Ao deixar a articulação política do governo e assumir o Ministério da Pesca, o ministro Luiz Sérgio afirmou que "fez o possível" nos cinco meses que ficou à frente da Secretaria de Relações Institucionais. Apelidado de "garçom" entre os aliados pela falta de poder de decisão, o petista disse que buscou "ouvir mais do que falar".
"Busquei ouvir mais do que falar, me esforcei para dar encaminhamento a cada reivindicação. Dentro do raio do ministério, fiz o que era possível."
Luiz Sérgio disse ainda que está apenas "trocando de trincheiras". Após o discurso, o ministro foi aplaudido de pé pela plateia de senadores, deputados e ministros.
Na tentativa de minimizar as críticas pelas negociações com o Congresso, Luiz Sérgio ainda apresentou um balanço dos projetos e medidas provisórias aprovadas, mas não citou a derrota do governo na votação da reforma do Código Florestal.
Ele assume nesta segunda-feira o Ministério da Pesca, em uma troca feita com a ministra Ideli Salvatti, que assume a articulação política do governo.
Embora Dilma tivesse demonstrado contrariedade com o processo de fritura a que Luiz Sérgio foi submetido pelo PT, que conspirava abertamente inclusive para indicar seu sucessor, o próprio ministro disse que a situação ficou insustentável e decidiu pedir demissão.
Ao tomar posse no novo ministério, Luiz Sérgio elogiou a sucessora na pasta de Relações Institucionais e voltou a dizer que sempre "buscou o diálogo". "Busquei sempre o diálogo, recebi todos sem exceção defendendo de forma legítima os interesses do povos de seus Estados."
A crise política que levou à saída de Antonio Palocci da Casa Civil, e depois de Luiz Sérgio, teve início no dia 15 de maio, após a Folha revelar que o ministro multiplicou seu patrimônio por 20 entre 2006 e 2010.
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