quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
PARABENS. SÃO PAULO PELO TEU ANIVERSARIO. WEBTV CLUBNOVAERA.
São Paulo (pronuncia-se AFI: [sɐ̃w̃ ˈpawlu] link=. ouça) é um município brasileiro, capital do estado de São Paulo e principal centro financeiro, corporativo e mercantil da América Latina.[10] É a cidade mais populosa do Brasil, do continente americano e de todo o hemisfério sul do mundo,[6] São Paulo é também a cidade brasileira mais influente no cenário global, sendo considerada a 14ª cidade mais globalizada do planeta,[10] recebendo a classificação de cidade global alfa, por parte do Globalization and World Cities Study Group & Network (GaWC).[11] O lema da cidade, presente em seu brasão oficial, é constituído pela frase em latim "Non ducor, duco", cujo significado em português é "Não sou conduzido, conduzo".[12]
Fundada em 1554 por padres jesuítas, a cidade é mundialmente conhecida e exerce significativa influência nacional e internacional, seja do ponto de vista cultural, econômico ou político. Conta com importantes monumentos, parques e museus, como o Memorial da América Latina, o Museu da Língua Portuguesa, o MASP, o Parque Ibirapuera, o Jardim Botânico de São Paulo e a avenida Paulista, e eventos de grande repercussão, como a Bienal Internacional de Arte, o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, São Paulo Fashion Week e a São Paulo Indy 300.
O município possui o 10º maior PIB do mundo,[13] representando, isoladamente, 12,26% de todo o PIB brasileiro[14] e 36% de toda a produção de bens e serviços do estado de São Paulo, sendo sede de 63% das multinacionais estabelecidas no Brasil,[15] além de ter sido responsável por 28% de toda a produção científica nacional em 2005.[16] A cidade também é a sede da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo, a segunda maior bolsa de valores do mundo em valor de mercado.[17] São Paulo também concentra muitos dos edifícios mais altos em Brasil, como os edifício Mirante do Vale, Itália, Altino Arantes, a Torre Norte, entre outros.
São Paulo é a sexta maior cidade do planeta e sua região metropolitana, com 19 223 897 habitantes,[18] é a quarta maior aglomeração urbana do mundo.[19] Regiões muito próximas a São Paulo são também regiões metropolitanas do estado, como Campinas e Baixada Santista; outras cidades próximas compreendem aglomerações urbanas em processo de conurbação, como São José dos Campos, Sorocaba e Jundiaí. A população total dessas áreas somada à da capital – o chamado Complexo Metropolitano Expandido – ultrapassa 29 milhões de habitantes, aproximadamente 75% da população do estado inteiro. As regiões metropolitanas de Campinas e de São Paulo já formam a primeira macrometrópole do hemisfério sul, unindo 65 municípios que juntos abrigam 12% da população brasileira.[20]
Índice
[esconder]
1 História
1.1 Período colonial
1.2 Período imperial
1.3 República Velha
1.4 Revolução de 1932 à contemporaneidade
2 Geografia
2.1 Clima
2.2 Municípios limítrofes e região metropolitana
2.3 Parques e espaços públicos
2.4 Poluição ambiental
3 Demografia
3.1 Imigrantes e migrantes
3.2 Religião
3.3 Habitação e uso do espaço urbano
3.4 Indicadores socioeconômicos
3.5 Criminalidade
4 Política municipal
4.1 Relações internacionais
5 Subdivisões
6 Economia
6.1 Turismo
7 Estrutura urbana
7.1 Tecidos urbanos
7.2 Planejamento urbano
7.3 Mobilidade urbana e acessibilidade
7.4 Infraestrutura urbana
7.5 Educação e ciência
8 Cultura
8.1 Artes cênicas
8.2 Literatura
8.3 Museus
8.4 Música
8.5 Esportes
9 Ver também
10 Referências
10.1 Bibliografia
11 Ligações externas
História
Ver artigo principal: História da cidade de São Paulo
Período colonial
Fundação de São Paulo, quadro de 1913 de Antônio Parreiras.
A povoação de São Paulo de Piratininga surgiu em 25 de janeiro de 1554 com a construção de um colégio jesuíta por doze padres, entre eles Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, no alto de uma colina escarpada, entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí.[21] Tal colégio, que funcionava num barracão feito de taipa de pilão, tinha, por finalidade, a catequese dos índios que viviam na região do Planalto de Piratininga, separados do litoral pela Serra do Mar, chamada pelos índios de "Serra de Paranapiacaba".
O nome "São Paulo" foi escolhido porque o dia da fundação do colégio foi 25 de janeiro, dia no qual a Igreja Católica celebra a conversão do apóstolo Paulo de Tarso, conforme informou o padre José de Anchieta em carta aos seus superiores da Companhia de Jesus:
Cquote1.svg A 25 de Janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos, em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo São Paulo e, por isso, a ele dedicamos nossa casa! Cquote2.svg
O povoamento da região do Pátio do Colégio teve início em 1560, quando, na visita de Mem de Sá, governador-geral do Brasil, à Capitania de São Vicente, este ordenou a transferência da população da Vila de Santo André da Borda do Campo, que fora criada por Tomé de Sousa em 1553, para os arredores do colégio, denominado "Colégio de São Paulo de Piratininga", local alto e mais adequado (uma colina escarpada vizinha a uma grande várzea, a Várzea do Carmo, por um lado e, pelo outro lado, por outra baixada, o Vale do Anhangabaú), para melhor se proteger dos ataques dos índios.[21] Desta forma, em 1560, a Vila de Santo André da Borda do Campo foi transferida para a região do Pátio do Colégio de São Paulo e passou a se denominar Vila de São Paulo, pertencente à Capitania de São Vicente.
Pátio do Colégio, no Centro Histórico de São Paulo. Neste local, foi fundada a cidade, em 1554. O prédio atual é uma reconstrução feita na segunda metade do século XX, tendo, como modelos, o colégio e igreja jesuítas que foram erigidos no local em 1653.[22]
São Paulo permaneceu, durante os dois séculos seguintes, como uma vila pobre e isolada do centro de gravidade da colônia, o litoral e se mantinha por meio de lavouras de subsistência. São Paulo foi, por muito tempo, a única vila no interior do Brasil. Esse isolamento de São Paulo se dava principalmente porque era dificílimo subir a Serra do Mar a pé da Vila de Santos ou da Vila de São Vicente para o Planalto de Piratininga. Subida esta que era feita pelo Caminho do Padre José de Anchieta.[23] Mem de Sá, quando de sua visita à Capitania de São Vicente, proibira o uso do "Caminho do Piraiquê" (hoje Piaçaguera), por serem, nele, frequentes os ataques dos índios.[21]
Em 22 de março de 1681, o Marquês de Cascais, donatário da Capitania de São Vicente, transferiu a capital da Capitania de São Vicente para a Vila de São Paulo, que passou a ser a "Cabeça da Capitania". A nova capital foi instalada, em 23 de abril de 1683, com grandes festejos públicos.
Por ser a região mais pobre da colônia portuguesa na América, em São Paulo teve início a atividade dos bandeirantes, que se dispersaram pelo interior do país à caça de índios porque, sendo extremamente pobres, os paulistas não podiam comprar escravos africanos. Saíam, também, em busca de ouro e de diamantes. A descoberta do ouro na região de Minas Gerais, na década de 1690, fez com que as atenções do reino se voltassem para São Paulo. Foi criada, então, em 3 de novembro de 1709, a nova Capitania Real de São Paulo e Minas do Ouro, quando foram compradas, pela coroa portuguesa, a Capitania de São Paulo e a Capitania de Santo Amaro de seus antigos donatários. Em 11 de julho de 1711, a Vila de São Paulo foi elevada à categoria de cidade. Logo em seguida, por volta de 1720, foi encontrado ouro, pelos bandeirantes, nas regiões onde se encontram hoje a cidade de Cuiabá e a Cidade de Goiás, fato que levou à expansão do território brasileiro para além da Linha de Tordesilhas.[24]
Quando o ouro esgotou, no final do século XVIII, teve início o ciclo econômico paulista da cana-de-açúcar, que se espalhou pelo interior da Capitania de São Paulo. Pela cidade de São Paulo, era escoada a produção açucareira para o Porto de Santos. Nessa época, foi construída a primeira estrada moderna entre São Paulo e o litoral: a Calçada do Lorena.[carece de fontes]
Período imperial
Ver também: História do Império do Brasil
Monumento à independência no Parque da Independência, situado no local onde foi proclamada a independência do Brasil.
Após a Independência do Brasil, ocorrida onde hoje fica o Monumento do Ipiranga, São Paulo recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por Dom Pedro I do Brasil em 1823. Em 1827, houve a criação de cursos jurídicos no Convento de São Francisco (que daria origem à futura Faculdade de Direito do Largo de São Francisco), e isso deu um novo impulso de crescimento à cidade, com o fluxo de estudantes e professores, graças ao qual, a cidade passa a ser denominada Imperial Cidade e Burgo dos Estudantes de São Paulo de Piratininga.
Outro fator do crescimento de São Paulo foi a expansão da produção do café, inicialmente na região do Vale do Paraíba paulista, e depois nas regiões de Campinas, Rio Claro, São Carlos e Ribeirão Preto. De 1869 em diante, São Paulo passa a beneficiar-se de uma ferrovia que liga o interior da província de São Paulo ao porto de Santos, a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, chamada de A Inglesa.
Surgem, no final do século XIX, várias outras ferrovias que ligam o interior do estado à capital, São Paulo. São Paulo tornou-se, então, o ponto de convergência de todas as ferrovias vindas do interior do estado. A produção e exportação de café permite à cidade e à província de São Paulo, depois chamada de Estado de São Paulo, um grande crescimento econômico e populacional.
De meados desse século até o seu final, foi o período que a província começou a receber uma grande quantidade de imigrantes, em boa parte italianos, dos quais muitos se fixaram na capital, e as primeiras indústrias começaram a se instalar.
República Velha
Ver artigo principal: Política do café com leite
Cartão-postal da avenida Paulista em 1902.
Guilherme Gaensly. Rua Libero Badaró, sentido Praça do Patriarca, c. 1920. Instituto Moreira Salles, São Paulo.
Com o fim do Segundo Reinado e início da República a cidade de São Paulo, assim como o estado de São Paulo, tem grande crescimento econômico e populacional, também auxiliado pela política do café com leite e pela grande imigração europeia e asiática para São Paulo. Sobre o grande número de imigrantes na capital paulista, Cornélio Pires recolheu, em seu livro "Sambas e Cateretês", uma modinha, de 1911, de Dino Cipriano, que descreve a impressão que o homem do interior tinha da capital paulista:
Cquote1.svg !Só úa coisa aquí in S. Pólo que eu já ponhei in reparo: que só se vê é estrangero! Brasilêro é muito raro! Cquote2.svg
— Dino Cipriano[25]
Durante a República Velha (1889-1930), São Paulo passou de centro regional a metrópole nacional, se industrializando e chegando a seu primeiro milhão de habitantes em 1928. Seu maior crescimento, neste período, relativo se deu, na década de 1890, quando dobrou sua população. O auge do período do café é representado pela construção da segunda Estação da Luz (o atual edifício) no fim do século XIX e pela avenida Paulista em 1900, onde se construíram muitas mansões.
O vale do rio Anhangabaú é ajardinado e a região situada à sua margem esquerda passa a ser conhecida como Centro Novo. A sede do governo paulista é transferida, no início do século XX, do Pátio do Colégio para os Campos Elísios. São Paulo abrigou, em 1922, a Semana de arte moderna que foi um marco na história da arte no Brasil. Em 1929, São Paulo ganha seu primeiro arranha-céu, o edifício Martinelli.
