Em uma cerimônia em uma base aérea de Kandahar, principal cidade do sul do país – e também uma das mais violentas –, o chefe das forças operacionais canadenses, general Dean Milner, transmitiu o comando das zonas que eram de sua responsabilidade para o Exército americano.
“Embora ainda reste trabalho, nós somos extremamente orgulhosos do que fizemos”, declarou. A maioria dos 3 mil soldados já deixou o país e os cerca de 350 que sobraram retornarão no máximo até o final do ano ao Canadá. A decisão de dar um fim à missão havia sido tomada em 2008.
Cerca de 950 instrutores militares canadenses permanecerão, entretanto, no Afeganistão. Eles vão treinar o Exército afegão no norte do país.
Operação da Otan mata civis
Pelo menos 13 civis foram mortos nesta quinta-feira em bombardeios aéreos da Otan no Afeganistão, em uma casa a oeste do país. A organização militar internacional admitiu ter a morte “não intencional” de membros da família de insurgentes afegãos, que eram o alvo da operação.
O governo da província afegã foi até o local para constatar os fatos e disse que oito mulheres, quatro crianças e um homem estão entre as vítimas. Os corpos do comandante da rede Haqqani, o principal grupo insurgente talibã na região, e três de seus militantes também foram encontrados.
De acordo com a Otan, os bombardeios foram necessários após os talibãs começarem a reagir a um ataque por terra, com fuzis e morteiros. Em represália ao “incidente” – como a Otan se referiu às mortes dos civis –, manifestantes bloquearam a estrada que liga a capital da província à Cabul, capital do Afeganistão.
Somente no ano passado, mais de 2,7 mil civis afegãos foram mortos pela Otan, que atribui as mortes aos insurgentes que enfrentam as forças ocidentais no país.
O Canadá terminou oficialmente hoje sua missão de combates no Afeganistão, onde ainda tinha 3 mil soldados. Desde 2002, quando ingressou na coalizão que invadiu o país para combater o terrorismo, 157 militares canadenses perderam a vida e 11 bilhões de dólares foram gastos em operações.
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