quinta-feira, 10 de março de 2011
Cidade líbia vira "lugar fantasma" e até hospital se torna alvo
O hospital de Ras Lanuf, cidade da Líbia disputada em uma sangrenta batalha desde o início da semana por tropas leais ao regime do ditador líbio Muammar Gaddafi e os rebeldes que pedem uma democracia no país, foi esvaziado após um ataque com peças de artilharia, informou a agência de notícias France Presse. O jornal parisiense Le Monde informa que as ruas da cidade estão praticamente desertas.
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Os civis fugiram de Ras Lanuf desde o início da semana e uma família chegou a ser atingida por um míssil em seu carro na última segunda-feira (7), quando tentavam deixar o local durante a madrugada.
Desde o início da repressão contra os manifestantes, que começaram o movimento em 15 de fevereiro de forma pacífica, foram relatados ataques a hospitais para onde os feridos eram levados. Depois que a iniciativa se tornou uma revolta armada e tomou os contornos de uma guerra civil há mais de uma semana, tais violações, assim como assassinatos públicos de civis desarmados foram descritos por várias agências de notícias e correspondentes no país.
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O regime também tem demonstrado coerção a jornalistas que não foram convidados por Gaddafi – que está há mais de 40 anos no poder. O brasileiro Andrei Netto, um correspondente do jornal O Estado de S.Paulo, foi preso por forças leais ao governo no oeste do país, de acordo com seu colega Lourival Sant’Anna. Uma equipe da BBC foi presa e alvo de torturas. O jornal britânico The Guardian informou que um de seus correspondentes, Ghaith Abdul-Ahad, desapareceu também na região de Zawiya.
Apesar do pouco apoio popular, o ditador líbio ainda tem altos oficiais das Forças Armadas a seu lado e, de acordo com o jornal americano The New York Times, os anos de embargo ao país fizeram com que Gaddafi guardasse bilhões em dinheiro e ativos de difícil identificação. Logo, ele conta com muito dinheiro líquido para pagar mercenários africanos, que ele “importou” em massa desde o início da rebelião, informou ainda o jornal. Gaddafi conta ainda com homens recrutados em outros países, incluindo Ucrânia.
A Cruz Vermelha informou, de acordo com a France Presse, que se prepara para o “pior” na Líbia.
Enquanto isso, a ofensiva diplomática do ditador esbarrou ao menos em um país da União Europeia. A França se tornou o primeiro governo a reconhecer oficialmente os rebeldes, apesar dos emissários que Gaddafi enviou à Europa e ao Egito.
O ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, ao lado do da Alemanha, Guido Westerwelle, pediu que mais governos europeus reconheçam os rebeldes. No entanto, ante a hesitação americana, os europeus ainda se mostram divididos em relação a uma zona de exclusão aérea na Líbia. O tema será abordado em reuniões da União Europeia e da Otan (aliança militar ocidental) nesta quinta-feira.
A França, que vê resistência em relação à proposta, já defende a realização de bombardeios em instalações vitais para o regime líbio, de acordo com o jornal parisiense Le Monde. O Reino Unido voltou a insistir na zona de exclusão aérea, relata ainda a France Presse.
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