As modificações realizadas na cidade por Antônio da Silva Prado, o Barão de Duprat e Washington Luís, que governaram de 1899 a 1919, contribuíram para o clima de desenvolvimento da cidade; alguns estudiosos consideram que a cidade inteira foi demolida e reconstruída naquele período.[26]
Com o crescimento industrial da cidade, no século XX, para a qual contribuiu também as dificuldades de acesso às importações durante a Primeira Guerra Mundial, a área urbanizada da cidade passou a aumentar, sendo que alguns bairros residenciais foram construídos em lugares de chácaras. A partir da década de 1920 com a retificação do curso de rio Pinheiros e reversão de suas águas para alimentar a Usina Hidrelétrica Henry Borden, terminaram os alagamentos nas proximidades daquele rio, permitindo que surgisse na zona oeste de São Paulo, loteamentos de alto padrão conhecidos hoje como a "Região dos Jardins".
Revolução de 1932 à contemporaneidade
Ver artigos principais: Revolução Constitucionalista de 1932 e Industrialização da Cidade de São Paulo
Multidão reunida em protesto ao assassinato dos estudantes MMDC durante a Revolução Constitucionalista de 1932.
Vila Olímpia, na região da avenida Faria Lima, um dos símbolos da mudança do perfil econômico da cidade.
Em 1932, São Paulo se mobiliza no seu maior movimento cívico: a revolução constitucionalista, quando toda a população se engaja na guerra contra o "Governo Provisório" de Getúlio Vargas. Em 1934, com a reunião de algumas faculdades criadas no século XIX e a criação de outras, é fundada a Universidade de São Paulo, hoje a maior do Brasil.[27][28] Outro grande surto industrial deu-se, durante a Segunda Guerra Mundial, devido à crise na cafeicultura na década de 1930 e às restrições ao comércio internacional durante a guerra, o que fez a cidade ter uma taxa de crescimento econômico muito elevada que se manteve elevada no pós-guerra.
Em 1947, São Paulo ganha sua primeira rodovia asfaltada: a Via Anchieta, (construída sobre o antigo traçado do Caminho do Padre José de Anchieta), liga a capital ao litoral paulista. Na década de 1950, São Paulo era conhecida como A cidade que não pode parar e como A cidade que mais cresce no mundo.
São Paulo realizou uma grande comemoração, em 1954, do "Quarto Centenário" de fundação da cidade. É inaugurado o Parque do Ibirapuera, lançados muitos livros históricos e descoberta a nascente do rio Tietê em Salesópolis. Com a transferência, a partir da década de 1950, de parte do centro financeiro da cidade que fica localizado no centro histórico (na região chamada de "Triângulo Histórico"), para a Avenida Paulista, as suas mansões foram, na sua maioria, substituídas por grandes edifícios. Em um livro sobre turismo na cidade de São Paulo, editado pela prefeitura de São Paulo em 1959, intitulado "Notícia de Turismo", que tem a sua apresentação feita pelo prefeito Ademar de Barros, São Paulo é apresentada como: "A cidade que mais cresce no mundo", "A Cidade da moderna arquitetura", "A cidade das pontes e dos viadutos" e "A Cidade do Progresso".
No período da década de 1930 até a década de 1960, os grandes empreendedores do desenvolvimento de São Paulo foram o prefeito Francisco Prestes Maia e o governador do Estado de São Paulo Ademar de Barros, o qual também foi prefeito de São Paulo entre 1957 e 1961. Prestes Maia projetou e implantou, na década de 1930, o "Plano de Avenidas de São Paulo", que revolucionou o trânsito de São Paulo.[29]
Estes dois governantes são os responsáveis, também, pelas duas maiores intervenções urbanas, depois do Plano de Avenidas, e que mudaram São Paulo: a retificação do rio Tietê com a construção de suas marginais e o Metrô de São Paulo: em 13 de fevereiro de 1963, o governador Ademar de Barros e o prefeito Prestes Maia criaram as comissões (estadual e municipal) de estudos para a elaboração do projeto básico do Metrô de São Paulo, e destinaram ao Metrô suas primeiras verbas.[30] Naquele ano, São Paulo somava quatro milhões de habitantes. Iniciado a sua construção em 1968, na gestão do prefeito José Vicente de Faria Lima, o metrô paulistano começou a operar comercialmente em 14 de setembro de 1974.
Atualmente, o crescimento tem-se desacelerado, devido ao crescimento industrial de outras regiões do Brasil. As últimas décadas atestaram uma nítida transformação em seu perfil econômico, que vem adquirindo, cada vez mais, matizes de um grande polo nacional de serviços e negócios, sendo considerada, hoje, um dos mais importantes centros de comércio global da América Latina.[31]
Geografia
Pico do Jaraguá, o ponto mais alto da capital paulista.[32]
São Paulo é a capital do estado mais populoso do Brasil, São Paulo, situando-se próximo ao paralelo 23º32'52'' sul e do meridiano 46º38'09'' oeste. A área total do município é de 1 522,986 km², de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo o nono maior em extensão territorial.[4] De toda a área do município, 968,3248 km² são de áreas urbanas, sendo a maior área urbana do país.[7]
São Paulo está localizada junto à bacia do rio Tietê, tendo as sub-bacias do rio Pinheiros e do rio Tamanduateí papéis importantes em sua configuração. São Paulo tem a altitude média de 760 metros.[7] O ponto culminante do município é o Pico do Jaraguá, com 1 135 metros,[32] localizado Parque Estadual do Jaraguá, na serra da Cantareira, onde se encontra também a segunda maior floresta urbana do mundo, no Parque da Cantareira.[33][34]
Clima
O clima de São Paulo é considerado subtropical (tipo Cfa segundo Köppen), com diminuição de chuvas no inverno e temperatura média anual de 19,25 °C, tendo invernos brandos e verões com temperaturas moderadamente altas, aumentadas pelo efeito da poluição e da altíssima concentração de edifícios. O mês mais quente, fevereiro, tem temperatura média de 22,5°C e o mês mais frio, julho, de 16 °C,[35] por causa do efeito das ilhas de calor, causado por excessos de prédio, asfalto, concreto e poucas áreas verdes, a cidade de São Paulo tem sofrido com os dias quentes e secos durante o inverno, não raro ultrapassando a marca dos 28 °C nos meses de julho e agosto, um estudo realizado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, com o apoio do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP), indica que a diferença de temperatura, entre o centro e as áreas mais afastadas do centro, pode chegar a até 10 °C.[36] Em julho de 2008, a precipitação de chuva não passou de 0 mm (a média para o mês de julho é de 44 mm), contudo o governo do estado e a prefeitura iniciaram um projeto, com o intuito de plantar árvores na cidade, a fim de aumentar suas áreas verdes e diminuir os efeitos das ilhas de calor.[37][38]
Devido à proximidade do mar, a maritimidade é uma constante do clima local, sendo responsável por evitar dias de calor intenso no verão ou de frio intenso no inverno e tornar a cidade úmida. A umidade tem índices considerados aceitáveis durante todo o ano, embora a poluição atinja níveis críticos no inverno, devido ao fenômeno de inversão térmica e pela menor ocorrência de chuvas de maio a setembro.
Raios durante uma tempestade na Lapa.
A precipitação anual média é de 1 376,2 mm, concentrados principalmente no verão. As estações do ano são relativamente bem definidas: o inverno é ameno e subseco, e o verão, moderadamente quente e chuvoso. Outono e primavera são estações de transição. Geadas ocorrem esporadicamente em regiões mais afastadas do centro, e em invernos rigorosos, em boa parte do município. Também ocorrem frequentemente nos municípios vizinhos.[39]
A menor temperatura já registrada oficialmente em São Paulo foi de -2,1 °C, em 2 de agosto de 1955 no Mirante de Santana.[40] Já houve ocorrências pontuais de neve na cidade, a única oficialmente registrada foi em 25 de junho de 1918, quando a temperatura atingiu -2 °C. Há registros esporádicos não oficiais que indicam precipitação de neve (na verdade aguaneve) em anos anteriores[carece de fontes]. Quanto ao granizo, é comum, mesmo durante o verão, quando ocorrem grandes quedas de 9°C a 14°C na temperatura em uma hora ou menos. Grandes quantidades de granizo costumam atingir zonas um pouco afastadas do centro, e em municípios vizinhos. [41] A máxima registrada foi de 37,0 °C, no centro da cidade, dia 20 de janeiro de 1999 e também no Mirante de Santana.[42][43] Existem registros não oficiais de mínima de -3,9 °C, também em 2 de agosto de 1955 no Horto Florestal.[carece de fontes] O maior acumulado de chuva registrado pelo INMET em menos de 24 horas na capital paulista foi de 151,8 mm, no Mirante de Santana no dia 21 de dezembro de 1988,[44][45] porém o Instituto Florestal indica a ocorrência de 185,0 mm em 26 de janeiro de 1987 e de 156,0 mm em 18 de fevereiro de 1988.[46]
Apesar da maritimidade que evita maiores variações de temperatura, a altitude de São Paulo faz com que nos meses mais quentes sejam poucas as noites e madrugadas quentes na cidade, sendo que as temperaturas mínimas raramente são superiores a 23 °C num período de 24 horas. No inverno, porém, o ingresso de fortes massas de ar polar acompanhadas de excessiva nebulosidade às vezes fazem com que as temperaturas permaneçam muito baixas, mesmo durante a tarde. Tardes com temperaturas máximas que variam entre 14 °C e 16 °C são comuns até mesmo durante o outono e o início da primavera. Durante o inverno, já houve vários registros de tardes em que a temperatura sequer ultrapassou a marca dos 10 °C, como em 15 de agosto de 1999.[47] O dia 8 de agosto de 2004 apresentou temperaturas em torno dos 9 °C durante o período considerado mais quente do dia, entre às 15h e às 17h.[48] Em 4 de julho de 2011 a cidade de São Paulo bateu até então o recorde de frio dos últimos 18 anos, quando a temperatura máxima mateve-se em 15,6°C.[49] Em 23 de setembro de 2011, porém, as temperaturas mantiveram-se baixas no período considerado mais quente da cidade, quando a máxima foi de 13,4 °C, e às 15h50, a temperatura nem mesmo ultrapassou os 6,5°C.[50]
[Esconder]Médias de temperatura do ar e precipitação para São Paulo
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima registrada (°C) 34 35 34 32 31 29 29 33 37 35 35 34 37
Temperatura máxima média (°C) 27 28 27 24 23 21 21 23 24 24 25 26 24
Temperatura mínima média (°C) 18 18 17 15 13 11 11 12 13 15 16 17 15
Temperatura mínima registrada (°C) 10 11 11 6 2 -1 -1 -2 2 4 7 9 -2
Precipitação (mm) 238 255 159 75 73 55 44 39 80 123 145 200 1 486
Dias de chuva 18 16 13 9 9 6 7 7 9 11 13 16 134
Fonte: INMET[51] 4 de Abril de 2009
Fonte #2: World Weather Information Service[52] 13 de novembro de 2010
Municípios limítrofes e região metropolitana
Ver artigo principal: Região Metropolitana de São Paulo
Imagem de satélite focalizando a Região Metropolitana de São Paulo.
