quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Mario Monti assume governo italiano e escolhe apenas ministros tecnocratas
Primeiro-ministro terá ainda que receber o aval do Congresso, o que deverá ocorrer rapidamente, já que o novo governo conta com apoio de quase todos os parlamentares
Roma - O ex-comissário da União Europeia Mario Monti assumiu oficialmente nesta quarta-feira os cargos de primeiro-ministro e ministro de Economia e Finanças da Itália, e nomeou apenas tecnocratas para assumir as pastas antes ocupadas pelo governo de Silvio Berlusconi.
O novo governo foi criado para tentar acalmar os mercados e conter a grave crise econômica que atinge o país. A cerimônia de juramento do cargo foi feita na presença do presidente italiano, Giorgio Napolitano.
O primeiro-ministro terá ainda que receber o aval do Congresso, o que deverá ocorrer rapidamente, já que o novo governo conta com apoio de quase todos os parlamentares.
Após a cerimônia, que contou com a presença dos ministros e principais funcionários do gabinete, foi realizada a transferência da chefia de governo, antes ocupada por Berlusconi, que renunciou no sábado após perder a maioria na câmara baixa.
O novo Executivo se destaca pela ausência de políticos e o elevado número de professores universitários e empresários, entre os quais se destaca o banqueiro Corrado Passera, diretor do grupo bancário Intesa Sanpaolo, segunda maior entidade financeira da Itália.
Passera, de 56 anos, foi nomeado ministro do Desenvolvimento Econômico, Infraestrutura e Transporte, pasta que terá como missão realizar as reformas exigidas para tentar livrar a Itália da recessão.
O empresário, membro do Comitê Executivo da Associação Bancária Italiana (ABI), comandava o Intesa Sanpaolo desde 2007. A instituição obteve a melhor nota nos testes de solvência europeus entre os cinco bancos italianos avaliados.
O almirante Giampaolo di Paola, de 67 anos, é outro membro do Gabinete. Ex-presidente do Comitê Militar da Otan, ele será o ministro da Defesa.
Uma novidade no governo é a presença de três mulheres em cargos importantes, o que não existia na época de Berlusconi. A advogada Paola Severino, de 63 anos, é a nova ministra da Justiça. A pasta foi motivo de polêmica nos últimos dias, pois a favorita para assumir o cargo era Livia Pomodoro, presidente do Tribunal de Milão, onde o ex-primeiro-ministro está sendo julgado.
A nova ministra do Interior é Anna Maria Cancellieri, de 67 anos, ex-líder do governo na prefeitura de Parma. E a professora de economia na Universidade de Turim e vice-presidente do Conselho de Supervisão do Intesa Sanpaolo, Elsa Fornero, de 63 anos, foi nomeada ministra do Trabalho.
Para assumir o Ministério das Relações Exteriores, Monti escolheu o embaixador da Itália em Washington, Giulio Terzi di Sant'Agata, de 63 anos.
O ministro de Educação, Universidade e Pesquisa Científica será o presidente do Conselho Nacional de Pesquisas (CNR) da Itália, o engenheiro Francesco Profumo, de 58 anos.
O novo subsecretário da presidência do governo, braço-direito do primeiro-ministro, será o presidente da Autoridade Antimonopólio italiana, o jurista Antonio Catricalà, de 59 anos.
A moção de confiança do governo de Mario Monti no Senado acontecerá nesta quinta-feira, e na Câmara, provavelmente na sexta.
O novo gabinete chega ao poder em um dos momentos mais complicados da história da Itália, marcado pela desconfiança dos mercados e por uma dívida pública que já chega a 120% do PIB (aproximadamente 1,9 trilhão de euros).
A intenção de Monti é chegar ao fim do mandato original de Berlusconi - em 2013 - e consolidar a recuperação econômica da Itália, o que exigirá, segundo o próprio primeiro-ministro, grandes sacrifícios.
Campanha contra o ódio mostra beijos entre líderes mundiais
Uma campanha contra a "cultura do ódio" lançada nesta quarta-feira promete causar polêmica com montagens que mostram líderes mundiais se beijando.
Em um dos anúncios da marca de roupas United Colors of Benetton, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, aparece beijando o líder venezuelano, Hugo Chávez. Em outro, o papa Bento 16 beija Ahmed Mohamed el-Tayeb, imã da mesquita de Al-Azhar, no Cairo.
Foto: Reprodução
Anúncio da Benetton mostra Obama "beijando" Chávez
Em comunicado, a marca afirmou que a campanha "Unhate" busca "contrastar a cultura do ódio e promover a aproximação de pessoas, religiões e culturas, além da compreensão pacífica das motivações dos outros".
Trata-se da primeira campanha da fundação Unhate, criada pela Benetton, cujo objetivo é "contribuir para a criação de uma cultura de tolerância que combata o ódio".
"Embora o amor global seja uma utopia, o convite a não odiar, a combater a cultura do ódio, é um objetivo ambicioso, mas realista", afirmou Alessandro Benetton, vice-presidente do grupo Benetton. "Com essa campanha, decidimos dar ampla visibilidade ao ideal de tolerância e convidar cidadãos de todo o mundo a refletir sobre como o ódio nasce principalmente do medo do outro e do que não nos é familiar."
