A Bovespa encerrou a pregão em tom positivo, apesar do novo aperto monetário da China, mas com um fraco giro de negócios. Tendo alta em quatro dos cinco pregões desta semana, o índice Ibovespa conseguiu acumular uma forte alta de 3,5%, suficiente para cobrir as perdas deste mês. Neste ano a desvalorização acumulada é de 1,8%.
O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, avançou 0,56% no fechamento, aos 68.066 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,65 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, sobe 0,47%, pouco antes da conclusão dos negócios.
As ações da Petrobras puxaram a recuperação de ontem, tendo ganhos de 0,44% no caso das preferenciais, e de 0,94%, no caso das ordinárias. Além de um dos papéis mais negociados da Bolsa, o ativo tem forte peso na composição do índice, que bateu um nível importante, na visão de vários analistas: a região dos 68 mil pontos. Mas as ações da petrolífera podem ser um obstáculo: operadores relatam que, ao atingir o preço de R$ 27, as ordens de venda se acumulam.
O dólar comercial foi cotado a R$ 1,664, em leve alta de 0,06%. A taxa de risco-país marca 172 pontos, número 2,38% acima da pontuação anterior. Entre as principais notícias do dia, o Banco Central da China anunciou que elevará novamente o depósito compulsório dos bancos, em 0,5 ponto percentual, a segunda alta deste ano e o oitavo acréscimo oficial desde o começo do ano passado. Em comunicado publicado em seu site, o BC chinês disse que a mudança entra em vigor a partir do dia 24. A medida é a mais recente tentativa de Pequim para enxugar o excesso de liquidez da economia. A inflação anual foi de 4,9% em janeiro, abaixo das previsões do mercado, mas ainda marcou uma aceleração diante da taxa de 4,6% de dezembro.
As políticas chinesas são cruciais para o mercado porque a demanda em alta no país vem sendo um dos motores do crescimento econômico global durante a crise.
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