
Mais de 550 mil pessoas estão desalojadas; abrigos não têm aquecimento nem comida suficiente
Num país conhecido por seu alto nível de renda e consumo, agora, falta tudo. A estimativa oficial é de que 2,6 milhões de casas estejam sem luz. Além disso, 1,4 milhão não tinha água. Há filas para quase tudo: gasolina, querosene para aquecimento e comida, até pão.
Dois mil corpos
Segundo a polícia japonesa, 1.886 mortes foram confirmadas até o momento, mas ontem pelo menos 2 mil corpos foram encontrados no litoral da província de Miyage. Mais de 15 mil pessoas estão desaparecidas. Só na cidade de Minamisanriku, 9,5 mil (ou metade da população) não deram notícias.
Desalojados
Sobreviventes feridos, crianças e idosos se apertam em abrigos improvisados, em geral sem medicamentos. Mais de 550 mil pessoas estão desalojadas.
Nos abrigos, não há comida suficiente para três refeições diárias nem aquecimento para enfrentar temperaturas que beiram 0°C. As condições sanitárias também são um problema.
Rodovias, ferrovias, portos e energia foram afetados, prejudicando o trabalho das equipes de resgate. O governo mobilizou 100 mil soldados para distribuir comida, água e combustível. Cerca de 70 países ofereceram assistência.
Itamaraty pede para adiar viagens
O Itamaraty emitiu nota ontem pedindo aos brasileiros que evitem viagens ao Japão até que a situação no país asiático se normalize. "Diante do estado de emergência e das incertezas decorrentes do terremoto no Japão, roga-se aos brasileiros evitar viagens àquele país até que a situação se normalize", diz a nota.
Para atender a brasileiros no Japão, o Itamaraty vai montar um consulado itinerante na região de Fukushima, uma das áreas mais atingidas. Em Brasília, foi criado um serviço telefônico que facilita o contato dos decasséguis com as famílias no Brasil.
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