O intenso processo de conurbação atualmente em curso na Grande São Paulo tem tornado inefetivas as fronteiras políticas entre os municípios da região, criando uma metrópole cujo centro está em São Paulo e atinge municípios, como por exemplo, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema (a chamada Região do Grande ABC), Osasco e Guarulhos, entre várias outros. A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) foi criada no ano de 1973 e atualmente é constituída por 39 municípios, sendo a maior aglomeração urbana do Brasil e a terceira maior das Américas,[19] com 19 672 582 habitantes.[6] Seu Produto Interno Bruto (PIB) somava em 2008 cerca de 572 bilhões de reais.[9]
Suas cidades limítrofes são Caieiras e Mairiporã a norte, Guarulhos a nordeste, Itaquaquecetuba, Poá e Ferraz de Vasconcelos a leste, Mauá, Santo André, São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, Diadema e novamente São Bernardo a sudeste, São Vicente, Mongaguá e Itanhaém a sul, Juquitiba, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Embu, Taboão da Serra, Cotia e Osasco a oeste e Santana de Parnaíba e Cajamar a noroeste.
Parques e espaços públicos
Ver artigo principal: Parques da cidade de São Paulo
Com 21% da área do município coberta por área verde[53] (incluindo reservas ecológicas), São Paulo possui 40 parques municipais e estaduais,[54], como o Parque Estadual Turístico da Cantareira, que abriga uma das maiores florestas urbanas do planeta com 7 900 hectares,[55] o Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, o Parque Ibirapuera, o Parque Ecológico do Tietê, o Parque Estadual do Jaraguá, tombado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1994, a Área de Proteção Ambiental Capivari-Monos, o Parque Estadual da Serra do Mar, o Parque Anhanguera, o Parque Villa-Lobos, o Parque do Povo, entre outros. Apesar disso, a cidade de São Paulo possui apenas entre 5 e 6 m² de área verde por habitante, abaixo dos 12 m² por habitante recomendado pela Organização Mundial da Saúde.[56]
Fotografia panorâmica de um dos lagos do Parque Ibirapuera.
Poluição ambiental
Poluição visível no horizonte da cidade. Em destaque, os edifícios Altino Arantes e Banco do Brasil.
A poluição do ar na cidade é intensa,[57] devido principalmente à enorme quantidade de automóveis que circulam diariamente na cidade.
Além da poluição atmosférica a cidade sofre também com a poluição hídrica, concentrada em seus dois principais rios, o rio Tietê e o rio Pinheiros, que estão altamente poluídos. Atualmente o rio Tietê passa por um programa de despoluição que dura alguns anos. Como já ressaltado nos itens anteriores, o processo de expansão urbana nas últimas décadas aliou especulação imobiliária, esvaziamento das áreas centrais e precariedade nos novos loteamentos; desta forma, devido à dificuldade de aceder à terra urbana qualificada em áreas centrais, milhares de famílias viram-se obrigadas a ocuparem regiões ambientalmente frágeis - como as de mananciais. Com isto, também ocorre uma sobrevalorização do transporte individual sobre o transporte coletivo - levando à atual taxa de mais de um veículo para cada dois habitantes e agravando o problema da poluição ambiental.[58]
O problema do abastecimento equilibrado de água para a cidade - e para a metrópole, de uma forma geral - também se configura como questão preocupante: São Paulo possui poucas fontes de água em seu próprio perímetro, tendo de buscá-la em bacias hidrográficas distantes. O problema da poluição da água também é agravado pela ocupação irregular das áreas de mananciais, ocasionada pela supracitada expansão urbana impulsionada pela dificuldade de acesso à terra e à moradia em áreas centrais por parte da população de baixa renda.[59]
Demografia
Ver página anexa: Lista dos distritos por população
Crescimento populacional
Censo Pop. %±
1872 31 385
1890 64 934 106,9%
1900 239 620 269,0%
1920 579 033 141,6%
1940 1 326 261 129,0%
1950 2 198 096 65,7%
1960 2 781 446 26,5%
1970 5 924 615 113,0%
1980 8 493 226 43,4%
1991 9 646 185 13,6%
2000 10 434 252 8,2%
2010 11 244 369 7,8%
Fonte:[60]
A população de São Paulo estimada pelo IBGE em 2011 foi de 11 316 149 habitantes, sendo o mais populoso do Brasil e com uma densidade demográfica de 7 430,24 habitantes por quilômetro quadrado.[6] Em 2010, a população do município foi contada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 11 244 369 habitantes, sendo o município mais populoso do estado e do Brasil e apresentando uma densidade populacional de 7 383,11 habitantes por km².[61] Segundo o censo de 2010, 5 323 385 habitantes eram homens e 5 920 984 habitantes eram mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, 99,1% da população era urbana (11 125 243 habitantes viviam na zona urbana e 119 126 na zona rural).[62][61] Segundo o censo de 2000 do IBGE, a população de São Paulo está composta por: brancos (68,0%), pardos (25,0%), negros (5,1%), amarelos (2,0%) e indígenas (0,2%).
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de São Paulo (ano 2000), considerado elevado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é de 0,841, sendo o 18° maior de todo estado de São Paulo. Considerando apenas a educação o índice é de 0,919 (muito elevado), enquanto o do Brasil é 0,849; o índice da longevidade é de 0,761 (o brasileiro é 0,638); e o de renda é de 0,843 (o do país é 0,723).[8] A renda per capita é de 32 493,96 reais.[9]
O coeficiente de Gini do município, que mede a desigualdade social, é de 0,45 (2003), sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.[63] A incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 28,09%, o limite inferior da incidência de pobreza é de 26,16%, o superior é de 30,02% e a incidência da pobreza subjetiva é de 10,60%.[63]
Imigrantes e migrantes
Ver página anexa: Bairros imigrantes
Ver também: Imigração árabe no Brasil, Imigração japonesa no Brasil, Imigração italiana no Brasil, Imigração portuguesa no Brasil e Migração nordestina
Bairro da Liberdade, reduto da comunidade japonesa da cidade.
São Paulo é a cidade mais multicultural do Brasil e uma das mais diversas do mundo. Desde 1870, aproximadamente 2,3 milhões de imigrantes chegaram ao estado, vindos de todas as partes do mundo. Atualmente, é a cidade com as maiores populações de origens étnicas italiana, portuguesa, japonesa, espanhola e libanesa fora de seus países respectivos,[64] e com o maior contigente de nordestinos fora do Nordeste.[65]
A cidade já contava com população afrodescendente no século XIX, mas foi a partir da segunda metade do século XX que a população de origem africana cresceu rapidamente, através da chegada de pessoas de outros estados brasileiros, principalmente da zona litorânea da Bahia.[66] De acordo com o IBGE, em 2005, pelo menos cerca de 30% da população paulistana tinha alguma ascendência africana; isto é, declaravam-se como "pretos" e "pardos".
Uma das colônias mais marcantes da cidade é a de origem árabe. Os libaneses e sírios chegaram em grande número entre os anos de 1900 a 1930. Hoje seus descendentes estão totalmente integrados à população brasileira, embora aspectos culturais de origem árabe marcam até hoje a cultura da capital paulista. Restaurantes de comida árabe abundam por toda a cidade, vendendo pratos que já entraram definitivamente na culinária brasileira: quibe, esfiha, charutinho de repolho etc.[67] A rua 25 de Março foi criada pelos árabes, que eram em sua maioria comerciantes.[68]
A cidade de São Paulo possui o maior número de pessoas que se declaram de origem asiática (amarelos) do Brasil. Cerca de 456 mil pessoas são de origem oriental,[69] dos quais 326 mil são japoneses. A comunidade japonesa da cidade é a maior fora do Japão. Imigrantes vindos do Japão começaram a chegar em 1908, e imigraram em grande número até a década de 1950. A maior concentração de orientais da cidade está no distrito da Liberdade. Este distrito de São Paulo possui inúmeros restaurantes japoneses, lojas com peças típicas do Japão, e nele veem-se letreiros escritos em japonês e ouve-se muito o idioma. A colônia coreana da cidade também é notável. São mais de 60 mil pessoas de origem sul-coreana, particulamente concentrados no Bom Retiro, Aclimação e Liberdade. No bairro da Aclimação é possível encontrar diversos restaurantes coreanos, além de locadoras de vídeo e mercearias coreanas. Os chineses são bastante numerosos nos distritos da zona central da cidade, como o Brás e a Liberdade.
Imigrantes italianos posando para fotografia no pátio central da Hospedaria dos Imigrantes (atual Memorial do Imigrante), ca. 1890.
A comunidade italiana é uma das mais fortes, marcando presença em toda a cidade. Dos dez milhões de habitantes de São Paulo, 60% (seis milhões de pessoas) possuem alguma ascendência italiana. São Paulo tem mais descendentes de italianos que qualquer outra cidade italiana (a maior cidade da Itália é Roma, com 2,5 milhões de habitantes). Ainda hoje, os italianos agrupam-se em bairros como o Bixiga, Brás e Mooca para promover comemorações e festas.[70] No início do século XX, o italiano e seus dialetos eram tão falados quanto o português na cidade, o que influenciou na formação do dialeto paulistano da atualidade.[71] São Paulo é a segunda maior cidade consumidora de pizza do mundo. São seis mil pizzarias produzindo cerca de um milhão de pizzas por dia.[72][73]
A comunidade portuguesa também é bastante numerosa, e estima-se que três milhões de paulistanos possuem alguma origem em Portugal.[74] A colônia judaica representa mais de 60 mil pessoas em São Paulo e concentra-se principalmente em Higienópolis (presença maior) e no Bom Retiro (presença menor, atualmente). A partir do século XIX, e especialmente durante a primeira metade do século XX, São Paulo recebeu também imigrantes alemães (no atual bairro de Santo Amaro), espanhóis e lituanos (no bairro Vila Zelina). Podemos destacar também a importante comunidade armênia, com suas diversas instituições instaladas nas proximidades dos bairros Bom Retiro, próximo a Estação Armênia do Metrô, Imirim e Brás. Os armênios fizeram do comércio e da fabricação de calçados, suas principais atividades.
Com a decadência da imigração europeia e asiática após a década de 1930, passou a predominar a vinda de migrantes, em sua maioria oriundos da região Nordeste do Brasil. A maior parte desse enorme fluxo migratório veio de Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia.
Religião
A Praça da Sé e a Catedral Metropolitana de São Paulo.
Tal qual a variedade cultural verificável em São Paulo, são diversas as manifestações religiosas presentes na cidade. Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica, tanto devido à colonização quanto à imigração — e ainda hoje a maioria dos paulistanos declara-se católica —, é possível encontrar atualmente na cidade dezenas de denominações protestantes diferentes, assim como a prática do budismo, do islamismo, espiritismo, entre outras. Nas últimas décadas, o budismo e as religiões orientais têm crescido bastante na cidade. Estima-se que existem mais de cem mil seguidores budistas, seichonoitas e hinduístas. Também são consideráveis as comunidades judaica, mórmon, e das religiões afro-brasileiras.
De acordo com dados do censo de 2000 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de São Paulo está composta por: católicos (68,11%), protestantes (15,94%), pessoas sem religião (8,97%), espíritas (2,75%), budistas (0,65%), judeus (0,36%) e outros (3,22%)[75]
Cristianismo
A Igreja Católica divide o território do município de São Paulo em quatro circunscrições eclesiásticas: a Arquidiocese de São Paulo, a Diocese de Santo Amaro, a Diocese de São Miguel Paulista e a Diocese de Campo Limpo, sendo estas três últimas sufragâneas da primeira. O arquivo da arquidiocese, denominado Arquivo Metropolitano Dom Duarte Leopoldo e Silva, localizado no bairro do Ipiranga, guarda uma dos mais importantes patrimônios documentais do Brasil.