No comunicado que apresenta a campanha, a empresa afirma que os anúncios que mostram beijos entre líderes mundiais têm "um toque de ironia e de provocação construtiva".
Ainda de acordo com a Benetton, as "simbólicas imagens de reconciliação" entre líderes mundiais que costumam divergir em questões políticas e religiosas "estimulam a reflexão" sobre como o diálogo deve superar as divergências.
Polêmica, campanha contra o ódio mostra beijos entre líderes
Uma polêmica campanha da marca de roupas United Colors of Benetton movimentou a rede mundial de computadores nesta quarta-feira (16). Com o objetivo de lutar contra a "cultura do ódio", a marca lançou a campanha "Unhate" com fotomontagens que mostram líderes mundiais se beijando.
Em comunicado, a marca afirmou que a campanha busca "contrastar a cultura do ódio e promover a aproximação de pessoas, religiões e culturas, além da compreensão pacífica das motivações dos outros".
Uma das fotos, por exemplo, mostra o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, beijando o líder venezuelano, Hugo Chávez. Em outro, o papa Bento 16 beija Ahmed Mohamed el-Tayeb, imã da mesquita de Al-Azhar, no Cairo.
Ainda de acordo com a empresa, os anúncios que mostram beijos entre líderes mundiais têm "um toque de ironia e de provocação construtiva"
Diretor do Departamento para a Europa do FMI deixará organização
Em comunicado, a diretora do FMI, Christine Lagarde, afirmou que sua intenção é nomear para a função o britânico-iraniano Reza Moghadam
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Sean Gallup/Getty Images
A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, durante encontro do G20
Christine: "Antonio Borges guiou o departamento da Europa durante um período de extrema dificuldade para os membros da eurozona"
Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou nesta quarta-feira que o diretor do Departamento para a Europa, o português Antonio Borges, anunciou que deixará o organismo por razões pessoais.
Num breve comunicado, a diretora do FMI, Christine Lagarde, afirmou que sua intenção é nomear para a função o britânico-iraniano Reza Moghadam, que até agora é diretor do departamento de Estratégia, Avaliação e Política do organismo.
Borges, de 63 anos, assumiu o cargo em novembro de 2010. A nota do FMI informa que ele deixará seu posto imediatamente e seu sucessor tomará posse nesta quinta-feira.
"Antonio Borges guiou o departamento da Europa durante um período de extrema dificuldade para os membros da eurozona", disse Christine.
"Sua vasta experiência no setor público e privado, combinada com sua capacidade para construir fortes relações com as autoridades dos países-membros, foram de grande ajuda para responder à crise", acrescentou a diretora.
Borges, que estudou Economia na Universidade de Stanford, foi vice-presidente do Goldman Sachs International e sub-governador do Banco de Portugal.
O Departamento para a Europa é uma das principais funções do FMI, principalmente agora que três países do Continente (Irlanda, Portugal e Grécia) devem sofrer intervenção da organização.
Lula raspa cabeça e barba e antecipa efeitos do tratamento
São Paulo - Fotos divulgadas nesta quinta-feira pelo Instituto Cidadania mostram o ex-presidente Lula raspando a barba e os cabelos. Ele decidiu antecipar os possíveis efeitos do tratamento que faz contra um câncer na laringe.
Segundo a divulgação, a própria ex-primeira-dama Marisa Letícia foi quem raspou a cabeça e a barba - uma das marcas registradas de Lula desde os tempos da luta sindical, nos anos 1970 - do ex-presidente.
Lula foi diagnosticado com um tumor de laringe no fim do mês de outubro. Entre os dias 31 e cinco de novembro, o ex-presidente se submeteu à primeira fase do tratamento de quimioterapia. Segundo os médicos que o acompanham, o câncer é curável, e pode ser tratado sem cirurgia.
Proposta
No dia 12 de novembro, a coluna do jornalista Lauro Jardim, da Veja, noticiou que a Gilette teria sondado o ex-presidente para tirar a barba com uma de suas lâminas por 1 milhão de reais. A proposta incluía ainda a doação do cachê para uma instituição de caridade.
A assessoria de imprensa do Instituto Cidadania negou que tenha havido proposta por parte da Gilette, e afirmou que o corte da barba e do cabelo foi feito apenas para antecipar os efeitos da quimioterapia.
Dilma cobra novas explicações de Lupi A situação do ministro do Trabalho se agravou
A presidente Dilma Rousseff deve traçar o futuro do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a partir das novas explicações que ele terá de dar por conta das denúncias envolvendo seu nome, segundo reportagem divulgada nesta quarta-feira pelo jornal O Estado de S.Paulo .
A divulgação de uma foto em que ele aparece saindo do avião do dono de uma ONG agravou sua situação, uma vez que, em depoimento à Câmara dos Deputados, Lupi havia negado o uso da aeronave. "Nunca andei em jatinho de Adair [Meira, dono da ONG Pró-Serrado], não o conheço. Não tenho nenhum tipo de relação com ele".
