quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Diretora do FMI fala sobre novo momento crítico da crise financeira


A nova líder do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse nesta quinta-feira que a economia mundial entrou em um novo momento de perigo. A declaração foi feita durante o primeiro grande pronunciamento da francesa à frente do órgão, em Washington.

Ela afirmou que na medida em que a atividade global desacelera, os riscos econômicos aumentam. Ela lembrou ainda os exatos três anos da falência do banco de investimentos Lehman Brothers enquanto disse que sem uma determinação coletiva, a confiança nos mercados mundiais não vai voltar.

A diretora do FMI afirmou que os países da zona do euro e os Estados Unidos devem deixar de lado a indecisão política e agir rapidamente para que uma nova recessão possa ser evitada. Segundo ela, o alto nível de dívidas incomoda tanto os bancos da Europa como a população dos EUA. "O fraco crescimento aliado à fragilidade das contas públicas impulsionam uma crise de confiança que acaba retendo a demanda, os investimentos de criação e empregos".

Para Lagarde, foi figurado um círculo vicioso de preocupações em uma inflação inercial provocada pela indecisão de líderes e por uma disfunção na política.

Sobre os Estados Unidos, a diretora disse que diante da alta taxa de desemprego, prejuízos e temor de uma nova recessão, o plano apresentado por Barack Obama para a criação de novos empregos é bem-vindo. Na semana passada, Obama propôs um plano de US$ 447 bilhões (cerca de R$ 765 bilhões) para combater o desemprego nos Estados Unidos. O projeto ainda tem que passar por aprovação do Congresso e da Câmara.

Lagarde afirmou que apesar do plano ser uma boa opção, é fundamental que as autoridades possam esclarecer seus projetos de médio prazo para que coloque a dívida pública em uma trajetória sustentável.

Países em emergência

Lagarde disse que caso haja um fracasso em reequilibrar a economia mundial, os danos vão afetar a todos. "Os mercados emergentes não vão escapar", afirmou. A diretora do FMI apontou o plano dos "quatro Rs" para abordar os problemas da economia mundial. São eles: reequilibrar, reparar, reformar e reconstruir.

Para que haja um reequilíbrio, Lagarde contou que deve haver uma mudança na demanda global de países com déficit externo para outros com superávit. "Com menor gasto e mais poupança nas economias avançadas, mercados emergentes cruciais deverão preencher o espaço e começar a fornecer a demanda necessária para alimentar a recuperação global", analisou.

No Brasil, a constante entrada de capital estrangeiro vem se tornando uma das maiores preocupações. A valorização provocada do real frente ao dólar faz com que os produtor nacionais percam competitividade nas exportações.

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