A Catedral Metropolitana de São Paulo (conhecida como Catedral da Sé), localizada na Praça da Sé, é considerada um dos cinco maiores templos góticos do mundo.[76] A Igreja Católica reconhece como padroeiros da cidade: São Paulo de Tarso e Nossa Senhora da Penha de França.
A cidade possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, como a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, a Igreja Cristã Maranata, Igreja Luterana, a Igreja Presbiteriana, a Igreja Metodista, a Igreja Episcopal Anglicana, as igrejas batistas, a Igreja Assembleia de Deus, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a Igreja Mundial do Poder de Deus, a Igreja Universal do Reino de Deus, a Congregação Cristã no Brasil, entre outras. Há um considerável avanço dessas Igrejas, principalmente na periferia da cidade.
Na cidade existem também cristãos de várias outras denominações, tais como as Testemunhas de Jeová e os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (também conhecida como Igreja Mórmon).
Habitação e uso do espaço urbano
Ver também: Favelas na cidade de São Paulo
Segundo dados do Censo de 2000 do IBGE, da fundação SEADE e de pesquisas feitas pela prefeitura de São Paulo no período 2000-2004,[77] o município apresentava até aquele momento um déficit de aproximadamente 800 mil unidades habitacionais. Isto equivaleria, segundo tais pesquisas, a aproximadamente três milhões de cidadãos sem acesso à habitação formal ou em habitações precárias: nestes números constam a população de loteamentos clandestinos e irregulares, a população moradora de favelas e a população moradora de cortiços.[78] Tal déficit equivaleria, segundo alguns autores, a aproximadamente um décimo de todo o déficit habitacional nacional (estimado em aproximadamente oito milhões de unidades[79]). Em 2006, dos 1 522,986 km² do município de São Paulo, 31 km² eram ocupados por mais de duas mil favelas.[80]
Aliado ao problema do déficit habitacional está o fato de que, ainda segundo dados das pesquisas em distritos censitários do IBGE e da fundação SEADE, a cada ano as áreas centrais da cidade - correspondentes às regiões centrais tradicionais e àquelas ligadas ao já citado vetor sudoeste - apresentam uma taxa negativa de crescimento demográfico (de -5% entre 2000 e 2008).[81]
Diferentes padrões residenciais na cidade de São Paulo, de acordo com a renda. À esquerda, condomínios de luxo na região nobre do Tatuapé. Ao centro, casario de classe média na Mooca. À direita, a favela Nova Tietê.
Indicadores socioeconômicos
Ver páginas anexas: Lista de distritos por Índice de Desenvolvimento Humano e Lista de subprefeituras por Índice de Desenvolvimento Humano
Mapa dos distritos de São Paulo por índice de desenvolvimento humano, de acordo com o Atlas de Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo - Atlas Municipal, em 2007.
São Paulo possui um IDH elevado (0,841), o décimo oitavo maior do estado e o 68º do Brasil. Porém a distribuição do desenvolvimento humano na cidade não é homogênea. Os distritos mais centrais em geral apresentam IDH superior a 0,900, gradualmente diminuindo à medida que se afasta do centro, até chegar a valores inferiores a 0,800 nos limites do município. Isto se deve a questões históricas, uma vez que a área central, sobretudo a localizada entre os rios Pinheiros, Tietê e Tamanduateí, foi o local onde mais se concentraram os investimentos e o planejamento urbano por parte do poder público.[82] As populações de mais baixa renda, por não terem como arcar com o custo de vida dessas áreas, acabam assim ocupando as áreas nas bordas do município, mais desprovidas de infraestrutura.
O IDH estabelece três critérios para avaliação: o índice de educação, longevidade e renda. O fator "educação" do IDH no município atingiu em 2000 a marca de 0,919 – patamar consideravelmente elevado, em conformidade aos padrões do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)[8] – ao passo que a taxa de analfabetismo indicada pelo último censo demográfico do IBGE foi de 4,9%, superior apenas à porcentagem verificada nas cidades de Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro, Vitória e Belo Horizonte.[83][84] Os melhores distritos classificados pelo IDH em educação são Moema, Jardim Paulista e Pinheiros, os piores são Marsilac, Jardim Ângela e Grajaú.
Tomando-se por base o relatório do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2007, São Paulo obteve a nona colocação entre as capitais brasileiras.[85] Na classificação geral do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2007, três escolas da cidade figuraram entre as 20 melhores do ranking, sendo os colégios Vértice, Bandeirantes e Móbile os respectivos terceiro, décimo quarto e vigésimo colocados.[86] Contudo – e em consonância aos grandes contrastes verificados na metrópole –, em algumas regiões periféricas e empobrecidas, o aparato educacional público de nível médio e fundamental é ainda deficitário, dada a escassez relativa de escolas ou recursos. Nesses locais, a violência costuma impor certas barreiras ao aproveitamento escolar, constituindo-se em uma das causas preponderantes à evasão ou ao aprendizado carencial.[87]
No fator renda estabelecido pelo IDH, 11 dos 96 distritos apresentam a maior classificação (1,000), enquanto 14 estão no grupo dos níveis médios, abaixo de 0,700. Em longevidade os distritos de Pinheiros, Moema e Perdizes lideram a lista e os piores colocados foram Marsilac, Parelheiros e Lajeado.[88][89]
Pelo Índice de Gini, que mede a desigualdade social, os distritos de Vila Andrade, Vila Sônia e Tremembé possuem a maior disparidade econômica. Todos os índices são publicados no Atlas do Trabalho e Desenvolvimento de São Paulo, uma ferramenta eletrônica que abriga mais de 200 indicadores socioeconômicos da capital.
Um ranking mundial de qualidade de vida, elaborado pela consultoria internacional em recursos humanos Mercer, aponta a capital paulista na 117ª posição entre 221 cidades e na terceira posição entre as três cidades brasileiras do ranking. O status ecológico em um ranking paralelo aponta a cidade na 148ª posição.[90][91]
9º DP do Carandiru, uma das cinco melhores delegacias do mundo e a melhor da América Latina.[92]
Criminalidade
De acordo com o Estudo Global de Homicídios 2011, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), no período entre 2004 e 2009 a taxa de homicídios caiu de 20,8 para 10,8 assassinatos por 100 mil habitantes. A ONU apontou São Paulo como exemplo de como grandes cidades podem diminuir a criminalidade.[93] Índices de criminalidade, como o homicídio, têm diminuído continuamente por 8 anos.[94] O número de assassinatos em 2007 foi 63% mais baixo do que em 1999.[95]
Em 2008, a cidade de São Paulo ocupava a 493ª posição na lista das cidades mais violentas do Brasil. Entre as capitais, era a quarta menos violenta, registrando, em 2006, índices de homicídios superiores apenas aos de Boa Vista, Palmas e Natal.[96][97]
Em uma pesquisa sobre o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), divulgada em 2009, São Paulo ficou no 151º lugar entre 267 cidades com mais de cem mil habitantes.[98] Em novembro de 2009, o Ministério da Justiça e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgaram uma pesquisa que apontou a São Paulo como a capital brasileira mais segura para jovens.[99] Entre os anos de 2000 e 2010, a cidade de São Paulo reduziu em 78% a sua taxa de homicídios.[100] De acordo com dados do "Mapa da Violência 2011", publicado pelo Instituto Sangari e pelo Ministério da Justiça, a cidade de São Paulo tem a menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes entre todas as capitais do Brasil.[101]
Ocorrências de homicídios dolosos por ano.[94]
Política municipal
Ver artigo principal: Política e administração pública do município de São Paulo
Ver página anexa: Lista de prefeitos de São Paulo
O Edifício Matarazzo, sede da Prefeitura de São Paulo, no centro da cidade.
O Poder Executivo da cidade de São Paulo é representado pelo prefeito e seu gabinete de secretários, seguindo o modelo proposto pela Constituição Federal. A lei orgânica do município e o atual Plano Diretor da cidade, porém, determinam que a administração pública deva garantir à população ferramentas efetivas de manifestação da democracia participativa, o que faz com que a cidade seja dividida em subprefeituras, cada uma delas liderada por um subprefeito nomeado pelo prefeito.[102]
O Poder Legislativo é representado pela câmara municipal, composta por 55 vereadores eleitos para cargos de quatro anos (em observância ao disposto no artigo 29 da Constituição, que disciplina um número mínimo de 42 e máximo de 55 para municípios com mais de cinco milhões de habitantes).[103] Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o orçamento municipal (conhecido como Lei de Diretrizes Orçamentárias). Devido ao poder de veto do prefeito, em períodos de conflito entre o Executivo e o Legislativo, o processo de votação deste tipo de lei costuma gerar bastante polêmica.
Em complementação ao processo legislativo e ao trabalho das secretarias, existem também uma série de conselhos municipais, cada um deles versando sobre temas diferentes, compostos obrigatoriamente por representantes dos vários setores da sociedade civil organizada. A atuação e representatividade efetivas de tais conselhos, porém, são por vezes questionadas. Os seguintes conselhos municipais estão atualmente em atividade: Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA); da Informática (CMI); dos Deficientes Físicos (CMDP); da Educação (CME); da Habitação (CMH); do Meio Ambiente (CADES); da Saúde (CMS); do Turismo (COMTUR); dos Direitos Humanos (CMDH); da Cultura (CMC); da Assistência Social (COMAS) e das Drogas e Álcool (COMUDA).
Pertence também à prefeitura (ou é esta sócia majoritária em seus capitais sociais) uma série de empresas responsáveis por aspectos diversos dos serviços públicos e da economia de São Paulo:
São Paulo Turismo S/A (SPTuris): empresa responsável pela organização de grandes eventos e pela promoção turística da cidade.[104]
Companhia de Engenharia de Tráfego (CET): subordinada à Secretaria Municipal de Transportes, é responsável pela fiscalização do trânsito, aplicação de multas (em cooperação com o DETRAN) e manutenção do sistema viário da cidade.[105]
Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (COHAB): subordinada à Secretaria de Habitação, é responsável pela implementação de políticas públicas de habitação, especialmente a construção de conjuntos habitacionais.[106]
Empresa Municipal de Urbanização de São Paulo (EMURB): subordinada à Secretaria de Planejamento, é responsável por obras urbanísticas e pela manutenção dos espaços públicos e mobiliário urbanos.[107]
Companhia de Processamento de Dados de São Paulo (PRODAM): responsável pela infraestrutura eletrônica e informática da prefeitura.[108]
São Paulo Transportes Sociedade Anônima (SPTrans): responsável pelo funcionamento dos sistemas de transposte público geridos pela prefeitura, como as linhas de ônibus municipais.[109]
Por ser a capital do estado de São Paulo, a cidade também é sede do Palácio dos Bandeirantes (Governo Estadual) e da Assembleia Legislativa.
