
A bolsa brasileira teve uma sessão volátil nesta terça-feira (19), mas conseguiu escapar da quarta queda consecutiva após sinais de progresso nas negociações sobre a dívida dos Estados Unidos. O Ibovespa subiu 0,42%, a 59.082 pontos. O giro do pregão foi de R$ 5,3 bilhões.
O mercado deixou de lado por ora a crise da dívida na Europa e se concentrou nos sinais de progresso nas negociações sobre o déficit dos Estados Unidos. O presidente norte-americano, Barack Obama, endossou a proposta de um grupo de seis senadores dos partidos Republicano e Democrata, o que foi visto como um avanço no sentido de se evitar um calote de parte da dívida norte-americana.
Os índices Dow Jones e Standard & Poor's 500 subiram 1,63%, na maior alta desde março. Entre as ações com maior volume, a preferencial de Vale avançou 0,22%, a R$ 46,15.
A mineradora está na lista de recomendações do Bank of America Merrill Lynch, que calcula um desconto de cerca de 40% do preço atual da ação em relação às concorrentes internacionais e deve ser afetada positivamente pela alta do preço do minério de ferro.
"O alto retorno aos acionsitas deve ser um catalisador importante para a performance da ação", acrescentaram os analistas do banco Pedro Martins Jr, Renato Onishi e Marina Valle.
Itaú Unibanco, que acumulou baixa de mais de 13% desde o dia 6, teve alta de 2,39%, a R$ 32,15. O setor bancário vinha sofrendo em todo o mundo nos últimos dias com a preocupação sobre a crise na Europa e a possibilidade de uma restruturação da dívida grega. Também desde o dia 6, o índice da Bovespa para o setor financeiro teve queda de quase 10%.
Ações de construtoras também subiram após bons resultados operacionais do segundo trimestre. Gafisa avançou 2,89$, a R$ 6,77, após apresentar na véspera alta de 29$ das vendas no segundo trimestre, para R$ 1,1 bilhão. Rossi teve alta de 2,22%, a R$ 11,50, após recorde de lançamentos no segundo trimestre, com R$ 1,3 bilhão, uma alta de 67%.
"A companhia já atingiu 45% das projeções de lançamentos para o ano, o que a torna uma das mais próximas a alcançar as nossas previsões, dado que a maioria das companhias estão na faixa de 35% a 40%", escreveram os analistas David Lawant e Vivian Salomon, do Itaú BBA.
No setor de consumo, Natura teve alta de 2,88%, a R$ 37,10, mesmo com a expectativa do mercado por uma desaceleração das vendas da empresa a um ritmo ainda menor do que no primeiro trimestre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário