quarta-feira, 27 de julho de 2011

Após medidas do governo, dólar fecha em alta após 6 quedas A moeda terminou o dia vendida a R$ 1,559, com ganho de 1,35%


O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (27), no primeiro dia de ganhos frente ao real após seis pregões seguidos de baixa, quando atingiu as menores cotações em 12 anos. A moeda terminou o dia vendida a R$ 1,559, com ganho de 1,35% sobre o fechamento da véspera.

A alta veio em reação às medidas para conter a queda da moeda publicadas nesta quarta-feira (27) no Diário Oficial da União (DOU).

Segundo operadores de mercado, a alta da moeda norte-americana é reação inicial típica a qualquer medida que pode influenciar a cotação do dólar, uma vez que o mercado sempre precisa de tempo para fazer uma leitura melhor de novas regras.

O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (27), no primeiro dia de ganhos frente ao real após seis pregões seguidos de baixa, quando atingiu as menores cotações em 12 anos. A moeda terminou o dia vendida a R$ 1,559, com ganho de 1,35% sobre o fechamento da véspera.

A alta veio em reação às medidas para conter a queda da moeda publicadas nesta quarta-feira (27) no Diário Oficial da União (DOU).

Segundo operadores de mercado, a alta da moeda norte-americana é reação inicial típica a qualquer medida que pode influenciar a cotação do dólar, uma vez que o mercado sempre precisa de tempo para fazer uma leitura melhor de novas regras.

Os derivativos são instrumentos financeiros cujo preço de negociação é baseado no preço futuro de algum outro ativo, como ações, câmbio ou juros. Investidores utilizam esse instrumento em diversas formas no mercado financeiro: uma delas funciona como se fosse um seguro de preço e tem como objetivo proteger o investidor contra variações de taxas, moedas ou preços.

Para ter proteção contra as variações do câmbio, por exemplo, os investidores podem optar por uma operação de derivativos. No caso de empresas, esse tipo de derivativo cambial busca proteger as exportações contra a desvalorização excessiva do dólar.

"Estão apostando que o dólar vai se desvalorizar e ganham quando isso acontece. É como se exercessem uma pressão vendedora. Estávamos com US$ 24 bilhões vendidos no mercado futuro [de câmbio]. O pessoal nem colocou o dinheiro [depositou apenas a margem da operação], mas é como se estivesse vendendo dólar. Estamos estabelecendo um IOF sobre a posição vendida que ultrapassar a posição comprada. A medida atrapalha a especulação", declarou Mantega.

Rendimento menor no mercado futuro
De acordo com o ministro da Fazenda, a taxação do IOF, anunciada hoje, retira parte da rentabilidade dos derivativos (operações no mercado futuro) que apostam na queda do dólar.

"Aquelas que estiverem com posição vendida maior do que comprada, pagarão 1% pela margem a maior sobre o valor que a gente chama nocional. A taxação é de 20% da operação sobre o possível ganho que ele possa a ter. Estaremos cobrando um pedágio das posições vendidas em excesso. Vamos tirar uma parte da rentabilidade das operação, diminuindo essa margem. Esperamos que haja não valorização do real, ou que tenha desvalorização", explicou o ministro da Fazenda.

Operações de 'hedge'
Segundo Mantega, a sobretaxa que está sendo implementada nesta quarta-feira não atinge, porém, as operações de proteção contra as variações de preço em cada atividade econômica - chamadas de "hedge" - usadas contra as flutuações do dólar nas operações de comércio exterior. Neste caso, explicou ele, o valor da aposta em queda do dólar (posição vendida ) não é maior do que a outra ponta da operação - na posição comprada.

"Tem empresas que fazem seguro, hedge. São operações casadas. Neste caso, não sofrerão nenhuma taxação. Já aquelas instituições que estiverem com posição vendida maior do que comprada, pagarão 1% pela margem a maior sobre o valor que a gente chama nocional", explicou o ministro.

