terça-feira, 4 de outubro de 2011

Brasil fará o possível para não sofrer impacto da crise europeia, diz Dilma


Em viagem oficial a Bruxelas, Dilma Rousseff criticou o uso excessivo de medidas de austeridade para combater a crise econômica nos países industrializados. A ameaça de recessão na Europa é um dos principais assuntos que serão discutidos nesta terça-feira da Cúpula Brasil-União Europeia, na sede do Conselho Europeu.

Durante a Cúpula, serão analisadas as parceiras entre a União Europeia e o Brasil, diante da ameaça de recessão no continente. Uma prévia das discussões que devem dominar as reuniões do G-20 em novembro, que acontece em Cannes, na França. Em uma declaração à imprensa nesta segunda-feira, depois de se reunir com o primeiro-ministro belga Yves Leterme, Dilma também disse que o Brasil está tomando todas as providências para diminuir o impacto de uma crise na economia do país e alertou para a política de cortes radical que vem sendo defendida por alguns dirigentes europeus. "E nossa crença que os governos dos países devem agir no interesse de seus povos e garantir que eles não sofram de forma grave o desemprego e a redução de suas conquistas sociais", disse.

Dilma Rousseff critica o uso excessivo de medidas de austeridade.

03/10/2011

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Para a presidente, "o Brasil faz parte de uma região do mundo que nos anos 80 e 90 sofreu um processo de estagnação econômica e pela nossa experiência podemos dizer que ajustes extremamente recessivos só aprofundaram o processo de estagnação, de perdas de oportunidades e de desemprego", declarou. "Dificilmente se sai da crise sem aumentar o consumo, o investimento e o nível de crescimento da economia", completou.

Além da crise econômica, o desenvolvimento sustentável e as negociações de paz entre Israel e Palestina devem dominar os debates. Recentemente, o Parlamento Europeu reconheceu a legitimidade do pedido de adesão do estado Palestino à ONU, feito no dia 23 de setembro. O Brasil, que apoia a solicitação feita pelo presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas, espera assim conhecer melhor a posição comum dos países europeus em relação à questão. Os europeus por enquanto estão divididos entre a proposta do Quarteto para o Oriente Médio, que defende um acordo de paz no prazo máximo de um ano, e a sugestão de conceder um status de estado observador para a Palestina, defendida por países como a França.

Durante o encontro, a presidente também deverá assinar com o presidente da Comissão Europeia, Manuel Durão Barroso, e o do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, um plano de ação conjunta nos próximos dois anos entre o bloco europeu e o Brasil. Na ocasião, também deverão ser assinados tratados de cooperação, nas áreas de cultura, turismo e políticas espaciais. Na reunião bilateral com o premiê belga Yves Leterme, a presidente Dilma Rousseff explicou que é do interesse do país a participação de empresas belgas em processos de seleção de satélites espaciais, "em especial o satélite geoestacionário, que o Brasil deve solicitar ainda neste ano."

Ainda nesta terça-feira, a presidente será recebida pelo rei Alberto II e a esposa, a rainha Paola, fará o discurso de encerramento do Fórum Empresarial Brasil União Europeia, e também participará da abertura do Europália, o maior festival de cultura brasileira da Europa.

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