Relações internacionais
Ver página anexa: Lista das cidades-irmãs da cidade de São Paulo
As cidades-irmãs da cidade de São Paulo estão regulamentadas através da lei nº 14 471/2007.[110]
Jordânia Amman, Jordânia
Paraguai Assunção, Paraguai
Roménia Bucareste, Romênia
Argentina Buenos Aires, Argentina
Roménia Cluj-Napoca, Romênia
Estados Unidos Chicago, Estados Unidos
Portugal Coimbra, Portugal
Espanha Córdoba, Espanha
Portugal Funchal, Portugal
Portugal Góis, Portugal
Alemanha Hamburgo, Alemanha
Cuba Havana, Cuba
Argentina Mendoza, Argentina
Itália Milão, Itália
Bolívia La Paz, Bolívia
Portugal Leiria, Portugal
Portugal Lisboa, Portugal
Angola Luanda, Angola
Uruguai Montevidéu, Uruguai
Chile Santiago, Chile
Canadá Toronto, Canadá
Síria Damasco, Síria
República Popular da China Macau, China
Japão Naha, Japão
República Popular da China Ningbo, China
Japão Osaka, Japão
República Popular da China Pequim, China
Portugal Póvoa de Varzim, Portugal
Espanha Santiago de Compostela, Espanha
Coreia do Sul Seul, Coreia do Sul
Israel Tel Aviv, Israel
Arménia Yerevan, Armênia
Subdivisões
Subdivisões da cidade de São Paulo
Localização População Área
Zona est. de 2008 em km²
Central' 328.597 31
Noroeste' 1.007.691 144
Norte ou Nordeste 1.181.582 152
Leste 1 1.212.099 140
Leste 2 1.342.924 68,8
Sudeste 1.494.770 128
Sul 2.346.913 607
Centro-Sul 715.910 74
Oeste 872.817 128
Cidade de São Paulo
10.940.311 1509
Fonte:[111]
Ver artigo principal: Divisão territorial e administrativa da cidade de São Paulo
O município de São Paulo está, administrativamente, dividido em trinta e uma subprefeituras, cada uma delas, por sua vez, divididas em distritos, sendo estes últimos, eventualmente, subdivididos em subdistritos (a designação "bairro", porém, não existe oficialmente, embora seja usualmente aplicada pela população). As subprefeituras estão oficialmente agrupadas em nove regiões (ou "zonas"), levando em conta a posição geográfica e história de ocupação. Entretanto, há certos órgãos e instituições (companhias telefônicas, zonas eleitorais, etc.) que adotam uma divisão diferente da oficial.[102]
Cabem às subprefeituras os serviços ordinários à população, dessa forma, descentralizando alguns serviços rotineiros.[102]
A divisão política oficial da cidade leva em conta tanto características histórico-culturais dos diferentes bairros de São Paulo como fatores de ordem prática (como a divisão de duas subprefeituras em uma avenida importante). Porém, muitas vezes tal divisão não reflete a percepção socioespacial que a população local tem dos lugares: há regiões da cidade que não são oficialmente reconhecidas pela prefeitura, de forma que sua delimitação seja informal e abranja diferentes distritos e subprefeituras, mantendo o nome por tradição, contiguidade física ou facilidade de localização. O fenômeno tende a se repetir na cidade inteira e considerado de forma ampla, pode levar a uma não identificação dos moradores com as instâncias políticas locais.
Além da divisão política, há também uma divisão em nove zonas geográficas, cada uma delas representada por cores diferentes nas placas de ruas e na cor dos ônibus que circulam na região. Essas regiões são estabelecidas radialmente, usando apenas critérios topográficos, e, salvo algumas exceções, não têm uma homogeneidade urbana, nem qualquer distinção administrativa, com exceção do centro histórico e do centro expandido, onde vigora o rodízio municipal.[112]
Subprefeituras
Subprefeitura Área População Subprefeitura Área População
1 Aricanduva 21,5 km² 266 838 Mapa sp.svg 17 Mooca 35,2 km² 305 436
2 Butantã 56,1 km² 345 943 18 Parelheiros 353,5 km² 110 909
3 Campo Limpo 36,7 km² 508 607 19 Penha 42,8 km² 472 247
4 Capela do Socorro 134,2 km² 561 071 20 Perus 57,2 km² 109 218
5 Casa Verde 26,7 km² 313 176 21 Pinheiros 31,7 km² 270 798
6 Cidade Ademar 30,7 km² 370 759 22 Pirituba 54,7 km² 390 083
7 Cidade Tiradentes 15 km² 248 762 23 Sé 26,2 km² 373 160
8 Ermelino Matarazzo 15,1 km² 204 315 24 Santana 34,7 km² 327 279
9 Freguesia do Ó 31,5 km² 391 403 25 Tremembé 64,1 km² 255 435
10 Guaianases 17,8 km² 283 162 26 Santo Amaro 37,5 km² 217 280
11 Ipiranga 37,5 km² 427 585 27 São Mateus 45,8 km² 422 199
12 Itaim Paulista/Vila Curuçá 21,7 km² 358 888 28 São Miguel Paulista 24,3 km² 377 540
13 Itaquera 54,3 km² 488 327 29 Vila Maria 26,4 km² 302 899
14 Jabaquara 14,1 km² 214 200 30 Vila Mariana 26,5 km² 311 019
15 Lapa 40,1 km² 270 102 31 Vila Prudente 33,3 km² 523 138
16 M'Boi Mirim 62,1 km² 480 823
Fonte:[113]
Economia
Ver artigo principal: Economia da cidade de São Paulo
Edifícios comerciais no Brooklin Novo. Em destaque, o Centro Empresarial Nações Unidas e a Ponte Estaiada.
São Paulo possui o maior PIB dentre as cidades brasileiras, o 10º maior do mundo e, segundo projeção da PricewaterhouseCoopers, será o 6º maior em 2025.[13] Segundo dados do IBGE, em 2005 seu Produto Interno Bruto (PIB) foi de R$ 263 177 148 000,00, o que equivale a aproximadamente 12,26% do PIB brasileiro[114] e 36% de toda produção de bens e serviços do estado de São Paulo.
Sua região metropolitana possui um PIB de aproximadamente R$ 416,5 bilhões, o que corresponde a 57,3% de todo o PIB paulista.[115] Segundo dados do IBGE, a rede urbana de influência exercida pela cidade no resto do país abrange 28% da população e 40,5% do PIB brasileiro.[116]
A capital paulista é a sexta cidade do mundo em número de bilionários, segundo a listagem da revista Forbes considera como referência o endereço principal dos 1 210 bilionários da lista de 2011 feita pela revista, com base em valores convertidos para o dólar norte-americano[117] Entretanto, a crise financeira de 2008-2009 afetou a renda média domiciliar per capita dos moradores de São Paulo, que, em 2008, era de R$ 816,40, o que posiciona a cidade na oitava colocação no ranking das capitais brasileiras, atrás de Florianópolis, Porto Alegre, Vitória, Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.[118] Segundo pesquisa da consultoria Mercer sobre o custo de vida para funcionários estrangeiros, São Paulo está entre as dez cidades mais caras do mundo, classificada na décima posição en 2011, 11 postos acima de sua clasificação de 2010, e na frente de cidades como Londres, Paris, Milão e Nova Iorque.[119][120]
Um dos maiores centros financeiros do Brasil e do mundo, São Paulo passa hoje por uma transformação em sua economia. Durante muito tempo a indústria constituiu uma atividade econômica bastante presente na cidade, porém São Paulo tem atravessado nas últimas três décadas uma clara mudança em seu perfil econômico: de uma cidade com forte caráter industrial, o município tem cada vez mais assumido um papel de cidade terciária, pólo de serviços e negócios para o país. Em São Paulo, por exemplo, está sediada a BM&FBovespa (Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo), a bolsa oficial do Brasil. A BMF&Bovespa é a maior bolsa de valores do continente americano e a segunda maior do mundo, ambos em valor de mercado.[17][121]
Sede do Itaú Unibanco no Bairro do Jabaquara, o maior banco da América Latina e um dos maiores do mundo
O município tem alguns centros financeiros espalhados por seu território, sendo o principal e mais famoso deles a avenida Paulista, que abriga sedes de bancos, multinacionais, hotéis, consulados e se impõe como um dos principais pontos turísticos e culturais da cidade. O centro da cidade, que apesar de ter sido ofuscado pelas centralidades econômicas mais recentes, abriga a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA), diversas empresas e hotéis. Contudo, existem outras centralidades no chamado vetor sudoeste, como a avenida Brigadeiro Faria Lima e os bairros do Brooklin e Vila Olímpia, na região oeste da cidade, que se destacam por sua intensa e moderna verticalização, pela presença de hotéis de luxo e empresas multinacionais.[122]
Rua Oscar Freire na região dos Jardins, eleita a oitava rua mais luxuosa do planeta.[123]
Muitos analistas também têm apontado São Paulo como uma importante "cidade global" (ou "metrópole global", classificação dividida apenas com o Rio de Janeiro entre as cidades brasileiras[124]). Como cidade global, São Paulo tem acesso às principais rotas aeroviárias mundiais, às principais redes de informação, assim como sedia filiais de empresas transnacionais de importância global, além de importantes instituições financeiras, mesmo estando conectada marginalmente aos fluxos transnacionais de pessoas, investimentos e empregos.[125]
O urbanista João Sette Whitaker Ferreira, entretanto, considera que a desigualdade social e a segregação espacial descaracterizam São Paulo como uma cidade global.[126] Apesar de ser o centro financeiro do país, São Paulo apresenta também alto índice de negócios ligados à economia informal.[127] Neste mesmo cenário, segundo dados de 2001 da prefeitura do município,[128] cerca de 10% dos paulistanos vivia abaixo da linha de pobreza.
A cidade de São Paulo também tem se consolidado em um polo de comércio de produtos contrabandeados, pirateados e falsificados,[129] em geral localizados em alguns pontos do centro da cidade como a Rua 25 de Março, a rua Santa Ifigênia e áreas próximas a estações de metrô. Os artigos em geral são CDs com versões piratas de softwares, filmes ou álbuns em CD e DVD,[130] ou então acessórios e itens de vestuário, principalmente mochilas e tênis de marcas internacionais, entre outros artigos. Nos últimos anos, porém, tem crescido a apreensão desses artigos pirateados.[131]
Turismo
Ver artigo principal: Turismo na cidade de São Paulo
Edifício da Bienal de Artes de São Paulo.
Parque Ibirapuera decorado para o Natal.
São Paulo destaca-se mais como uma cidade marcada pelo turismo de negócios que pelo turismo recreativo. Grandes redes de hotéis cujo público-alvo é o corporativo estão instaladas na cidade e possuem filiais espalhadas em várias das suas centralidades. Toda a infraestrutura para eventos da cidade faz com que ela seja sede de 120 das 160 principais feiras do país (SP Turis). Dentre as principais, estão o Salão do Automóvel de São Paulo, a Couromoda e a Francal, entre outras.
A cidade ainda promove uma das mais importantes semanas de moda do mundo, a São Paulo Fashion Week, sendo um dos principais centros geradores de tendências em moda.[132]
O turismo cultural também possui relevância para a cidade, especialmente quando se têm em vista os vários eventos internacionais que ocorrem na metrópole, como a Bienal de Artes de São Paulo e os vários shows de celebridades estrangeiras que, quando se apresentam no Brasil, escolhem poucas metrópoles.