Lupi terá de dar explicações à presidente e, no próximo sábado, ao PDT, na reunião do Diretório Nacional do partido. Segundo a reportagem, o ministro tentará “cavar” uma nota oficial de apoio do PDT à sua permanência na pasta.
No entanto, apesar de já ter trocado seis ministros desde o início do ano, Dilma não deu garantias de que Lupi permanecerá até o fim do ano no cargo.
Relembre o caso
A Polícia Federal começa a investigar a atuação de lobistas no Ministério do Trabalho. Eles estariam cobrando propina para registrar entidades sindicais na pasta.
O ministro é acusado de oferecer livre acesso aos gabinetes da pasta para os lobistas. De acordo com as denúncias, quem paga a propina consegue furar a fila e garantir ao sindicato parte do bolo de R$ 2 bilhões arrecadados com o imposto sindical.
Na semana passada, Lupi declarou que só sairia do cargo “abatido à bala” “e uma bala bem pesada, porque sou grande”. Dias depois, ele se desculpou com a presidente e disse: “Dilma, eu te amo”.
Lupi quer mostrar provas materiais à Dilma para ficar no cargo
BRASÍLIA (Reuters) - A situação do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, no governo ainda é delicada e sua permanência depende da nova rodada de explicações que dará ao Congresso, ao Palácio do Planalto. Também pesará na decisão da presidente Dilma Rousseff a influência que eventual manutenção de Lupi terá na aprovação da prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU) na Câmara.
O ministro conversou com Dilma nesta quarta-feira e disse que tem como provar que não usou um avião alugado por um dirigente de uma organização não-governamental para deslocamentos em 2009 e inclusive pode voltar a conversar com a presidente nesta quarta para mostrar "provas materiais", segundo relato de uma fonte do Palácio do Planalto.
Lupi havia negado em depoimento na Câmara dos Deputados na semana passada ter relações com o empresário Adair Meira, que integra a direção da ONG Pró-Cerrado. Entretanto, de acordo com uma nova denúncia, feita pela revista Veja no fim de semana, o ministro voou na aeronave fretada por Meira e, meses depois, a Pró-Cerrado assinou convênios com o Ministério do Trabalho.
Segundo a fonte do Planalto, que pediu para não ter seu nome revelado, a presidente não está "ansiosa" para definir a situação de Lupi, mas quer que ele seja convincente.
O ministro deve prestar novas explicações públicas na quinta-feira, quando participará de audiência pública no Senado. Pelo menos até lá, Dilma não deve tomar uma decisão definitiva sobre o caso.
A presidente também avalia se a manutenção do ministro não atrapalha a votação em segundo turno na Câmara da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) por quatro anos.
A PEC da DRU já foi aprovada em primeiro turno na Casa, em duas sessões que duraram horas, e a área política do governo teme que se Dilma mantiver o apoio a Lupi a oposição possa dificultar e até mesmo atrasar a votação da matéria em segundo turno.
Um atraso de uma semana nessa votação pode significar uma grande derrota para o Executivo e Dilma tem se empenhado desde a semana passada para garantir que o governo tenha liberdade para aplicar até 20 por cento dos recursos orçamentários, como prevê a DRU, até 2014. Ela argumenta que essa é uma medida essencial para enfrentar a crise financeira global.
Uma outra fonte do Palácio do Planalto disse que essa consequência foi debatida num jantar entre a presidente, o presidente do PT, Rui Falcão, e outros ministros na terça-feira.
O governo não quer correr mais riscos na tramitação dessa PEC e já foi alertado pelos líderes aliados do Senado que o prazo de tramitação na Casa é muito apertado. A DRU vence no final deste ano.
APOIO PARTIDÁRIO
Enquanto tenta colher provas de que não mentiu ao Congresso na audiência pública da Câmara na semana passada, Lupi também tenta manter a bancada pedetista no Parlamento coesa em sua defesa.
Depois de conversar com Dilma, o ministro, que é presidente licenciado da legenda, se reuniu com lideranças pedetistas para definir uma estratégia de defesa e acalmar aqueles que eventualmente prefiram que ele deixe o governo para evitar prejuízos maiores à imagem do partido.
Na avaliação do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, que participou do encontro, as denúncias são "frágeis" e as provas devem "aparecer." "O ministro disse, com todas as letras, que a Dilma quer que ele fique e ele vai ficar", afirmou o deputado.
Desde junho, cinco ministros do governo Dilma já deixaram seus cargos em meio a denúncias de irregularidades - Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo) e Orlando Silva (Esporte).
(Reportagem adicional de Maria Carolina Marcello)
O ministro conversou com Dilma nesta quarta-feira e disse que tem como provar que não usou um avião alugado por um dirigente de uma organização não-governamental para deslocamentos em 2009 e inclusive pode voltar a conversar com a presidente nesta quarta para mostrar "provas materiais", segundo relato de uma fonte do Palácio do Planalto.
