A Casa Branca já avisou nesta terça-feira que irá vetar a proposta dos republicanos para a elevação em duas fases do teto da dívida pública americana, caso ela seja aprovada pelo Congresso, em um novo gesto de confronto entre os dois grandes partidos dos Estados Unidos a apenas uma semana de expirar a data limite de 2 de agosto.
"A Administração se opõe frontalmente à aprovação desta medida (...) Se for apresentada ao presidente, o conselho de assessores recomendará que ela seja vetada", informa um breve comunicado do Escritório de Orçamentos da Casa Branca.
Esta foi a reação do Executivo americano ao anúncio do republicano John Boehner, presidente da Câmara de Representantes, que tentará submeter a votação nesta quarta-feira seu plano de duas fases, que busca uma redução de US$ 3 trilhões na próxima década e exigiria um novo debate no início de 2012 - ano eleitoral.
A advertência da Casa Branca reafirma a distância entre republicanos e democratas nas complicadas negociações diante da necessidade urgente de se elevar o teto da dívida pública dos EUA, atualmente de US$ 14,29 trilhões. Caso não haja acordo até o dia 2 de agosto, este teto será atingido e o país entrará em moratória parcial.
Na segunda-feira o presidente americano, Barack Obama, reconheceu que as negociações estavam "bloqueadas" e advertia para uma "profunda" crise econômica caso não haja acordo entre as partes.
Previamente, em sua entrevista coletiva diária, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, indicou que "ainda há margem" para negociações, mas que "ambas as partes terão de ceder" para se chegar a um acordo que permita elevar o teto de dívida e, assim, evitar a moratória.
"O tempo se esgota. Portanto, embora continuemos confiantes, também entendemos a ansiedade, já que estamos levando isto até o último minuto e este não deveria ser o caso. Mas, ao final, o Congresso agirá de maneira apropriada", acrescentou Carney.
Para ser aprovado, o plano deve receber pelo menos 60 votos no Senado, que, embora seja de maioria democrata, só conta com 53 senadores desse partido. Além disso, ele deve ser aprovado na Câmara de Representantes, dominada pelos republicanos.
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