A cidade possui inúmeras atividades culturais e uma vida noturna que é considerada umas das melhores do país. Há diversos cinemas, teatros, museus e centros culturais, alguns atendendo a parcela de maior poder aquisitivo, outros contemplando mais o público popular, o que leva muitos a dizerem que "sempre há um programa para se fazer em São Paulo". A rua Oscar Freire, de acordo com a Mystery Shopping International, foi eleita uma das oito ruas mais luxuosas do mundo,[123] e São Paulo, a 25ª "cidade mais cara" do planeta.[133]
De acordo com a International Congress & Convention Association (ICCA), São Paulo ocupa o primeiro lugar entre as cidades que mais recebem eventos internacionais no Continente Americano e a 12ª posição no mundo, depois de Viena, Paris, Barcelona, Singapura, Berlim, Budapeste, Amsterdã, Estocolmo, Seul, Lisboa e Copenhague.[134]
A diversidade de povos e culturas que construiram a cidade faz também com que a rica gastronomia da região seja por si só um grande atrativo turístico. Essa afirmação pode ser comprovada através da ampla variedade gastronômica da cidade, que abrange mais de 50 tipos de culinária. Durante o 10º Congresso Internacional de Gastronomia, Hospitalidade e Turismo (CIHAT) realizado em 1997, a cidade recebeu o título de "Capital Mundial da Gastronomia" de uma comissão formada por representantes de 43 nações.[135]
Estrutura urbana
Ver artigo principal: Zoneamento da cidade de São Paulo
Tecidos urbanos
Variação de tecidos urbanos na região dos Jardins, distrito de Pinheiros: lado a lado, áreas verticalizadas e de casario baixo.
São Paulo possui uma miríade de tecidos urbanos. Os núcleos originais da cidade apresentam-se verticalizados, caracterizados pela presença de edifícios comerciais e de serviços; e as periferias desenvolvem-se, de forma geral, com edificações de dois a quatro andares - embora tal generalização certamente encontre exceções no tecido da metrópole. Comparada a outras cidades globais (como as cidades-ilha de Nova Iorque e Hong Kong), porém, São Paulo é considerada uma cidade de "edifícios baixos". Seus maiores edifícios raramente atingem quarenta andares, e a média entre os edifícios residenciais é de vinte. Todavia, é a terceira cidade no mundo em quantidade de prédios, de acordo com a página especializada em pesquisa de dados sobre edificações Emporis Buildings,[136] além de possuir o maior arranha-céu do país, o Mirante do Vale, também conhecido como Palácio Zarzur Kogan, com 170 metros de altura.[137]
São comuns as seguintes regiões, caracterizadas de acordo com seu tecido urbano:
Casario composto por sobrados de classe média, recuados em relação ao lote, em bairros predominantemente residenciais ou comerciais.
Periferias nas quais a legislação de ocupação do solo é menos respeitada, composta por sobrados ou residências térreas mas com densidade maior que o casario supracitado
Bairros de classe média, normalmente localizados em um anel periférico imediatamente seguinte ao Centro da cidade, mas não tão distantes quanto as periferias extremas, ocupados por condomínios verticais (edifícios de apartamentos isolados em meio ao lote, contendo quase 50% de espaço livre e normalmente de acesso privativo).
Regiões verticalizadas do Centro da cidade, variando bastante a relação entre a largura da rua e a altura dos edifícios.
Novas regiões verticalizadas e com edifícios mais recuados e com maior presença do automóvel (como a Nova Faria Lima e a região da avenida Luís Carlos Berrini).
Regiões de condomínios fechados horizontais, de acesso restrito.
Regiões tradicionalmente caracterizadas como favelas.
Região verticalizada do Centro da cidade. Na fotografia, em destaque os edifícios do Banco do Brasil (esquerda), Altino Arantes (centro) e Martinelli (direita), o primeiro arranha-céu da América Latina.[138]
Tal heterogeneidade de tecidos, porém, não é tão previsível quanto o modelo genérico pode fazer imaginar. Algumas regiões centrais da cidade passaram a concentrar indigentes, tráfico de drogas, comércio ambulante e prostituição, o que incentivou a criação de novas centralidades do ponto de vista socioeconômico. A caracterização de cada região da cidade também passou por várias mudanças ao longo do século XX. Com o deslocamento de indústrias para outras cidades ou estados, várias áreas que antes abrigavam galpões de fábricas transformaram-se em áreas comerciais ou mesmo residenciais.
A mais caracterizada mudança no perfil econômico da cidade, porém, é o chamado vetor sudoeste, área da cidade que engloba as regiões oeste e centro-sul. A expressão refere-se à tendência do mercado imobiliário (e das empresas em geral) em "levar" o centro da cidade para regiões antes consideradas periféricas, seguindo em geral a direção nordeste-sudoeste, com algumas poucas exceções. Esta tendência pode ser acompanhada desde as primeiras décadas do século XX: partindo da região do Triângulo histórico (núcleo original da cidade), a centralidade socioeconômica da cidade (que difere da centralidade geográfica) passou para a região do Centro Novo (do outro lado do Vale do Anhangabaú), e mais tarde para a região da avenida Paulista. Nas últimas duas décadas, este processo tem levado tal centralidade principalmente para a região das avenidas Faria Lima e Berrini. Fora dessa região, existem também outras áreas como os distritos de Tatuapé e Santana, que também se desenvolveram e tornaram-se centralidades socioeconômicas regionais, funcionando ainda como pólo de comércio, serviços e lazer para outras localidades fora do eixo de desenvolvimento principal do município.
As regiões que permanecem afastadas destas centralidades acabam, na maioria dos casos, servindo como bairros-dormitórios. Isto se deve ao processo de planejamento urbano da cidade ao longo do século XX, que manteve as áreas de habitação popular isoladas das centralidades principais do município.[139] Ao crescimento demográfico estiveram associados processos de especulação imobiliária que aceleraram a ocupação de áreas periféricas com pouca infraestrutura, em alguns casos fomentados pelos próprios programas urbanísticos estatais de habitação popular.[140] Nas últimas décadas, algumas famílias de baixa renda passaram a ocupar irregularmente regiões de mananciais.[141]
A constante mudança da paisagem paulistana devido às alterações tecnológicas de seus edifícios tem sido uma característica marcante da cidade, apontada por estudiosos como Benedito Lima de Toledo. Segundo Toledo, em um período de um século, entre meados de 1870 e 1970 a cidade de São Paulo foi praticamente demolida e reconstruída no mínimo três vezes. Estes três períodos são caracterizados pelos processos construtivos típicos de suas épocas: em um primeiro momento a cidade apresentava-se como um emaranhado de construções em taipa de pilão, situação que perdurou desde o período colonial até as últimas décadas do século XIX. No início do século XX, a cidade foi rapidamente transformada e passou a apresentar-se como uma cidade de alvenaria, importando métodos de construção e arquiteturas europeias. Enfim, com a necessidade de verticalização e expansão e a popularização de avanços tecnológicos, a cidade foi novamente demolida e reconstruída em concreto armado e metal, constituindo parte da paisagem atual. De cada um dos períodos anteriores restam poucos exemplares: algumas poucas residências bandeiristas preservadas e o Museu de Arte Sacra de São Paulo são os únicos resquícios da "cidade de taipa". Da mesma maneira, da "cidade de alvenaria", são preservados ainda edifícios como o da Pinacoteca do Estado.
Planejamento urbano
Ver também: Plano de Avenidas de São Paulo
Fotografia da Avenida Paulista.
São Paulo possui um histórico de ações, projetos e planos ligados ao urbanismo e ao planejamento urbano que podem ser traçados até as administrações de Antônio da Silva Prado, Barão de Duprat, Washington Luís e completado por Francisco Prestes Maia. Porém, de uma forma geral, a cidade constituiu-se ao longo do século XX, saltando de vila à metrópole, por meio de uma série de processos informais ou irregulares de expansão urbana. Desta forma, São Paulo difere consideravelmente de cidades brasileiras como Belo Horizonte e Goiânia, cuja expansão inicial seguiu determinações de um plano e de um projeto urbano original, ou de uma cidade como Brasília, cujo plano piloto fora inteiramente desenhado previamente à construção da cidade.
Por outro lado, a sucessão de loteamentos periféricos e dos processos de requalificação e reconstrução de tecidos já consagrados, comuns na cidade ao longo de sua evolução, foi eventualmente acompanhada de planos urbanísticos que tentavam ordenar segundo diretrizes de planejamento a lógica informal própria da constituição da cidade. Se as primeiras intervenções de Prado e Teodoro possuíam caráter pontual, tais planos procuraram, ora setorialmente integrados e ora isolados, a definição de padrões a serem seguidos na produção de novos espaços urbanos e na regulação dos anteriores.
A eficácia histórica de tais planos em cumprir aquilo a que, aparentemente, se propunham, porém, tem sido apontada por alguns planejadores e historiadores diversos como questionável. Por outro lado, outros destes mesmos estudiosos alegam que tais planos foram produzidos visando o benefício exclusivo das camadas mais abastadas da população, enquanto as camadas populares ficariam relegadas aos processos informais tradicionais.[142] Em São Paulo, até meados da década de 1950, os planos apresentados para a cidade ainda possuíam um caráter haussmanniano, ou seja, eram baseados na ideia de "demolir e reconstruir". Podem-se citar planos como os apresentados pelo então prefeito Prestes Maia para o sistema viário paulistano (conhecido como Plano de Avenidas) ou o de Saturnino de Brito para as marginais do rio Tietê.
Em 1968 é proposto o Plano Urbanístico Básico que se desdobraria no Plano Diretor Integrado de Desenvolvimento de São Paulo, desenvolvido durante a gestão de Figueiredo Ferraz. O principal resultado deste plano foi aquilo que ficou conhecido como lei de zoneamento e que vigorou até 2004, quando foi substituída pelo atual Plano Diretor. Naquele zoneamento, aprovado em 1972, notava-se uma clara proteção às chamadas Z1 (zonas cuja definição de uso era exclusivamente residencial e era destinada às elites da cidade) e uma certa indefinição da maior parte da cidade, classificada como Z3 (vagamente regulamentada como "zona mista" mas sem definições mais claras a respeito de suas características). Desta forma, tal zoneamento incentivou o crescimento de bairros periféricos dotados de edifícios de baixo gabarito aliados a processos de especulação imobiliária ao mesmo tempo que valorizava regiões nas quais se permitia construir edifícios altos.[143]
Panorama da Zona Central de São Paulo a partir do edifício Altino Arantes (2006).
Panorama da Zona Central de São Paulo a partir do edifício Altino Arantes (2006).
Mobilidade urbana e acessibilidade
Ver artigo principal: Mobilidade urbana no município de São Paulo
Marginal Tietê, a principal via expressa da cidade.
A cidade de São Paulo sofre um problema comum a outras grandes metrópoles mundiais: o grande congestionamento de carros em suas principais vias. O transporte coletivo, no entanto, representa um papel fundamental no dia a dia da metrópole. São Paulo conta com uma imensa estrutura de linhas de ônibus, com uma frota de cerca de quinze mil unidades[144] entre ônibus comuns e articulados (cerca de 10 mil), trólebus (215 veículos) e micro-ônibus (cerca de 5 mil). Em 2003, iniciou-se uma grande reformulação no sistema de transporte público na cidade que reduziu significativamente o grande número de lotações clandestinas, que em sua maioria foram recadastradas e organizadas em cooperativas.[145]
Na cidade, em média, existe um veículo para cada dois habitantes, totalizando mais de 6 milhões de unidades somente.[146] Além disso, São Paulo possui a terceira maior frota de táxis da América Latina[147] e a maior frota de helicópteros do mundo.[148]
Os trens da CPTM, o Metrô e o sistema de interligação entre eles completam o sistema municipal e estadual de transporte na cidade.