Lupi havia negado em depoimento na Câmara dos Deputados na semana passada ter relações com o empresário Adair Meira, que integra a direção da ONG Pró-Cerrado. Entretanto, de acordo com uma nova denúncia, feita pela revista Veja no fim de semana, o ministro voou na aeronave fretada por Meira e, meses depois, a Pró-Cerrado assinou convênios com o Ministério do Trabalho.
Segundo a fonte do Planalto, que pediu para não ter seu nome revelado, a presidente não está "ansiosa" para definir a situação de Lupi, mas quer que ele seja convincente.
O ministro deve prestar novas explicações públicas na quinta-feira, quando participará de audiência pública no Senado. Pelo menos até lá, Dilma não deve tomar uma decisão definitiva sobre o caso.
A presidente também avalia se a manutenção do ministro não atrapalha a votação em segundo turno na Câmara da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) por quatro anos.
A PEC da DRU já foi aprovada em primeiro turno na Casa, em duas sessões que duraram horas, e a área política do governo teme que se Dilma mantiver o apoio a Lupi a oposição possa dificultar e até mesmo atrasar a votação da matéria em segundo turno.
Um atraso de uma semana nessa votação pode significar uma grande derrota para o Executivo e Dilma tem se empenhado desde a semana passada para garantir que o governo tenha liberdade para aplicar até 20 por cento dos recursos orçamentários, como prevê a DRU, até 2014. Ela argumenta que essa é uma medida essencial para enfrentar a crise financeira global.
Uma outra fonte do Palácio do Planalto disse que essa consequência foi debatida num jantar entre a presidente, o presidente do PT, Rui Falcão, e outros ministros na terça-feira.
O governo não quer correr mais riscos na tramitação dessa PEC e já foi alertado pelos líderes aliados do Senado que o prazo de tramitação na Casa é muito apertado. A DRU vence no final deste ano.
APOIO PARTIDÁRIO
Enquanto tenta colher provas de que não mentiu ao Congresso na audiência pública da Câmara na semana passada, Lupi também tenta manter a bancada pedetista no Parlamento coesa em sua defesa.
Depois de conversar com Dilma, o ministro, que é presidente licenciado da legenda, se reuniu com lideranças pedetistas para definir uma estratégia de defesa e acalmar aqueles que eventualmente prefiram que ele deixe o governo para evitar prejuízos maiores à imagem do partido.
Na avaliação do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, que participou do encontro, as denúncias são "frágeis" e as provas devem "aparecer." "O ministro disse, com todas as letras, que a Dilma quer que ele fique e ele vai ficar", afirmou o deputado.
Desde junho, cinco ministros do governo Dilma já deixaram seus cargos em meio a denúncias de irregularidades - Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo) e Orlando Silva (Esporte).
(Reportagem adicional de Maria Carolina Marcello)
Lupi quer mostrar provas materiais à Dilma para ficar no cargo
BRASÍLIA (Reuters) - A situação do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, no governo ainda é delicada e sua permanência depende da nova rodada de explicações que dará ao Congresso, ao Palácio do Planalto. Também pesará na decisão da presidente Dilma Rousseff a influência que eventual manutenção de Lupi terá na aprovação da prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU) na Câmara.
O ministro conversou com Dilma nesta quarta-feira e disse que tem como provar que não usou um avião alugado por um dirigente de uma organização não-governamental para deslocamentos em 2009 e inclusive pode voltar a conversar com a presidente nesta quarta para mostrar "provas materiais", segundo relato de uma fonte do Palácio do Planalto.
Lupi havia negado em depoimento na Câmara dos Deputados na semana passada ter relações com o empresário Adair Meira, que integra a direção da ONG Pró-Cerrado. Entretanto, de acordo com uma nova denúncia, feita pela revista Veja no fim de semana, o ministro voou na aeronave fretada por Meira e, meses depois, a Pró-Cerrado assinou convênios com o Ministério do Trabalho.
Segundo a fonte do Planalto, que pediu para não ter seu nome revelado, a presidente não está "ansiosa" para definir a situação de Lupi, mas quer que ele seja convincente.
O ministro deve prestar novas explicações públicas na quinta-feira, quando participará de audiência pública no Senado. Pelo menos até lá, Dilma não deve tomar uma decisão definitiva sobre o caso.
A presidente também avalia se a manutenção do ministro não atrapalha a votação em segundo turno na Câmara da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) por quatro anos.
A PEC da DRU já foi aprovada em primeiro turno na Casa, em duas sessões que duraram horas, e a área política do governo teme que se Dilma mantiver o apoio a Lupi a oposição possa dificultar e até mesmo atrasar a votação da matéria em segundo turno.
Um atraso de uma semana nessa votação pode significar uma grande derrota para o Executivo e Dilma tem se empenhado desde a semana passada para garantir que o governo tenha liberdade para aplicar até 20 por cento dos recursos orçamentários, como prevê a DRU, até 2014. Ela argumenta que essa é uma medida essencial para enfrentar a crise financeira global.
Uma outra fonte do Palácio do Planalto disse que essa consequência foi debatida num jantar entre a presidente, o presidente do PT, Rui Falcão, e outros ministros na terça-feira.
