quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Sarkozy e Merkel se reúnem com primeiro-ministro grego


O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, iniciaram nesta quarta-feira (2) uma reunião com o primeiro-ministro grego, George Papandreou, em Cannes, antes da cúpula do G20, para discutir uma saída para a crise da Grécia. A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, também participa do encontro.
Sarkozy e Merkel se reúnem com primeiro-ministro grego (Foto: Reuters)Sarkozy e Merkel se reúnem com primeiro-ministro grego Papandreou (Foto: Reuters)

Papendreou desembarcou nesta quarta-feira em Cannes, após ter sido convocado para uma conversa de emergência com Sarkozy e Merkel para dar explicações sobre a realização de referendo em seu país que colocou em risco a ajuda europeia.

França e Alemanha devem pressionar Papandreou por uma maior clareza na proposta do referendo e pela rápida aplicação de medidas para combater a crise da dívida da zona do euro.

A decisão do primeiro-ministro grego de convocar um referendo sobre o plano de ajuda, trabalhosamente acordado em Bruxelas na quinta-feira passada para tratar de resolver o problema da dívida grega, criou enormes tensões nos mercados e trouxe descontentamento aos membros da zona do euro.
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"Este anúncio pegou a Europa inteira de surpresa", disse mais cedo Sarkozy. "O plano ... é a única maneira de resolver o problema da dívida da Grécia."

A dupla franco-alemã primeiro se reuniu com diretores de instituições da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quarta-feira para discutir como limitar os danos da medida grega e pressionar para um resultado rápido.

Merkel sublinhou o mesmo tom de exasperação e impaciência. "Concordamos com um plano para a Grécia na semana passada. Queremos colocá-lo em prática, mas para isso precisamos de clareza, e o encontro desta noite deve ajudar exatamente com isso", declarou.

Lagarde classificou o referendo como um "soluço" nos esforços para resolver a crise de dívida da zona do euro. Mas, segundo ela, ainda há esperanças de uma recuperação econômica global através de uma ação "corajosa e de cooperação" de líderes mundiais.

Apesar de não estar prevista anteriormente, a crise grega entrou na agenda do G20, que reúne líderes dos vinte países mais poderosos do planeta, que será realizada nesta quinta e sexta-feira em Cannes. Se já estava totalmente tomada pela pauta europeia, agora a reunião de cúpula das maiores economias do mundo ficou travada pela decisão de Papandreou de realizar um referendo sobre o resgate da União Europeia.

Economistas e governos temem que o referendo possa forçar a Grécia a dar default em suas obrigações relativas à dívida e fazer com que a crise engula algumas das maiores economias da Europa.

Atenas deveria receber neste mês uma parcela de 8 bilhões de euros, parte do empréstimo de 110 bilhões de euros de resgate acordado por seus parceiros da UE e pelo FMI no ano passado. Com o anúncio do referendo sobre a ajuda, liberação do empréstimo passa a ser dúvida.

Divisão política
Alguns membros do partido de Papandreou pediram que ele deixe o cargo, acusando-o de pôr em perigo a participação da Grécia na zona do euro com sua decisão surpresa de convocar um referendo, em uma atitude que derrubou o euro e os mercados globais.

'O referendo será uma mensagem clara para dentro e para fora da Grécia sobre nossa história europeia e participação na zona do euro', disse Papandreou em uma reunião de gabinete. 'Ninguém será capaz de duvidar sobre a continuidade da Grécia na zona do euro.'

A expectativa é que o Parlamento grego vote a realização do referendo até sexta-feira. Apesar da expectativa de que o governo consiga a aprovação do voto de confiança, alguns analistas acreditam que o grande teste no Parlamento será o projeto do referendo. Segundo a Constituição grega, o governo precisa de maioria simples no Parlamento, que tem 300 cadeira, ou seja, 151 votos. O Pasok atualmente tem 152 legisladores, mas quatro já se mostraram contra o referendo.

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