O sistema viário do município é notadamente heterogêneo, especialmente do ponto de vista rodoviário. A cidade é cortada por duas grandes vias que têm papel estruturador, tanto na escala infraurbana quanto na metropolitana: a Marginal Tietê e a Marginal Pinheiros. Estas duas "artérias" são consideradas as principais vias estruturais (ou vias expressas) do município, sendo que, a elas, conectam-se diversas rodovias estaduais e federais, dentre as quais a Anchieta, Anhanguera, Raposo Tavares, Dutra (acesso ao Vale do Paraíba e ao Rio de Janeiro), Fernão Dias (acesso a Belo Horizonte), Imigrantes (acesso à Praia Grande), Bandeirantes (acesso à região de Campinas), Castelo Branco e Ayrton Senna (acesso à Guararema). Está em construção o Rodoanel Mário Covas, que permitirá o acesso a vários municípios da região metropolitana de São Paulo.[149]
Com uma frota de 5 392 692 veículos em 2007,[150] estima-se que São Paulo alcançou uma taxa de motorização de 0,454 veículos por habitante, o que corresponde aproximadamente a um veículo para cada dois habitantes. A taxa média no Brasil é de 0,24, o que coloca São Paulo entre os municípios com maior nível de motorização do país, superado só por alguns como São Caetano do Sul (0,739), Curitiba (0,545) e Goiânia (0,512).[151]
O congestionamento de veículos na cidade é recorrente, principalmente, mas não restrito, aos horários de pico. Desde 1996, a prefeitura adota medidas paleativas para amenizar os problemas causados pelo trânsito, como a adoção do Rodízio Municipal, a restrição de estacionamentos (Zona Azul) e de circulação de caminhões e veículos de carga. O recorde de congestionamento da cidade foi o de 266 km, em março de 2008.[152]
Hoje, como medidas para solucionar o problema do trânsito, investe-se a ampliação do metrô, na construção de mais corredores de ônibus, no alargamento da Marginal Tietê e na construção do Rodoanel Metropolitano e existem estudos para uma futura implementação de pedágio urbano.
Em relação ao transporte aéreo a cidade possui dois principais aeroportos: Aeroporto de Congonhas/São Paulo[153], que serve voos domesticos e o Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos[154], locializado na município de Guarulhos, que serve voos domesticos e internacionais, sendo um dos principais aeroportos internacionais do Brasil, além destes aeroportos possui o Aeroporto Campo de Marte[155] que serve para helicopteros e aviôes de pequeno porte, todos estes aeroportos são operados pela estatal Infraero.
Transporte público
Ver artigo principal: Metrô de São Paulo, CPTM e EMTU
Terminal Rodoviário Tietê, o segundo maior terminal rodoviário do mundo.[156]
Os sistemas de transporte público também apresentam certa heterogeneidade e, eventualmente, alguma contraditoriedade. São comuns críticas ao sistema no sentido de que os vários sistemas que o compõem não respondem a uma mesma autoridade de planejamento, o que resultaria em situações paradoxais e duplicação de esforços. Tal fato se deve, primariamente, pelo fato de os dois principais meios de transporte público (o metrô e os ônibus) serem administrados por esferas diferentes: o Metrô de São Paulo, a CPTM e a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo, são empresas cujo sócio principal é o Estado de São Paulo, enquanto o sistema de ônibus municipais (composto por diversas empresas particulares) responde à SPTrans, entidade municipal.
Na zona norte da cidade encontra-se o Terminal Rodoviário Tietê, o segundo maior do mundo,[156] que possui linhas de ônibus para diversos municípios paulistas e para muitos outros estados do país, além de linhas para outros países sul-americanos, como Chile, Argentina, Paraguai, Uruguai e Peru.[157][158] É integrado à estação do metrô de mesmo nome.[159] Existem também outros terminais rodoviários, como o Terminal Intermodal da Barra Funda (zona oeste), com destinos para outros estados brasileiros, e o Terminal Intermunicipal Jabaquara (zona sul), com linhas de ônibus para várias cidades do litoral paulista.[157]
A malha metroferroviária da cidade tem 322 quilômetros de extensão, sendo 69 quilômetros de linhas administradas de metrô (34,6 quilômetros inteiramente subterrâneo), com 5 linhas em operação e 55 estações de embarque,[160] e 261 quilômetros de linhas administradas pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A CPTM e o Metrô transportam em média 5,9 milhões de pessoas por dia,[161] e algumas linhas subterrâneas que estão sendo construídas vão adicionar ainda mais passageiros ao sistema dentro dos próximos cinco anos. Segundo dados da administração atual espera-se expandir o sistema de trens urbanos de São Paulo dos atuais 322 quilômetros para mais de 500 quilômetros nos próximos 10 anos.[162] O The Metros, principal premiação do setor metroviário no mundo, fez uma conferência no dia 23 de março de 2010, no Reino Unido, que analisou os 70 maiores metropolitanos do mundo, que deu resultado como o de São Paulo o melhor metrô das Américas, superando a dos EUA, Canadá e México.[163]
Trem modelo TUE CAF 7000 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.
Trem do Metrô de São Paulo.
Ônibus articulado no Expresso Tiradentes.
Interior da estação metro-ferroviária da Luz.
Infraestrutura urbana
Cobertura da rede de coleta de esgoto da cidade de São Paulo[164] 1980
44%
1991
75%
2000
89%
2002
92%
2004
94%
2006
96%
Infraestrutura é um conjunto de elementos essenciais para o desenvolvimento de qualquer cidade. Redes bem estruturadas de água, esgoto, eletricidade, drenagem, comunicação e transporte são imprescindíveis para a melhora na qualidade de vida da população de um município. Em cidades de grande porte, distribuir esses recursos a toda população é um enorme desafio. A cidade de São Paulo vem conseguindo grandes avanços, aumentando a área de cobertura de suas redes de esgoto e água, mas uma parte da população, especificamente a de baixa renda, ainda não conta com recursos básicos de infraestrutura.
Desde o começo do século XX, São Paulo é o principal centro econômico da América Latina. Com a primeira e a segunda guerras mundiais e a Grande Depressão, as exportações do café aos Estados Unidos e Europa foram fortemente afetadas, forçando os ricos cafeicultores a investir nas atividades industriais que transformariam São Paulo no maior centro industrial do Brasil. As novas vagas de trabalho contribuíram para atrair um número significativo de imigrantes (sobretudo da Itália) e de migrantes, especialmente dos estados do Nordeste.
De uma população de apenas 32 mil pessoas em 1880, São Paulo passa a ter 8,5 milhões de habitantes em 1980. O rápido crescimento demográfico trouxe como consequência inúmeros problemas para a cidade.
São Paulo é praticamente toda servida pela rede de abastecimento de água potável.[165] A cidade consome uma média de 221 litros de água/habitante/dia enquanto a ONU recomenda o consumo de 110 litros/dia. A perda de água é de 30,8%.[166] No entanto entre 11 a 12,8% das residências não possui rede de esgoto, depositando dejetos em fossas e valas.[165] Sessenta por cento do esgoto coletado é tratado.[166] Segundo dados do IBGE e da Eletropaulo a rede elétrica atende quase 100% das residências. A rede de telefonia fixa ainda é precária, com cobertura de 67,2%.[165] A coleta de lixo domiciliar cobre todas as regiões do município mas ainda é insuficiente, atingindo cerca de 94% da demanda, em distritos como Parelheiros e Perus.[165] Cerca de 80% do lixo produzido diariamente pelos paulistanos é exportado para outras cidades, como Caieiras e Guarulhos.[167] A reciclagem atinge cerca de 1% das 15 mil toneladas de lixo produzidas diariamente.[167]
Educação e ciência
Ver artigo principal: Educação na cidade de São Paulo
Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira (USP), com os edifícios da FAUUSP e da FEAUSP em destaque.
A cidade de São Paulo tem um sistema de ensino primário e secundário, público e privado, e uma variedade de profissionais de escolas técnicas. Com 2 725 estabelecimentos de ensino fundamental, 2 998 unidades pré-escolares, 1 199 escolas de nível médio e 146 instituições de nível superior, a rede de ensino da cidade é a mais extensa do país.[168] Ao total, são 2 850 133 matrículas e 153 284 docentes registrados.[168]
O fator "educação" do IDH no município atingiu em 2000 a marca de 0,919 – patamar consideravelmente elevado, em conformidade aos padrões do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)[8] – ao passo que a taxa de analfabetismo indicada pelo último censo demográfico do IBGE foi de 4,9%, superior apenas à porcentagem verificada nas cidades de Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro, Vitória e Belo Horizonte.[83][84]
Tomando-se por base o relatório do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2007, São Paulo obteve a nona colocação entre as capitais brasileiras[85] e o 1 903º lugar no ranking geral dos municípios.[169] Na classificação geral do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2007, três escolas da cidade figuraram entre as 20 melhores do ranking, sendo os colégios Vértice, Bandeirantes e Móbile os respectivos terceiro, décimo quarto e vigésimo colocados.[86] Contudo – e em consonância aos grandes contrastes verificados na metrópole –, em algumas regiões periféricas e empobrecidas, o aparato educacional público de nível médio e fundamental é ainda deficitário, dada a escassez relativa de escolas ou recursos. Nesses locais, a violência costuma impor certas barreiras ao aproveitamento escolar, constituindo-se em uma das causas preponderantes à evasão ou ao aprendizado carencial.[87]
Contemplado por expressivo número de renomadas instituições de ensino e centros de excelência, São Paulo é o maior polo de pesquisa e desenvolvimento do Brasil, responsável por 28% da produção científica nacional – segundo dados de 2005.[16][170] No cenário atual, destacam-se importantes universidades públicas e privadas, muitas delas consideradas centros de referência em determinadas áreas.
Laboratório de influenza do Instituto Butantan.
Entre as muitas instituições de ensino superior, podem-se destacar o Instituto Federal de São Paulo (IFSP),[171] a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP),[172] a Universidade Estadual Paulista (UNESP)[173] e a Universidade de São Paulo (USP),[170] criada em 1934, quando incorporou a histórica Faculdade de Direito de São Paulo, no Largo de São Francisco. Entre as universidades públicas, a USP é aquela com o maior número de vagas de graduação e de pós-graduação no Brasil, sendo responsável também pela formação do maior número de mestres e doutores do mundo,[174] bem como responsável por metade de toda a produção científica do estado de São Paulo e mais de 25% da brasileira.[175] Como o Brasil é responsável por cerca de 2% da produção mundial, pode-se dizer que a USP é responsável por 0,5% das pesquisas do mundo.[174] Instituições filiadas à universidade incluem o Instituto Butantan, pólo de pesquisa biomédica fundado em 1901, e atualmente vinculado à Secretaria de Saúde de São Paulo, fabrica antígenos e vacinas diversos, e é o maior produtor nacional de soros antiofídicos.[176] Centro de renome internacional em pesquisa científica de animais peçonhentos, conta com 14 laboratórios e um núcleo de biotecnologia.[177]
O município também possui universidades particulares de grande reputação nacional e internacional, como a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)[178] e a Universidade Presbiteriana Mackenzie,[179] além de diversos institutos de ensino superior e pesquisa em áreas específicas, entre os quais podem ser destacados a Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) (engenharia, artes e ciências humanas),[180] a Fundação Getúlio Vargas (FGV) (administração e direito)[181] e a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).[182]
Cultura
Ver artigo principal: Cultura da cidade de São Paulo
Virada Cultural de 2010.
Auditório Ibirapuera.
São Paulo é considerada pólo cultural no Brasil, tendo-se consolidado como local de origem de toda uma série de movimentos artísticos e estéticos ao longo da história do século XX. Apesar de tradicionalmente rivalizar com o Rio de Janeiro o status de sede das principais instituições culturais do país, é em São Paulo que existe o maior mercado para a cultura, tendo hoje se consolidado como uma das principais capitais culturais do Brasil e da América Latina.[183]
A cultura da cidade de São Paulo foi largamente influencidada pelos diversos grupos de imigrantes que ali se estabeleceram, principalmente italianos. São Paulo possui uma ampla rede de teatros, casas de show e espetáculo, bares e grandes eventos culturais como a Bienal de São Paulo e a Virada Cultural. Instituições de ensino, museus e galerias de arte não raro empregam superlativos em suas descrições (sedia, por exemplo, a maior universidade pública do país - a Universidade de São Paulo - a maior universidade privada - a Universidade Paulista - e a maior casa de espetáculos do país, o Credicard Hall).
