
Praça Tahrir tem manhã tensa após enfrentamentos no Cairo
Um ambiente tenso, com chamadas à paz, reina nesta quinta-feira na praça Tahrir, no Cairo, que está tomada por milhares de manifestantes contrários ao regime de Hosni Mubarak e tem em seus arredores partidários do líder egípcio.
As tropas do Exército controlam os acessos à praça, símbolo da revolta popular que sacode o Egito há dez dias, e tentam evitar que se repitam os duros enfrentamentos entre partidários e opositores de Mubarak, que deixaram nas últimas horas mais de dez mortos e centenas de feridos.
O ponto mais crítico às 10h30 da hora local (6h30 de Brasília) se encontrava perto do Museu Egípcio, na rua que comunica a praça Tahrir (praça Libertação) com a praça Abdel Menem Riad, onde há um cinto de contenção de militares e civis apoiados por dois tanques que tentam acalmar a situação.
Os partidários de Mubarak, contados às dezenas, foram expulsos da praça Tahrir e desde zonas adjacentes à praça Abdel Menem Riad lançam pedras e até coquetéis molotov.
Na rua do museu há meia dúzia de tanques, que apontam para a ponte 6 de Outubro, e um pouco adiante nesta mesma via há uma barricada, formada por um jipe, dois carros e dois caminhões do Exército totalmente carbonizados.
Enquanto isso, muitos dos opositores a Mubarak patrulham a praça Tahrir armados com paus e agitando bandeiras do Egito.
Em seus rostos podem ser observadas marcas dos violentos incidentes ocorridos no local, sendo que vários têm curativos pelo corpo.
Em outro dos acessos à praça Tahrir, na ponte de Kasr el Nil, próximo ao edifício da Liga Árabe, estão três tanques, que apontam para a praça.
A todo o momento, manifestantes detêm pessoas consideradas do bloco contrário para entregá-las aos militares.
Na praça, onde grande parte do pavimento está solto, há montes de pedras, prontas para serem utilizadas como armas.
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