior.

Pimenta Neves foi condenado pela morte da também jornalista Sandra Gomide. Os dois trabalharam juntos na redação do jornal “Estado de São Paulo”. Na época, ela era repórter e ele, diretor de redação. Depois de dois anos de relacionamento, Sandra decidiu terminar o romance e foi demitida por Pimenta Neves.

No dia 20 de agosto de 2000, Sandra Gomide estava no haras em Ibiúna. Pimenta Neves apareceu na propriedade armado. Depois de uma discussão, ele disparou dois tiros contra a ex-namorada pelas costas. Réu confesso e condenado, Pimenta Neves até agora só havia passado sete meses na cadeia.

“A defesa vem desde o começo do júri tentando anular, porque não houve um julgamento justo. Infelizmente e desafortunadamente a decisão do Supremo nos causou muita consternação, mas ela será cumprida”, afirmou a advogada de Pimenta Neves, Maria José da Costa Ferreira.

O pai de Sandra, João Gomide, nunca se conformou com a liberdade de Pimenta Neves. Na terça (24), mesmo doente, ele comemorou a prisão. “São 11 anos que eu estou lutando. Não tinha muita esperança. Agora hoje foi um dia de alegria. Me sinto alegre, porque recebi essa notícia. Gostaria que ele ficasse, pelo menos, uns cinco anos na cadeia”, declarou.

Depois de se entregar, Pimenta Neves prestou novo depoimento. Aos 75 anos e com problemas cardíacos, o jornalista passou pelo exame de corpo de delito na delegacia, sem precisar ir ao Instituto Médico-Legal.

Na madrugada desta quarta-feira (25), depois que a Justiça de Ibiúna expediu o mandado de prisão, Pimenta Neves foi transferido para o Segundo Distrito Policial, onde passou a noite em uma cela especial, como prevê a lei para réus com curso superior.

Jornalista recusa café da manhã na delegacia
Pimenta Neves chegou à Delegacia do Bom Retiro, tradicional bairro no Centro de São Paulo, na noite de terça. Segundo informações, ele nem sentou no colchão da cela. Ficou andando de um lado para o outro. O café da manhã chegou às 7h – café com leite, pão e manteiga – e o jornalista recusou.

No começo da manhã desta quarta-feira (25), Pimenta Neves não conversa com ninguém e não deve ficar muito tempo preso na delegacia. A Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo vai decidir para onde Pimenta Neves vai, mas deve ser um presídio do interior do estado.

Ministra das Finanças francesa declara-se candidata à direcção do FMI


A ministra da Economia, Finanças e Indústria francesa, Christine Lagarde, declarou-se, hoje, candidata à direção do Fundo Monetário Internacional (FMI). A candidatura de Lagarde surge na sequência de demissão de Dominique Strauss-Kahn, acusado de tentativa de violação e detido em Nova Iorque. Lagarde recebeu, hoje, o apoio do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.

A França procurará o apoio do G8, na quinta-feira e na sexta-feira, em Deauville (noroeste), para esta candidatura, mas já vários dirigentes de países-membros da UE mostraram o seu apoio, nomeadamente a chanceler alemã, Angela Merkel.

No último dia para apresentação de candidaturas à direção do FMI, 10 de junho, o Tribunal de Justiça da República Francesa deverá pronunciar-se se abre ou não um inquérito contra Lagarde por abuso de autoridade no caso do empresário Bernard Tapie.

Sobre este caso, Lagarde disse na conferência de imprensa de hoje que está inocente.

"Estou totalmente confiante face a este processo porque tenho a minha consicência tranquila. Agi de acordo com o interesse do Estado e em respeito pela lei", referiu.

Em 2007, a ministra aprovou o recurso a um tribunal privado para resolver o contencioso entre Tapie e os liquidatários do Crédit Lyonnais, antigo banco público francês, em torno da venda litigiosa da empresa de artigos desportivos Adidas.

O tribunal arbitral decidiu, em julho de 2008, que Tapie deveria receber mais de 200 milhões de euros do Estado francês.

Os factos que podem vir a ser imputados à ministra são passíveis de condenação a cinco anos de prisão e 75 mil euros de multa.
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Israel: Netanyahu diz estar pronto para conversações

Código Florestal muda lei ambiental em vigor desde 1965


BRASÍLIA — O projeto de lei do novo Código Florestal, aprovado pela Câmara, altera a lei ambiental que estava em vigor desde 1965. Algumas das mudanças aprovadas ainda podem ser alteradas durante a votação no Senado, para onde o texto será encaminhado agora, e também vetadas pela presidente Dilma Rousseff. Entre as principais mudanças que podem ocorrer caso o projeto seja transformado em lei, estão definições sobre reserva legal e Áreas de Preservação Permanente (APP).

Enquanto o código atual exige reserva legal mínima em todas as propriedades, variando de 80% na Amazônia a 35% no Cerrado e 20% nas outras regiões, o novo texto aprovado dispensa aquelas de até quatro módulos fiscais (medida que varia de 20 a 400 hectares) de recompor a área de reserva legal desmatada. Para esses casos, não haverá obrigatoriedade de percentual mínimo de preservação, valendo a manutenção da área de vegetação nativa existente em julho de 2008. Também fica autorizada a recomposição em áreas fora da propriedade, desde que no mesmo bioma.

A redação aprovada consolida plantações em encostas e topos de morros, definidas como APP, entre elas café, maçã, uva e fumo. A medida não permite, no entanto, novos desmatamentos nessas áreas.

Uma das mudanças mais polêmicas diz respeito à regularização ambiental. Pelo Código Florestal de 1965, os proprietários que não respeitaram os limites de reserva legal e de cultivos em APP estavam ilegais, sujeitos a multas por crimes ambientais e embargo das propriedades. Pelo novo texto, os produtores rurais terão que se inscrever no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e aderir ao Programa de Regularização Ambiental criado pelo governo federal.

A Emenda 164 - de autoria do deputado Paulo Piau (PMDB-MG)-, no entanto, votada e aprovada em plenário na madrugada deata quarta-feira (25), dá aos estados e ao Distrito Federal, tirando a exclusividade da União, o poder de definir os critérios de utilidade pública, baixo impacto ou interesse social para a regularização, além de liberar plantações e pastos feitos em APP até julho de 2008.

Segundo o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), caso a medida também passe pelo Senado, a presidente Dilma a vetará, pois ela significa anistia aos desmatadores. O governo também quer que as possíveis liberações de desmatamento em Áreas de Preservação Permanente sejam regulamentadas por decreto presidencial.

terça-feira, 24 de maio de 2011

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