Outra medida
Além disso, o governo publicou Medida Provisória no Diário Oficial que permite a taxação em até 25% operações de derivativos feitas por investidores brasileiros e estrangeiros no país. A medida, que entra em vigor hoje, foi anunciada após o dólar recuar pelo sexto dia seguido, e fechar abaixo de R$ 1,54 - o menor patamar em mais de 12 anos.

"Não há mudança de regras, por enquanto. De acordo com a necessidade, estaremos tomando as medidas", declarou Mantega sobre esta outra publicação que dá mais poderes ao Conselho Monetário Nacional (CMN).

Segundo ele, entretanto, o governo poderá exigir uma margem maior de operações no mercado futuro, caso julgue necessário. Atualmente, segundo ele, os bancos, ou empresas, têm de depositar somente de 5% a 6% o valor da operação total do mercado futuro - a chamada "margem".

Dólar baixo
As medidas do govern visam conter a queda do dólar, fator que torna as exportações mais caras e as compras do exterior mais baratas. Com isso, as empresas brasileiras perdem competitividade tanto no mercado interno (competição com importados mais baratos) quanto externo - nas vendas de seus produtos lá fora. Por outro lado, torna as viagens de turismo no exterior mais baratas. Com o dólar baixo, os gastos de brasileiros lá fora bateram recorde no primeiro semestre deste ano.

Histórico de medidas
Para tentar conter a queda do dólar, o BC anunciou várias medidas nos últimos meses. Em julho, já havia anunciado uma norma para baixar a posição vendida dos bancos no mercado de câmbio de cerca de US$ 15 bilhões para US$ 10 bilhões, estimulando os bancos a comprarem dõlares. No começo de 2011, o Banco Central já havia anunciado medida semelhante.

Antes disso, em outubro do ano passado, o Ministério da Fazenda anunciou a elevação do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações de estrangeiros em renda fixa no país de 2% para 4%. No mesmo mês, subiu de novo o tributo para 6%, e estendeu sua cobrança às operações no mercado futuro (derivativos).

A autoridade monetária também anunciou, no começo de 2011, que voltaria a atuar com contratos de "swap cambial reverso" - operações que equivalem à compra de divisas no mercado futuro, e assim procedeu nas últimas semanas. A decisão que foi aplaudida pelo ministro Guido Mantega, uma vez que as aquisições no mercado futuro contribuem para uma queda menor, ou aumento do dólar, no mercado à vista.

Além disso, o governo também já autorizou, embora ainda não tenha utilizado este instrumento, a possibilidade de o fundo soberano brasileiro comprar moeda norte-americana nos mercados à vista e, também futuro.

O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (27), no primeiro dia de ganhos frente ao real após seis pregões seguidos de baixa, quando atingiu as menores cotações em 12 anos. A moeda terminou o dia vendida a R$ 1,559, com ganho de 1,35% sobre o fechamento da véspera.

A alta veio em reação às medidas para conter a queda da moeda publicadas nesta quarta-feira (27) no Diário Oficial da União (DOU).

Segundo operadores de mercado, a alta da moeda norte-americana é reação inicial típica a qualquer medida que pode influenciar a cotação do dólar, uma vez que o mercado sempre precisa de tempo para fazer uma leitura melhor de novas regras.

O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (27), no primeiro dia de ganhos frente ao real após seis pregões seguidos de baixa, quando atingiu as menores cotações em 12 anos. A moeda terminou o dia vendida a R$ 1,559, com ganho de 1,35% sobre o fechamento da véspera.

A alta veio em reação às medidas para conter a queda da moeda publicadas nesta quarta-feira (27) no Diário Oficial da União (DOU).

Segundo operadores de mercado, a alta da moeda norte-americana é reação inicial típica a qualquer medida que pode influenciar a cotação do dólar, uma vez que o mercado sempre precisa de tempo para fazer uma leitura melhor de novas regras.

Os derivativos são instrumentos financeiros cujo preço de negociação é baseado no preço futuro de algum outro ativo, como ações, câmbio ou juros. Investidores utilizam esse instrumento em diversas formas no mercado financeiro: uma delas funciona como se fosse um seguro de preço e tem como objetivo proteger o investidor contra variações de taxas, moedas ou preços.

