Os resultados das análises realizadas por cientistas
suíços no corpo do líder palestino Yasser Arafat "apoiam razoavelmente a
hipótese de envenenamento", informou nesta quinta-feira o diretor do
Instituto de Radiofísica Aplicada de Lausanne, François Bochud.
Em entrevista coletiva oferecida em companhia de Patrice
Mangin, diretor do Centro Universitário de Medicina Legal da região
francófana da Suíça (CURML), o outro responsável da investigação, Bochud
explicou aos jornalistas as conclusões das provas realizadas com
artigos pessoais que Arafat utilizou em seus últimos dias de vida.
Após uma complexa explicação científica e quando um
assistente pediu para assinalar em termos claros e simples suas
conclusões, Bochud respondeu que "este resultado apoia razoavelmente a
hipótese de um envenenamento".
Minutos antes, durante sua exposição, o cientista tinha
dito que pode ser completamente categórico sobre as causas da morte de
Arafat, há quase nove anos. "Se me perguntarem se podemos excluir o
polônio como causa da morte, a resposta é não. Se me perguntarem se
podemos assegurar que essa foi a causa da morte, também responderei que
não", disse.
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