sexta-feira, 11 de março de 2011

Justiça decide se Lindemberg Alves irá a júri popular


O juiz José Carlos de França Carvalho, da Vara do Júri de Santo André, no ABC paulista, decide a partir desta sexta-feira se o entregador de pizzas Lindemberg Alves Fernandes irá a júri popular pela morte da ex-namorada Eloá Pimentel.

Foto: AE Ampliar

Eloá Pimentel durante o sequestro em 2009, em um dos raros momentos em que apareceu na janela do apartamento

O julgamento de Lindemberg estava marcado para o dia 21 de fevereiro deste ano, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acateou recurso da defesa e cancelou a fase de instrução do caso, fazendo-o voltar à estaca inicial. A advogada do réu, Ana Lúcia Assad, alegou que houve falhas no processo que impediram a ampla defesa dele.

Segundo informações do Ministério Público de São Paulo, estão previstas para serem ouvidas hoje as vítimas: Nayara Cristina, amiga de Eloá que foi baleada no rosto após também ser mantida refém, e os jovens Iago Vilela de Oliveira e Victor Lopes de Campo, que estavam no apartamento da vítima quando ele foi invadido por Lindemberg.

Além deles, estão previstos os interrogatórios de mais seis testemunhas de acusação. São elas:

- Adriano Giovanini, capitão do Grupo de Ações Táticas Especial (GATE) da Polícia Militar de São Paulo, que negociou com Lindemberg;
- Paulo Sérgio Schiavo, tenente do GATE;
- Douglas Pimentel da Silva e Ronickson Pimentel da Silva, irmãos de Eloá;
- Ségio Ludzna, delegado do 6ºDP de Santo André, responsável pelas investigações;
- Ana Cristina Pimentel da Rocha, mãe de Eloá

As testemunhas de defesa, arroladas pela advogada do acusado, serão ouvidas na próxima semana. Ainda não há data para Lindemberg ser ouvido. Apenas após o interrogatório dele, o juiz irá decidir se ele irá ou não a júri popular.

O caso

O sequestro começou em uma segunda-feira, dia 13 de outubro de 2008, quando Lindemberg invandiu o apartamento de Eloá Pimentel, de 15 anos, em um conjunto habitacional de Santo André. Inconformado com o fim do relacionamento, o jovem manteve a ex, e os amigos dela Iago Oliveira, Victor de Campo e Nayara Rodrigues reféns.

Os meninos foram soltos no mesmo dia e Nayara no dia seguinte. Contudo, pouco mais de 24h depois, Lindemberg exigiu a presença de Nayara para liberar Eloá, mas quando ela se aproximou do apartamento foi novamente rendida e feita refém.

A atuação da polícia no caso foi bastante criticada. Primeiramente, pela volta de Nayara ao cativeiro e, depois, por ter invadido o apartamento. Eles afirmaram que só entraram no local após ouvirem um disparo. Porém, Nayara afirma que Lindemberg só atirou após os policiais arrombarem a porta.

O caso foi transmitido em tempo real por emissoras de TV e Lindermberg chegou a dar entrevistas pelo celular que mantinha. O sequestro acabou com Eloá morta, após ser baleada na cabeça, e Nayara ferida no rosto.

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