sábado, 14 de janeiro de 2012

Papa lembra a Mario Monti a situação social "difícil" e "quase insolúvel" de Itália


O papa Bento XVI disse hoje, perante o primeiro-ministro Mario Monti, que a situação social "difícil" e "quase insolúvel" de Itália torna necessário um compromisso para a recuperação da economia do país, disseram fontes citadas pela France Presse.

Esta foi a primeira vez, desde que assumiu o novo governo italiano em novembro, que Mario Monti, um católico praticante, foi recebido em audiência pelo sumo pontífice. No início da audiência, na presença de alguns jornalistas, o papa e o primeiro-ministro sentaram-se frente a frente para debater a situação de crise em Itália. Bento XVI elogiou o seu anfitrião e disse que Monti "começou bem, mas numa conjuntura muito difícil, quase insolúvel".

Mario Monti concordou e afirmou ser "importante olhar para os sinais com determinação" perante os mercados financeiros. Segundo um comunicado da Santa Sé, no "encontro cordial" entre o chefe do governo italiano e o papa foi abordado "o compromisso do governo sobre a a situação social e a contribuição da Igreja na vida do país".

Abordaram ainda a Europa e a situação política do sul do Mediterrâneo e a proteção das minorias religiosas em diferentes regiões do mundo, refere o comunicado. "As duas partes confirmaram sua vontade de continuar a sua cooperação construtiva a nível bilateral e a da comunidade internacional", concluiu.

A nomeação de Mario Monti para primeiro-ministro de Itália em novembro, assim como outros membros católicos do governo, foi muito apreciado pela Santa Sé. As relações entre o Vaticano e Itália estavam significativamente degradadas com Silvio Berlusconi devido aos vários escândalos que envolveram o anterior primeiro-ministro.

No seu discurso ao corpo diplomático, na segunda-feira passada, o papa disse que esperava que as relações entre a Igreja e o Estado de Itália fossem "um exemplo". "Espero que a Itália continue a promover uma relação equilibrada entre a Igreja e o Estado, de forma a que constitua um exemplo para outras nações", afirmou.

O governo italiano pretende rever o acordado com o episcopado italiano relativamente ao imposto imobiliário, isenção fiscal a muitas propriedades da Igreja, e atividades comerciais, prosseguindo simultaneamente a outros fins não lucrativos.

Uma parte dos italianos diz que a Igreja tem muitos privilégios num período de austeridade, mesmo cumprindo muitas funções sociais, como educação e saúde.

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