O governo não quer correr mais riscos na tramitação dessa PEC e já foi alertado pelos líderes aliados do Senado que o prazo de tramitação na Casa é muito apertado. A DRU vence no final deste ano.
APOIO PARTIDÁRIO
Enquanto tenta colher provas de que não mentiu ao Congresso na audiência pública da Câmara na semana passada, Lupi também tenta manter a bancada pedetista no Parlamento coesa em sua defesa.
Depois de conversar com Dilma, o ministro, que é presidente licenciado da legenda, se reuniu com lideranças pedetistas para definir uma estratégia de defesa e acalmar aqueles que eventualmente prefiram que ele deixe o governo para evitar prejuízos maiores à imagem do partido.
Na avaliação do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, que participou do encontro, as denúncias são "frágeis" e as provas devem "aparecer." "O ministro disse, com todas as letras, que a Dilma quer que ele fique e ele vai ficar", afirmou o deputado.
Desde junho, cinco ministros do governo Dilma já deixaram seus cargos em meio a denúncias de irregularidades - Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo) e Orlando Silva (Esporte).
(Reportagem adicional de Maria Carolina Marcello)
O ministro conversou com Dilma nesta quarta-feira e disse que tem como provar que não usou um avião alugado por um dirigente de uma organização não-governamental para deslocamentos em 2009 e inclusive pode voltar a conversar com a presidente nesta quarta para mostrar "provas materiais", segundo relato de uma fonte do Palácio do Planalto.
Lupi havia negado em depoimento na Câmara dos Deputados na semana passada ter relações com o empresário Adair Meira, que integra a direção da ONG Pró-Cerrado. Entretanto, de acordo com uma nova denúncia, feita pela revista Veja no fim de semana, o ministro voou na aeronave fretada por Meira e, meses depois, a Pró-Cerrado assinou convênios com o Ministério do Trabalho.
Segundo a fonte do Planalto, que pediu para não ter seu nome revelado, a presidente não está "ansiosa" para definir a situação de Lupi, mas quer que ele seja convincente.
O ministro deve prestar novas explicações públicas na quinta-feira, quando participará de audiência pública no Senado. Pelo menos até lá, Dilma não deve tomar uma decisão definitiva sobre o caso.
A presidente também avalia se a manutenção do ministro não atrapalha a votação em segundo turno na Câmara da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) por quatro anos.
A PEC da DRU já foi aprovada em primeiro turno na Casa, em duas sessões que duraram horas, e a área política do governo teme que se Dilma mantiver o apoio a Lupi a oposição possa dificultar e até mesmo atrasar a votação da matéria em segundo turno.
Um atraso de uma semana nessa votação pode significar uma grande derrota para o Executivo e Dilma tem se empenhado desde a semana passada para garantir que o governo tenha liberdade para aplicar até 20 por cento dos recursos orçamentários, como prevê a DRU, até 2014. Ela argumenta que essa é uma medida essencial para enfrentar a crise financeira global.
Uma outra fonte do Palácio do Planalto disse que essa consequência foi debatida num jantar entre a presidente, o presidente do PT, Rui Falcão, e outros ministros na terça-feira.
O governo não quer correr mais riscos na tramitação dessa PEC e já foi alertado pelos líderes aliados do Senado que o prazo de tramitação na Casa é muito apertado. A DRU vence no final deste ano.
APOIO PARTIDÁRIO
Enquanto tenta colher provas de que não mentiu ao Congresso na audiência pública da Câmara na semana passada, Lupi também tenta manter a bancada pedetista no Parlamento coesa em sua defesa.
Depois de conversar com Dilma, o ministro, que é presidente licenciado da legenda, se reuniu com lideranças pedetistas para definir uma estratégia de defesa e acalmar aqueles que eventualmente prefiram que ele deixe o governo para evitar prejuízos maiores à imagem do partido.
Na avaliação do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, que participou do encontro, as denúncias são "frágeis" e as provas devem "aparecer." "O ministro disse, com todas as letras, que a Dilma quer que ele fique e ele vai ficar", afirmou o deputado.
Desde junho, cinco ministros do governo Dilma já deixaram seus cargos em meio a denúncias de irregularidades - Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo) e Orlando Silva (Esporte).
(Reportagem adicional de Maria Carolina Marcello)
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Novo tremor de 5,2 graus no leste da Turquia, sem vítimas
ANCARA, Turquia — Um terremoto de 5,2 graus de magnitude, réplica de um forte tremor de 7,2 graus que arrasou no mês passado a província oriental turca de Van, sacudiu na madrugada desta terça-feira a região, afirmaram meios de comunicação citando autoridades.
O tremor, que ocorreu às 22H30 GMT (20H30 de Brasília), semeou o pânico entre os habitantes da região, indicou a rede de televisão CNN-Türk.
As autoridades locais indicaram que a réplica não causou danos ou vítimas.
O terremoto de 7,2 graus ocorrido no dia 23 de outubro em Van deixou 604 mortos. Uma réplica de 5,6 graus de magnitude matou outras 40 pessoas na semana passada.
