quinta-feira, 24 de maio de 2012
Potências e Irã retomam negociação nuclear em Bagdá
Diplomatas de seis potências mundiais e do Irã trocaram propostas em uma nova rodada de negociações com o objetivo de esclarecer as suspeitas internacionais sobre o programa nuclear iraniano. A reunião em Bagdá um dia após o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, ter dito que espera assinar “muito em breve” um acordo com o Irã.
Diplomatas de EUA, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha ofereceram uma proposta baseada principalmente na suspensão do enriquecimento de urânio a 20% no Irã. Horas depois, Teerã ofereceu uma contraproposta que incluía “questões nucleares e não nucleares”, segundo um enviado do país. Acredita-se que as sanções internacionais tenham complicado as discussões, já que um alívio das punições impostas ao governo iraniano teria sido descartado pelas potências.
Não há detalhes sobre nenhuma das duas propostas e o porta-voz da delegação da União Europeia, Mike Mann, não quis comentar se a questão do enriquecimento de urânio pode representar um impasse capaz de pôr fim às negociações, retomadas no mês passado após entrarem em colapso em 2011.
O urânio enriquecido a 20% não é necessário para reatores de energia nuclear, o que aumenta as suspeitas de que o Irã busca desenvolver armas atômicas. Teerã nega a acusação e afirma que seu programa tem fins pacíficos.
Nenhum dos dois lados espera chegar a um acordo em Bagdá, já que as estratégias ainda estão sendo definidas para o que promete ser um longo processo de negociação."Podemos fazer progressos, mas essas coisas não podem ser resolvidas em uma noite", disse Mann.
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Um diplomata americano disse que a reunião no Iraque busca verificar a seriedade do Irã nas negociações. As discussões, segundo Mann, devem ser pouco impactadas pelas declarações de Amano feitas na véspera e ainda encaradas com ceticismo pelo ocidente.
De volta à Viena, na Áustria, após um dia de negociações em Teerã, Amano disse que as diferenças que persistem quanto a “alguns detalhes” não impedirão um acordo.
“Uma decisão foi tomada para concluirmos (as negociações) e assinarmos um acordo. Posso dizer que será assinado muito em breve”, disse Amano, que se reuniu em Teerã com o negociador Saeed Jalili, que agora está em Bagdá. “Entendemos a posição um do outro, apesar de algumas diferenças quanto a alguns detalhes”. Ele não especificou quais.
Amano descreveu o resultado da reunião como “um progresso importante”. Ele busca um acordo que dê a seus inspetores acesso livre para investigar as suspeitas ocidentais de que o Irã busca construir um arsenal nuclear, o que Teerã nega.
O chefe da AIEA disse ter mencionado a necessidade de acesso à instalação militar de Parchin - uma prioridade da agência - e que isso seria parte de um eventual acordo.
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