Para ter proteção contra as variações do câmbio, por exemplo, os investidores podem optar por uma operação de derivativos. No caso de empresas, esse tipo de derivativo cambial busca proteger as exportações contra a desvalorização excessiva do dólar.

"Estão apostando que o dólar vai se desvalorizar e ganham quando isso acontece. É como se exercessem uma pressão vendedora. Estávamos com US$ 24 bilhões vendidos no mercado futuro [de câmbio]. O pessoal nem colocou o dinheiro [depositou apenas a margem da operação], mas é como se estivesse vendendo dólar. Estamos estabelecendo um IOF sobre a posição vendida que ultrapassar a posição comprada. A medida atrapalha a especulação", declarou Mantega.

Rendimento menor no mercado futuro
De acordo com o ministro da Fazenda, a taxação do IOF, anunciada hoje, retira parte da rentabilidade dos derivativos (operações no mercado futuro) que apostam na queda do dólar.

"Aquelas que estiverem com posição vendida maior do que comprada, pagarão 1% pela margem a maior sobre o valor que a gente chama nocional. A taxação é de 20% da operação sobre o possível ganho que ele possa a ter. Estaremos cobrando um pedágio das posições vendidas em excesso. Vamos tirar uma parte da rentabilidade das operação, diminuindo essa margem. Esperamos que haja não valorização do real, ou que tenha desvalorização", explicou o ministro da Fazenda.

Operações de 'hedge'
Segundo Mantega, a sobretaxa que está sendo implementada nesta quarta-feira não atinge, porém, as operações de proteção contra as variações de preço em cada atividade econômica - chamadas de "hedge" - usadas contra as flutuações do dólar nas operações de comércio exterior. Neste caso, explicou ele, o valor da aposta em queda do dólar (posição vendida ) não é maior do que a outra ponta da operação - na posição comprada.

"Tem empresas que fazem seguro, hedge. São operações casadas. Neste caso, não sofrerão nenhuma taxação. Já aquelas instituições que estiverem com posição vendida maior do que comprada, pagarão 1% pela margem a maior sobre o valor que a gente chama nocional", explicou o ministro.

Outra medida
Além disso, o governo publicou Medida Provisória no Diário Oficial que permite a taxação em até 25% operações de derivativos feitas por investidores brasileiros e estrangeiros no país. A medida, que entra em vigor hoje, foi anunciada após o dólar recuar pelo sexto dia seguido, e fechar abaixo de R$ 1,54 - o menor patamar em mais de 12 anos.

"Não há mudança de regras, por enquanto. De acordo com a necessidade, estaremos tomando as medidas", declarou Mantega sobre esta outra publicação que dá mais poderes ao Conselho Monetário Nacional (CMN).

Segundo ele, entretanto, o governo poderá exigir uma margem maior de operações no mercado futuro, caso julgue necessário. Atualmente, segundo ele, os bancos, ou empresas, têm de depositar somente de 5% a 6% o valor da operação total do mercado futuro - a chamada "margem".

Dólar baixo
As medidas do govern visam conter a queda do dólar, fator que torna as exportações mais caras e as compras do exterior mais baratas. Com isso, as empresas brasileiras perdem competitividade tanto no mercado interno (competição com importados mais baratos) quanto externo - nas vendas de seus produtos lá fora. Por outro lado, torna as viagens de turismo no exterior mais baratas. Com o dólar baixo, os gastos de brasileiros lá fora bateram recorde no primeiro semestre deste ano.

Histórico de medidas
Para tentar conter a queda do dólar, o BC anunciou várias medidas nos últimos meses. Em julho, já havia anunciado uma norma para baixar a posição vendida dos bancos no mercado de câmbio de cerca de US$ 15 bilhões para US$ 10 bilhões, estimulando os bancos a comprarem dõlares. No começo de 2011, o Banco Central já havia anunciado medida semelhante.

Antes disso, em outubro do ano passado, o Ministério da Fazenda anunciou a elevação do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações de estrangeiros em renda fixa no país de 2% para 4%. No mesmo mês, subiu de novo o tributo para 6%, e estendeu sua cobrança às operações no mercado futuro (derivativos).