Obama expressa impaciência dos EUA com política econômica chinesa
O presidente Barack Obama afirmou a seu colega chinês Hu Jintao que os cidadãos americanos e o setor empresarial estão impacientes e frustrados em relação à política econômica chinesa, informou uma fonte oficial americana.
Foto: LARRY DOWNING/RTR/Newscom Ampliar
Presidente chinês (esq.) e líder americano durante cúpula da APEC, no Havaí
"Ele deixou claro que as pessoas e a comunidade empresarial americanas estão cada vez mais impacientes e frustrados com o estado das mudanças na política econômica na China e a evolução da relação econômica entre Estados Unidos e China", afirmou Michael Froman, assessor adjunto da Segurança Nacional, depois de uma reunião dos dois dirigentes no Havaí.
Leia mais: Obama elogia decisão da China de aumentar flexibilização do yuan
Pouco antes de sua reunião com Hu, Obama advertiu a China que deve "respeitar as regras" de concorrência em termos de comércio internacional e proteção da propriedade intelectual.
Para Obama, a melhor vantagem dos Estados Unidos no mercado global é a inovação e a proteção dos direitos de propriedade intelectual, segundo declarou em um evento à margem do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) no Havaí, aludindo às falsificações de produtos no gigante asiático e ao não respeito às patentes neste mercado.
China: Imprensa adverte que «o mundo não pertence aos EUA»
A imprensa chinesa considerou hoje as renovadas pressões do presidente Barack Obama sobre a cotação do yuan «um bode espiatório» para os problemas da economia norte-americana e advertiu Washintgon que «o mundo não pertence aos Estados Unidos».
No passado fim de semana, Obama disse que os Estados Unidos estavam a ficar frustrados com a política cambial chinesa, afirmando que a China ainda não valorizou devidamente o yuan.
«Pressionar a China, sobretudo quanto ao yuan, é um velho truque no processo da campanha eleitoral para a presidência dos Estados Unidos», diz um comentário da agência noticiosa oficial chinesa.
Diário Digital / Lusa
No passado fim de semana, Obama disse que os Estados Unidos estavam a ficar frustrados com a política cambial chinesa, afirmando que a China ainda não valorizou devidamente o yuan.
«Pressionar a China, sobretudo quanto ao yuan, é um velho truque no processo da campanha eleitoral para a presidência dos Estados Unidos», diz um comentário da agência noticiosa oficial chinesa.
Diário Digital / Lusa
PIB português cai 1,7% no terceiro trimestre
grava-se a recessão em Portugal, pelo terceiro trimestre consecutivo. Entre julho e setembro, o Produto Interno Bruto (PIB) nacional caiu 0,4 por cento, face ao trimestre anterior, e 1,7% em comparação com o mesmo período do ano passado.
O Instituto Nacional de Estatística evoca uma queda do investimento e do consumo e a desaceleração das exportações, mas os números são menos maus do que as previsões da Comissão Europeia.
O Instituto Nacional de Estatística evoca uma queda do investimento e do consumo e a desaceleração das exportações, mas os números são menos maus do que as previsões da Comissão Europeia.
PIB português cai 1,7% no terceiro trimestre
grava-se a recessão em Portugal, pelo terceiro trimestre consecutivo. Entre julho e setembro, o Produto Interno Bruto (PIB) nacional caiu 0,4 por cento, face ao trimestre anterior, e 1,7% em comparação com o mesmo período do ano passado.
O Instituto Nacional de Estatística evoca uma queda do investimento e do consumo e a desaceleração das exportações, mas os números são menos maus do que as previsões da Comissão Europeia.
O Instituto Nacional de Estatística evoca uma queda do investimento e do consumo e a desaceleração das exportações, mas os números são menos maus do que as previsões da Comissão Europeia.
Negros e pardos são maioria em 56,8% das cidades, diz estudo
O número de municípios onde os domicílios tinham maioria de pretos e pardos aumentou 7,6 pontos percentuais, entre 2000 e 2010, ao passar de 49,2% para 56,8%. A constatação faz parte do Mapa da População Preta & Parda no Brasil segundo os Indicadores do Censo de 2010, divulgado nesta segunda-feira.
Em 1.021 cidades (18,3% do total), pretos e pardos eram mais de 75% da população. O estudo foi elaborado pelo Laboratório de Análises Econômicas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (Laeser), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O percentual de pessoas que se declararam pretas passou de 6,2% para 7,6% em uma década. O aumento foi maior entre as que se declararam pardas, de 38,5% para 43,1% no mesmo período. Em 2010, aproximadamente 91 milhões de pessoas se classificaram como brancas, 15 milhões como pretas, 82 milhões como pardas, 2 milhões como amarelas e 817 mil como indígenas.
O coordenador da pesquisa, Marcelo Paixão, acredita que os indicadores com base no Censo 2010 foram influenciados pelo processo de valorização da presença afrodescendente na sociedade brasileira e pela adoção das políticas afirmativas.
