terça-feira, 2 de agosto de 2011
Cervejaria japonesa Kirin compra a Schincariol
É verão no Japão, o setsuden (racionamento de eletricidade) está a toda e fabricantes japonesas de bebidas estão sedentas — por aquisições.
Na terça-feira, a Kirin Holdings Co. anunciou que vai pagar cerca de US$ 2,56 bilhões por todas as ações em circulação da brasileira Aleadri-Schinni Participações e Representações S.A., que detém 50,45% do Grupo Schincariol, dono da marca de cerveja Nova Schin. A Schincariol também fabrica refrigerantes.
O mercado brasileiro de cerveja é o terceiro maior do mundo, depois do chinês e do americano. E a Kirin vem trilhando o caminho das compras há um tempo, com o crescimento no mercado interno estagnado e o iene valorizado tornando atraentes aquisições no exterior (embora tenha sido frustrada a tentativa de fusão com a japonesa Suntory Holdings Ltd.).
No ano passado, a Kirin comprou 14,6% da Fraser & Neave Ltd., de Cingapura; por meio da divisão Lion Nathan Ltd., pagou US$ 64 milhões por um punhado de rótulos de vinho neozelandês da francesa Pernod Ricard SA, segundo a Dealogic. A Kirin comprou a cervejaria australiana Lion Nathan em 2009 e tem uma participação de 48% na filipina San Miguel Brewery Inc.
Além disso, está em vias de formar uma joint venture com a China Resources Enterprise Ltd. pela qual a Kirin levará uma participação de 40% na divisão de refrigerantes da chinesa por US$ 400 milhões.
O acordo com a Schincariol é a terceira maior aquisição já efetuada no exterior por uma empresa japonesa do setor de bebidas e a segunda maior aquisição nipônica na América Latina de todos os tempos, segundo dados da Dealogic. E leva o total de fusões e aquisições de japonesas fora do país para US$ 46,7 bilhões até esta altura do ano, mais do que o dobro do ano anterior.
Segundo a Euromonitor, nos últimos anos a Schincariol vem lentamente perdendo mercado para a Anheuser-Busch InBev NV. O acordo com a Kirin permitiria que investisse na proteção de sua fatia do mercado brasileiro. E, embora analistas acreditem que a Kirin esteja pagando caro, é um preço que a japonesa está disposta a pagar para fincar o pé em mercados emergentes em crescimento acelerado.
"Se o acordo custou caro ou não vai depender dos resultados lá na frente, mas à primeira vista parece, sim, caro", disse Takuya Yamada, gerente sênior de carteira da ITC Investiment Partners, à Dow Jones Newswires. "O acordo é outra prova da campanha incessante da empresa para virar uma fabricante mundial de bebidas por meio de fusões e aquisições".
A Asahi Breweries Ltd. gastou mais de US$ 2 bilhões no últimos dois anos em aquisições, incluindo a da Schweppes, divisão do braço australiano da Cadbury PLC, e a de 20% da Tsingtao Brewery Co. A Sapporo Holdings Ltd., também já indicou que pretende ir às compras na América do Norte — depois de ter selado um pacto com a fabricante nacional de refrigerantes Pokka Inc. este ano.
E não pára por aí. Como informa o WSJ, a Asahi disputa com a Suntory para ver quem fica com a Independent Liquor Ltd., da Nova Zelândia; já o destino da Foster's Group Ltd. segue indefinido.
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