Artes cênicas
Episódios relevantes na história das artes cênicas no Brasil aconteceram na cidade de São Paulo. Verifica-se na cidade tanto um cenário de teatro de vanguarda como de um teatro tradicional. Três instituições revelaram-se importantes na cidade, ao longo do século XX: primeiramente o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), depois o Teatro de Arena e finalmente o Teatro Oficina.
Literatura
A literatura na cidade de São Paulo começa com a chegada dos missionários da Companhia de Jesus, cujos membros são conhecidos como jesuítas, no início do século XVI. Eles escreveram relatórios à coroa portuguesa sobre as terras recém-encontradas e sobre os povos nativos, compondo poesias e músicas para o catecismo. Os padres jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta são considerados os fundadores da capital paulista.
Biblioteca Mário de Andrade.
Durante o século XIX a cidade teve grandes nomes da literatura como o escritor Álvares de Azevedo, representante da fase ultrarromântica do Romantismo. Porém, os escritores paulistanos só atingem independência cultural e projeção nacional no início do século XX, com o movimento modernista brasileiro, principalmente após a realização da Semana de Arte Moderna em 1922.[184]
Durante o período modernista surgiram importantes escritores da literatura brasileira como Mário de Andrade e Oswald de Andrade, responsáveis pela introdução do modernismo no Brasil e produtores de uma extensa e importante obra literária, dramatúrgica e crítica para a cultura brasileira.[185] Com o poema urbano "Pauliceia desvairada", Mário de Andrade estabeleceu o movimento modernista no Brasil.[186] O romance Macunaíma, com a sua abundância de folclore brasileiro, representa o ápice da prosa nacionalista no modernismo através da criação de um anti-herói nacional. A poesia experimental de Oswald de Andrade, a prosa de vanguarda, em especial o romance "Serafim Ponte Grande" (1933), e manifestos provocativos que exemplificavam a quebrar do movimento com a tradição.[187] Artistas e escritores modernistas escolheram o Teatro Municipal de São Paulo para lançar seu manifesto modernista. O local passou a ser um bastião da cultura europeia com a Ópera e apresentações de música clássica trazidas da Alemanha, França, Áustria e Itália. Foi importante para eles escolher o Teatro Municipal como ponto de partida, porque a alta sociedade que frequentava o local negavam suas raízes brasileiras por falar línguas como o francês apenas na casa de ópera. Além disso, os frequentadores se comportavam como se o resto do Brasil, e a própria cultura brasileira, não importasse ou não existisse. Ambos os autores foram influentes escritores da escola modernista: Mário de Andrade e Oswald de Andrade.
Museus
O Museu Paulista.
Ver página anexa: Museus da cidade de São Paulo
Por ter feito parte da história política e econômica do Brasil, São Paulo é praticamente um museu a céu aberto, com bairros e edifícios de incalculável valor histórico. A cidade possui uma enorme variedade de museus e galerias de arte, que possuem acervos dos mais variados estilos, da arte sacra a moderna, além de curiosidades sobre ciência, política, religião, entre outros temas. Entre os museus mais famosos da cidade estão Museu de Arte de São Paulo (MASP), o Museu do Ipiranga, o Museu de Arte Sacra, o Museu da Língua Portuguesa, a Pinacoteca do Estado de São Paulo, entre outras instituições de renome. Também abriga um dos cinco maiores parques zoológicos do mundo, o Parque Zoológico de São Paulo.[188]
Música
Sala São Paulo, localizada na Estação Júlio Prestes, a maior sala de concertos da cidade.
Teatro Municipal de São Paulo.
A cidade tem uma cena musical fervilhante, com diversas vertentes musicais sendo representadas. No samba, a cidade possui nomes de renome como Adoniran Barbosa, cujos sucessos mais lembrados são Saudosa Maloca e Trem das Onze, e os Demônios da Garoa, grupo de samba da década de 1940 ainda em atividade considerado o "Conjunto Vocal Mais Antigo do Brasil em Atividade".[189]
O município foi o berço de várias bandas de rock nas décadas de 1960, 1970 e 1980, como os Os Mutantes, uma banda de rock psicodélico que liderou o caminho no cenário musical da música experimental, cujo sucesso é por vezes relacionado com o de outros músicos da Tropicália, mas com um estilo musical e ideias próprias. No final do governo militar no início dos anos 1980 a banda Ultraje a Rigor surgiu na cidade. Eles jogaram um estilo simples e irreverente do rock. As letras representavam as mudanças na sociedade e na cultura que não apenas São Paulo, mas em toda a sociedade brasileira.
As cenas pós-punk e garagem tornaram-se fortes na década de 1980, talvez associada com o cenário sombrio de desemprego e de poucas perspectivas reais do ponto de vista da juventude da época. Exemplos de bandas provenientes deste movimento incluem Ira!, Titãs, Ratos de Porão e Innocentes. Na década de 1990, drum & bass tornou-se um outro movimento musical em São Paulo, com artistas como DJ Marky, DJ Patife, XRS, Drumagick e Fernanda Porto.[190] Muitas bandas de heavy metal também se originaram na cidade, como Angra, Torture Squad, Korzus e Dr. Sin. Muitas culturas "alternativas" de São Paulo se misturam em um pequeno shopping apelidado de Galeria do Rock, que inclui lojas que atendem a uma ampla gama de nichos alternativos. Em 2011, foi confirmada a versão brasileira do festival Lollapalooza, que será sediada no Jockey Club paulistano nos dias 7 e 8 de abril de 2012.[191][192]
Por seu aspecto urbano, a cidade cada vez mais se renova musicalmente, aceitando os diversos ritmos musicais oriundos de todas as partes do país. São Paulo também é um dos principais centros de música erudita do Brasil, sendo local de nascimento de compositores internacionalmente reconhecidos como Osvaldo Lacerda e Amaral Vieira, e palco durante o ano todo de apresentações de concertos e óperas em suas diversas salas, como a Sala São Paulo, o Teatro Municipal de São Paulo (palco da Semana de Arte Moderna de 1922, considerada marco de início da arte moderna no Brasil), o Teatro São Pedro e o Teatro Alfa. A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) é considerada o melhor conjunto sinfônico da América Latina.[193]
A cidade também é muito influente no movimento hip-hop (break, grafite e rap), sendo que, no Brasil, os maiores expoentes dessa vertente cultural estão em São Paulo e seu entorno. Também é forte a presença da música eletrônica, com diversas raves e festas, como o Skol Beats, Nokia Trends, Spirit of London, entre outras.
Esportes
Grande Prêmio do Brasil de 2007 no Autódromo de Interlagos.
A cidade sedia eventos esportivos de importância nacional e internacional, como o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, realizado no Autódromo de Interlagos, o São Paulo Indy 300, evento que faz parte da IndyCar Series e é realizado no Circuito Anhembi,[194][195] e o Aberto de São Paulo de Tênis, realizado no Complexo de Tênis do Parque Villa-Lobos. Também realiza-se na cidade a tradicional Corrida de São Silvestre, prova pedestre disputada desde 1925, todo dia 31 de dezembro, pelas ruas do centro. Entre as corridas de rua tradicionais, destacam-se, também, as provas São Paulo Classic, com cerca de 12 mil participantes[196] e Run Américas com 25 mil participantes[197] em São Paulo num evento que acontece simultaneamente em diversas cidades da América Latina: São Paulo, Lima, Caracas, Bogotá, Cidade do México, Santiago e Buenos Aires num evento que no total reúne 120 mil pessoas nessas 9 cidades.
São Paulo foi sede de Jogos Pan-Americanos de 1963, uma das sedes do Mundial Interclubes de 2000 e recebeu jogos da Copa do Mundo FIFA de 1950. Também foi sede do Campeonato Mundial de Basquetebol Feminino da FIBA em 1983 e 2006, de Vôlei Feminino em 1994, de uma das etapas do Concurso Mundial de Saltos da FEI (Federação Equestre Internacional) em 2007 e será cidade-sede dos jogos da Copa do Mundo FIFA de 2014.
Fotografia aérea do Jockey Club de São Paulo.
A cidade conta também com um Jockey Club, onde a primeira corrida aconteceu em 29 de outubro de 1876, no Hipódromo da Mooca, na rua Bresser. Com dois cavalos inscritos na primeira corrida, Macaco e Republicano, inauguraram as raias instaladas nas colinas da Mooca. Republicano era o favorito, mas Macaco levou o Primeiro Prêmio da Província.
O município é sede de três grandes clubes brasileiros de futebol: Corinthians, Palmeiras (fundado por italianos) e São Paulo FC. Além do chamado "Trio de Ferro", ainda conta com outras agremiações futebolísticas, como a Portuguesa de Desportos, o Juventus e o Nacional.
A cidade conta com quatro grandes estádios:
Morumbi, do São Paulo FC, o maior estádio de futebol de São Paulo, com capacidade para 73 501 pessoas;[198]
Pacaembu, estádio municipal, onde jogam todos times paulistas, com destaque para o Corinthians, com capacidade para cerca de 37 mil pessoas;[198]
Estádio Universitário, da USP, com capacidade para cerca de 30 mil pessoas;[198]
Estádio Palestra Itália, da S.E. Palmeiras com capacidade para 28 599 pessoas e que passa atualmente por reforma para ampliação;[198]
Estádio do Canindé, da Portuguesa de Desportos, à beira do rio Tietê, com capacidade para 19 717 pessoas.[198]
Novo estádio do Sport Club Corinthians Paulista (em construção) do Corinthians Paulista, localizado em Itaquera, zona leste da cidade, com capacidade planejada para 48 mil pessoas[199]
Além destes, conta com estádio menores como o Estádio Conde Rodolfo Crespi - popularmente conhecido como Estádio da Rua Javari - (do Clube Atlético Juventus), o Estádio Nicolau Alayon (do Nacional) e o Parque São Jorge (do Corinthians). Conta também com diversos ginásios de Vôlei e Basquete (Ibirapuera, Esporte Clube Pinheiros, Clube Hebraica e Paulistano), quadras de tênis, e muitas outras arenas esportivas, como o Estádio do Ibirapuera, destinado ao atletismo.
Panorama do interior do Estádio do Pacaembu.
Panorama do interior do Estádio do Morumbi.
Ver também
Portal A Wikipédia possui o
Portal da cidade de São Paulo.
Portal A Wikipédia possui o
Portal de São Paulo
Bandeira da cidade de São Paulo
Brasão da cidade de São Paulo
Bolsa de Valores de São Paulo
Centro Histórico de São Paulo
Cidades globais
Centro de São Paulo
Favelas na cidade de São Paulo
Lista de arranha-céus em São Paulo
Parques da cidade de São Paulo
Lista das cidades mais populosas do mundo
Marco zero da cidade de São Paulo
Lista de cidades por PIB
Lista dos cem municípios mais populosos do Brasil
Natal na cidade de São Paulo
Região Metropolitana de São Paulo
Complexo Metropolitano Expandido
Megalópole Rio-São Paulo
Paulistas da cidade de São Paulo
Lista dos municípios de São Paulo por área
São Paulo
Subprefeituras do município de São Paulo
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