"Esses dados demonstram não só uma mudança demográfica, mas também política, social e cultural, porque expressa uma nova forma de visibilidade da população negra brasileira ao estimular que as pessoas assumam sua cor de pele de uma maneira mais aberta."
O censo, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a cada dez anos, introduziu, em 2010, a pergunta sobre cor ou raça para todos os domicílios e não mais por amostra, como era feito anteriormente.
Segundo Marcelo Paixão, a comparação dessa informação com dados futuros do IBGE, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do ano que vem e o Censo de 2020, será muito útil para traçar um perfil mais fiel da população.
"O interessante para 2020 é verificar se esse percentual da população preta e parda no Brasil vai continuar aumentando. Porque é claro que tem também uma população que não é negra. O ideal é que as bases de dados expressem melhor o perfil da população brasileira, que corresponda à realidade", disse o economista.
De acordo com o levantamento de 2010, São Paulo é a cidade com maior número de pretos e pardos em todo o país, com cerca de 4,2 milhões, seguido do Rio de Janeiro (cerca de 3 milhões) e Salvador (cerca de 2,7 milhões).
Se forem considerados apenas negros, Salvador lidera o ranking com 743,7 mil, seguida de São Paulo (736 mil) e do Rio (724 mil).
No Norte e no Nordeste, respectivamente, 97,1% e 96,1% dos municípios eram formados por maioria preta e parda. No Centro-Oeste, esse percentual chegava a 75,5%, no Sudeste, a 37,1% e, no Sul, a apenas 2,3%.
Cunhataí, em Santa Catarina, é a única cidade brasileira sem a presença de pessoas que se declararam pretas.
Suspensão da Síria na Liga Árabe é "perigosa", diz ministro
O ministro sírio de Relações Exteriores, Walid al Muallem, classificou nesta segunda-feira de "perigosa" a decisão da Liga Árabe de suspender a participação de seu país na organização, e reiterou que se trata de uma resolução ilegal por não contar com unanimidade. "É um passo perigoso para as atividades árabes atuais e futuras e para as atividades e o papel da própria Liga Árabe", disse Muallem em entrevista coletiva em Damasco, transmitida pela televisão estatal.
O chefe da diplomacia síria reiterou que a resolução adotada no sábado pelos ministros de Relações Exteriores árabes no Cairo é "ilegal" porque necessitaria de unanimidade para sua aprovação, algo que não aconteceu na votação e que contradiz a Carta da Liga Árabe.
A decisão foi aprovada por 18 dos 22 membros da Liga com voto contra do Líbano e do Iêmen e abstenção do Iraque. Os ministros acordaram que a resolução será aplicada a partir da próxima quarta-feira, a menos que uma reunião em Rabat considere que Damasco mudou de atitude e está cumprindo com os requisitos do plano árabe.
"Somos favoráveis a aplicar o plano árabe porque este plano segue a postura síria", disse Muallem, que enumerou uma série de gestos positivos de seu Governo como a libertação de 80 detidos durante a festa muçulmana do Sacrifício.
Além disso, o ministro deu boas-vindas à visita de um comitê árabe à Síria para comprovar a situação do país e pediu a todas as partes envolvidas na crise que participem de uma conferência para o diálogo em Damasco, sem citar a data.
Por outro lado, Muallem reiterou que há uma "clara intervenção estrangeira" na Síria, que na sua opinião é objeto de uma conspiração proveniente de várias partes, sem especificar quais. O ministro criticou declarações recentes de responsáveis americanos e a atitude da Liga Árabe de não ter respondido a elas. "EUA é um membro extra-oficial da Liga Árabe", declarou.
O político sírio também lançou uma mensagem ao povo do seu país, de que não se repetirá a situação ocorrida na Líbia. "Os sírios não deveriam se preocupar, não é necessário que ninguém se inquiete. O cenário líbio não se repetirá porque não há pedidos para isso. A Síria não é a Líbia", disse.
Muallem lembrou que o preço da guerra na Líbia foi de mais de US$ 240 bilhões e considerou que as sanções árabes, dos EUA e da UE têm o objetivo de debilitar o regime de Damasco. Entretanto, ele declarou que a Síria emergirá da crise "mais forte pela consciência de seu povo".
O chefe da diplomacia síria reiterou que a resolução adotada no sábado pelos ministros de Relações Exteriores árabes no Cairo é "ilegal" porque necessitaria de unanimidade para sua aprovação, algo que não aconteceu na votação e que contradiz a Carta da Liga Árabe.
A decisão foi aprovada por 18 dos 22 membros da Liga com voto contra do Líbano e do Iêmen e abstenção do Iraque. Os ministros acordaram que a resolução será aplicada a partir da próxima quarta-feira, a menos que uma reunião em Rabat considere que Damasco mudou de atitude e está cumprindo com os requisitos do plano árabe.
"Somos favoráveis a aplicar o plano árabe porque este plano segue a postura síria", disse Muallem, que enumerou uma série de gestos positivos de seu Governo como a libertação de 80 detidos durante a festa muçulmana do Sacrifício.
