
O banco central do Japão vai intervir no sistema financeiro do país quando os mercados abrirem amanhã.
O Governador do Banco do Japão, Masaaki Shirakawa, revelou hoje que a instituição irá injectar montantes "massivos" de liquidez no sistema financeiro, de modo a manter os mercados estáveis, após o sismo de 8,9 na escala de Richter e posterior tsunami que atingiram o país, na sexta-feira.
O banco central nipónico poderá injectar entre 17,5 e 26,3 mil milhões de euros, um montante cerca de duas a três vezes superior ao normal, noticia a Reuters.
O montante da injecção será decidido amanhã durante a reunião de política monetária do Banco do Japão. É esperado o banco central nipónico mantenha os juros no país perto de zero.
O Banco do Japão garantiu ainda que fará tudo o que for possível para garantir que os cortes de electricidade levados a cabo a partir de amanhã não afectem o funcionamento do sistema financeiro, segundo a agência japonesa Kyodo.
A evolução dos mercados será também seguida de perto pelo Governo, que fará tudo para combater os movimentos especulativos, afirmou o ministro da Economia do Japão, Kaoru Yosano.
Além disso, o Executivo japonês vai trabalhar "de uma forma mais próxima que o costume" com o Banco do Japão, para enfrentar, de um modo coordenado, o impacto financeiro do sismo na economia do país.
Segundo as empresas de avaliação de risco mais prestigiadas dos Estados Unidos, como a AIR Worddwide, o sismo terá causado perdas superiores a 70 mil milhões de euros. Só em propriedades seguradas os prejuízos deverão ascender a 24,6 mil milhões de euros.
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