Cerca de 300 palestinianos com cidadania israelita protestaram, esta segunda-feira, na Galileia, no norte de Israel, contra um ataque a uma mesquita destruída por um fogo esta madrugada alegadamente provocado por colonos israelitas.
foto ANCHO GOSH/JINIPIX/AFP
Violentos protestos na sequência de incêndio numa mesquita em Israel
"Elevámos o nível de alerta no norte [de Isreael] para evitar que haja problemas na zona. Esta manhã, registaram-se distúrbios entre a população [árabe] de Tuba e da localidade de Rosh Pina, nas quais os manifestantes atiraram pedras a agentes da polícia e queimaram pneus", disse à Efe o porta-voz da polícia israelita, Miki Rosenfeld.
O mesmo responsável explicou que os distúrbios se seguiram aos "danos causados na madrugada numa mesquita onde um grupo de suspeitos pegou fogo aos tapetes" e deixou marcas nas paredes.
A polícia negociou com os líderes árabes na tentativa de acalmar os ânimos e iniciou uma investigação com vista a apurar as causas do ataque contra a mesquita no norte do país embora não tenha, até ao momento, efectuado qualquer detenção.
As forças de segurança recorreram, entre outros, a gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes, indignados com o ataque ao centro de culto, sobre cujos muros apareceram pintadas expressões como "vingança" e "etiqueta de preço".
O ataque contra a mesquita enfureceu o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que acusou "colonos israelitas" pelo incêndio que destruiu uma mesquita numa vila beduína no norte do país. "As imagens são chocantes e indignam o Estado de Israel", disse, citado num comunicado oficial.
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