A autoridade monetária também anunciou, no começo de 2011, que voltaria a atuar com contratos de "swap cambial reverso" - operações que equivalem à compra de divisas no mercado futuro, e assim procedeu nas últimas semanas. A decisão que foi aplaudida pelo ministro Guido Mantega, uma vez que as aquisições no mercado futuro contribuem para uma queda menor, ou aumento do dólar, no mercado à vista.

Além disso, o governo também já autorizou, embora ainda não tenha utilizado este instrumento, a possibilidade de o fundo soberano brasileiro comprar moeda norte-americana nos mercados à vista e, também futuro.

Governo vai punir investidor que apostar na queda do dólar

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, falou nesta quarta-feira a respeito das novas medidas do governo para frear a queda do dólar. Uma medida provisória publicada no Diário Oficial permite a taxação em até 25% das operações de derivativos feitas por investidores brasileiros e estrangeiros no país. Segundo Mantega, a medida concede poderes adicionais para aumentar a regulamentação sobre o mercado futuro de derivativos e tem o objetivo de evitar apostas excessivas na desvalorização do dólar.

Segundo Mantega, os especuladores estão apostando que o dólar vai se desvalorizar - e lucram quando isso ocorre. " É como se exercessem uma pressão vendedora. Estávamos com 24 bilhões de dólares vendidos no mercado de câmbio futuro. O pessoal nem colocou o dinheiro, mas é como se estivesse vendendo dólar. Estamos estabelecendo um IOF sobre a posição vendida que ultrapassar a posição comprada. A medida atrapalha a especulação", explicou o ministro.

Nesta terça-feira, a moeda americana fechou em seu menor valor em mais de 12 anos, a 1,53 real. Na manhã desta quarta-feira, após a divulgação da MP, a moeda americana subia 1,23% (às 10h30) a um valor de 1,55 real.

Imposto - Mantega explicou que a medida estabelece mais impostos para o investidor que atua nesse mercado. Sobre a diferença entre a posição vendida e a posição comprada das empresas incidirá 1% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). No jargão do mercado financeiro, "estar vendido" sinaliza realização de negócios que exigem a entrega futura de dólar ou pagamento da variação cambial. Na prática, isso representa a aposta de que o real vai se valorizar. Estar "comprado", por consequência, sinaliza a expectativa de depreciação da moeda brasileira.

O ministro avalia que há excesso de dólar vendido no mercado futuro, entre 24 e 25 bilhões de dólares. "Isso valoriza o real. Por isso, o IOF incidirá sobre a posição vendida que ultrapassar a posição comprada", explicou. Mantega afirmou que o imposto será sobre a diferença das operações porque a compra do derivativo não necessariamente é especulativa.

Brecha - Mantega afirmou que o governo brasileiro também está fechando uma brecha do mercado, que estava liquidando, antes do prazo, as operações de crédito tomadas no exterior, com prazo acima de 720 dias para fugir do pagamento de IOF. A partir de agora, as liquidações antecipadas também pagarão 6% do imposto. "Quem liquidar a operação antes do tempo, vai ter de pagar IOF", afirmou. "Isso é um aperfeiçoamento da medida anterior", completou.

Histórico - Mantega destacou que vários países começaram a regulamentar melhor esses mercados depois da crise de 2008, quando muitos fundos de hedge estavam alavancados. Segundo ele, a MP obriga o registro na BM&F e na Cetip de todas as operações feitas nesse mercado, incluindo as negociações no balcão. Para ele, essa obrigatoriedade dará mais transparência no segmento de derivativos.

O ministro lembrou que, durante a crise, algumas empresas no Brasil estavam muito alavancadas nos chamados "derivativos tóxicos" e ficaram em situação complicada. "De lá para cá, tomamos várias medidas para diminuir a alavancagem e a exposição nesses derivativos", disse.

Mantega explicou que todas as medidas foram feitas em acordo com o Banco Central (BC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). "Estamos de acordo e não há previsão de mudança de regras por enquanto", disse. "De acordo com necessidade, estaremos tomando as medidas", completou.

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