Além disso, o ministro deu boas-vindas à visita de um comitê árabe à Síria para comprovar a situação do país e pediu a todas as partes envolvidas na crise que participem de uma conferência para o diálogo em Damasco, sem citar a data.
Por outro lado, Muallem reiterou que há uma "clara intervenção estrangeira" na Síria, que na sua opinião é objeto de uma conspiração proveniente de várias partes, sem especificar quais. O ministro criticou declarações recentes de responsáveis americanos e a atitude da Liga Árabe de não ter respondido a elas. "EUA é um membro extra-oficial da Liga Árabe", declarou.
O político sírio também lançou uma mensagem ao povo do seu país, de que não se repetirá a situação ocorrida na Líbia. "Os sírios não deveriam se preocupar, não é necessário que ninguém se inquiete. O cenário líbio não se repetirá porque não há pedidos para isso. A Síria não é a Líbia", disse.
Muallem lembrou que o preço da guerra na Líbia foi de mais de US$ 240 bilhões e considerou que as sanções árabes, dos EUA e da UE têm o objetivo de debilitar o regime de Damasco. Entretanto, ele declarou que a Síria emergirá da crise "mais forte pela consciência de seu povo".
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Sarkozy e Merkel se reúnem com primeiro-ministro grego
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, iniciaram nesta quarta-feira (2) uma reunião com o primeiro-ministro grego, George Papandreou, em Cannes, antes da cúpula do G20, para discutir uma saída para a crise da Grécia. A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, também participa do encontro.
Sarkozy e Merkel se reúnem com primeiro-ministro grego (Foto: Reuters)Sarkozy e Merkel se reúnem com primeiro-ministro grego Papandreou (Foto: Reuters)
Papendreou desembarcou nesta quarta-feira em Cannes, após ter sido convocado para uma conversa de emergência com Sarkozy e Merkel para dar explicações sobre a realização de referendo em seu país que colocou em risco a ajuda europeia.
França e Alemanha devem pressionar Papandreou por uma maior clareza na proposta do referendo e pela rápida aplicação de medidas para combater a crise da dívida da zona do euro.
A decisão do primeiro-ministro grego de convocar um referendo sobre o plano de ajuda, trabalhosamente acordado em Bruxelas na quinta-feira passada para tratar de resolver o problema da dívida grega, criou enormes tensões nos mercados e trouxe descontentamento aos membros da zona do euro.
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"Este anúncio pegou a Europa inteira de surpresa", disse mais cedo Sarkozy. "O plano ... é a única maneira de resolver o problema da dívida da Grécia."
A dupla franco-alemã primeiro se reuniu com diretores de instituições da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quarta-feira para discutir como limitar os danos da medida grega e pressionar para um resultado rápido.
Merkel sublinhou o mesmo tom de exasperação e impaciência. "Concordamos com um plano para a Grécia na semana passada. Queremos colocá-lo em prática, mas para isso precisamos de clareza, e o encontro desta noite deve ajudar exatamente com isso", declarou.
Lagarde classificou o referendo como um "soluço" nos esforços para resolver a crise de dívida da zona do euro. Mas, segundo ela, ainda há esperanças de uma recuperação econômica global através de uma ação "corajosa e de cooperação" de líderes mundiais.
Apesar de não estar prevista anteriormente, a crise grega entrou na agenda do G20, que reúne líderes dos vinte países mais poderosos do planeta, que será realizada nesta quinta e sexta-feira em Cannes. Se já estava totalmente tomada pela pauta europeia, agora a reunião de cúpula das maiores economias do mundo ficou travada pela decisão de Papandreou de realizar um referendo sobre o resgate da União Europeia.
Economistas e governos temem que o referendo possa forçar a Grécia a dar default em suas obrigações relativas à dívida e fazer com que a crise engula algumas das maiores economias da Europa.
Atenas deveria receber neste mês uma parcela de 8 bilhões de euros, parte do empréstimo de 110 bilhões de euros de resgate acordado por seus parceiros da UE e pelo FMI no ano passado. Com o anúncio do referendo sobre a ajuda, liberação do empréstimo passa a ser dúvida.
Divisão política
Alguns membros do partido de Papandreou pediram que ele deixe o cargo, acusando-o de pôr em perigo a participação da Grécia na zona do euro com sua decisão surpresa de convocar um referendo, em uma atitude que derrubou o euro e os mercados globais.
'O referendo será uma mensagem clara para dentro e para fora da Grécia sobre nossa história europeia e participação na zona do euro', disse Papandreou em uma reunião de gabinete. 'Ninguém será capaz de duvidar sobre a continuidade da Grécia na zona do euro.'
A expectativa é que o Parlamento grego vote a realização do referendo até sexta-feira. Apesar da expectativa de que o governo consiga a aprovação do voto de confiança, alguns analistas acreditam que o grande teste no Parlamento será o projeto do referendo. Segundo a Constituição grega, o governo precisa de maioria simples no Parlamento, que tem 300 cadeira, ou seja, 151 votos. O Pasok atualmente tem 152 legisladores, mas quatro já se mostraram contra o referendo.
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