terça-feira, 2 de agosto de 2011

Medidas cambiais não impedem investimento estrangeiro, diz Tombini


O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse nesta quarta-feira que o Brasil continuará atraindo investimentos, apesar das medidas publicadas para conter o fluxo de capitais e assim tentar evitar a desvalorização do dólar ante o real. "O investimento estrangeiro responde a fatores estruturais, condições de longo prazo que não são afetadas por essa medida. (As novas regras), inclusive, tornam o Brasil ao longo do tempo um paradeiro mais seguro para o investimento produtivo", declarou Tombini, que participou de uma palestra na Escola Superior de Guerra, no Rio de Janeiro. "O Brasil continua sendo um país receptivo aos investimentos diretos estrangeiros", acrescentou.

O presidente do BC disse que o órgão continuará atuando para mitigar possíveis riscos para a economia brasileira provenientes da entrada excessiva de capitais. "O Banco Central tem agido no sentido de conter os possíveis desdobramentos, possíveis riscos que uma entrada – quer seja de fluxos, quer de posições na moeda brasileira – pode representar. Então, tem agido no sentido de conter esses fluxos, atuando sobre as posições vendidas dos bancos", afirmou Tombini.

O ministro fez questão de frisar que o governo está atento aos riscos existentes no cenário internacional e que poderiam afetar o país. "Num momento em que as condições internacionais iniciarem uma normalização, tanto no setor monetário quanto financeiro, não teremos surpresas no país. Então, nós temos atuado e continuaremos a atuar, quando for o caso, para reduzir, mitigar esses riscos potenciais à economia brasileira. A economia brasileira sai mais forte com essa medida", tranquilizou.

Dívida dos EUA – O presidente do BC disse nesta quinta-feira que tem acompanhado os riscos de um possível rebaixamento da nota de classificação de risco de crédito dos Estados Unidos, mas que acredita que a discussão sobre a elevação do teto da dívida americana será resolvida, sem impactos maiores sobre a economia mundial e sobre o Brasil.

"Nós estamos entendendo que essa questão será resolvida a tempo, no sentido de que não haja interrupção no pagamento da dívida americana. Essa é a visão do Banco Central, é a visão do Brasil. Obviamente, que acompanhamos a situação com atenção e veremos aí os desdobramentos nos próximos dias. Mas a nossa conclusão hoje é de que a situação será superada", afirmou Tombini.

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