terça-feira, 16 de agosto de 2011

Fitch mantém nota máxima para dívida americana



A agência Fitch mantém a nota máxima ao crédito dos Estado Unidos e acredita que a economia do país se manterá estável. A decisão traz alívio a economia do país que estava sob pressão desde que a Standard & Poor's baixou a nota a mais de uma semana.

Em nota para agência Reuters, a Fitch falou que a reafirmação da nota "AAA" para a dívida dos EUA reflete o bom nível de crédito do país, ajudando a continuarem intactos. "A flexibilidade a nível monetário e de câmbio dos EUA contribui para aumentar a capacidade da economia de absorver e de se ajustar a choques", disse a Fitch ainda em nota.

Esta decisão da nota máxima para a dívida pública americana dá estabilidade ao país, mas a Fitch faz ressalvas de que podem haver mudanças na avaliação.

A notícia dá um tom otimista ao mercado e Bolsas de Valores em todo o mundo, que com a queda das notas da agência Standard & Poor's, uma das três agências americanas de notação financeira, provocou um colapso no mercado financeiro no mundo todo.

O anúncio da Fitch não impediu a bolsa de Nova York abrir em queda, nesta terça. O índice Dow Jones recuava de 0,58% para 11417,74 pontos, e a Nasdaq de 0,76% para 1195,39 pontos. O motivo dessa queda foi a contração do crescimento da economia alemã, seguido da França e dos EUA, reforçando os receios de investidores na economia global.

AA”, o novo clube do rating dos Estados Unidos
Os Estados Unidos deram adeus ao exclusivo clube dos países com o rating “AAA” e agora faz parte de um grupo que possui a nota de classificação de risco no nível “AA”, que conta com a participação, entre outros, da Bélgica e da Nova Zelândia.
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As portas foram fechadas na sexta-feira (5), quando a Standard and Poor’s rebaixou a nota de AAA para AA+, com perspectiva negativa. A agência mostrou preocupação com o ambiente político após as discussões no Congresso que quase levaram o país a dar calote em sua dívida.

Os partidos republicano e democrata deixaram para o último dia a aprovação do aumento do limite de endividamento do país, que foi elevado em 2,1 trilhões de dólares. O Congresso ainda anunciou cortes de gastos no valor de 2,4 trilhões de dólares. Mesmo assim, o estrago político já estava feito.

Segundo a S&P, o plano de consolidação fiscal não atinge o que seria necessário para estabilizar a dinâmica da dívida no médio prazo. “O rebaixamento reflete a nossa opinião de que a efetividade, estabilidade e previsibilidade da formação de políticas e das instituições políticas americanas se enfraqueceram em um momento de desafios econômicos e fiscais para um degrau além do que visionamos”, mostra o comunicado publicado na sexta-feira.

Para as agências Moody's e Fitch, os EUA continuam com a melhor classificação possível da dívida.

O novo clube dos EUA (pela S&P):

"AA", o novo clube dos EUA
EUA AA+ Eslovênia AA
Bélgica AA+ Espanha AA
Nova Zelândia AA+ Arábia Saudita AA-
Bermudas AA Taiwan AA-
Abu Dabi AA China AA-
Kuwait AA Japão AA-
Catar AA

O “AAA”, agora ainda mais exclusivo (Fitch, Moody's e S&P):
O clube AAA
Alemanha Finlândia Noruega
Austria França Reino Unido
Canadá Holanda Singapura
Dinamarca Luxemburgo Suécia
Suíça

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