sábado, 5 de fevereiro de 2011

Tentativa de assassinato



Vice do Egito teria sofrido tentativa de assassinato
Segundo emissora americana Fox News, comboio em que Omar Suleiman viajava teria sido atacado, e dois seguranças, morrido

O vice-presidente do Egito, Omar Suleiman, teria sofrido uma tentativa de assassinato, nos últimos dias, que deixou dois de seus seguranças mortos. Segundo a emissora de TV Fox News, homens teriam atirado no comboio em que ele viajava.

A Casa Branca, no entanto, recusa-se a confirmar as informações. "Eu não vou entrar nesta questão", disse Robert Gibbs, porta-voz do presidente, americano, Barack Obama. Se confirmado, o fato representa um novo elemento nos protestos do Egito, que vive o 12º dia de protestos pedindo a saída do presidente Hosni Mubarak.

Neste sábado, Suleiman e outros líderes militares discutem passos para limitar o poder de decisão e a autoridade do presidente Hosni Mubarak, assim como sua possível remoção do palácio presidencial no Cairo. De acordo com o jornal americano The New York Times, o diálogo, no entanto, não cogitaria - pelo menos por enquanto - a saída completa de Mubarak da presidência egípcia. As conversas ocorrem enquanto o próprio Mubarak debate com os principais ministros de seu governo como reativar a economia, castigada pelos 12 dias de protestos.
Foto: AP

Manifestantes opositores limpam praça Tahrir, centro das manifestantes no Cairo

A crise política gerou uma paralisia econômica no país, fechando bancos e a bolsa de valores do Cairo, os turistas deixaram os resorts e os preços de produtos como cigarros e pão vêm subindo vertiginosamente. Em uma tentativa de normalizar a situação, o primeiro-ministro Ahmad Shafiq pediu que os egípcios voltem ao trabalho e anunciou a reabertura dos bancos para domingo, o primeiro dia útil da semana no país. A bolsa de valores, no entanto, não reabrirá no domingo ou na segunda-feira.

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Um governo de transição liderado por Suleiman, segundo oficiais americanos e egípcios, estaria apto a negociar com figuras da oposição para debater ajustes na Constituição do Egito e dar início a um processo de mudanças democráticas. Por outro lado, partidos de oposição que se recusaram anteriormente a negociar com o governo aceitaram dialogar com Suleiman neste sábado. "Com base nas promessas que o governo nos deu de que irá investigar os confrontos na praça Tahrir, concordamos em nos encontrar amanhã", disse Fouad Badrawi, secretário-geral do partido oposicionista Wafd, na sexta-feira. O principal grupo de oposição no Egito, a Irmandade Muçulmana se disse pronta para negociar com o governo, desde que haja um acordo por escrito sobre a realização de uma reforma política dentro de um cronograma específico.

Neste sábado, os protestos contra Mubarak entraram no 12º dia, com milhares de manifestantes que passaram a noite acampados na praça Tahrir, no centro do Cairo. O clima no centro do Cairo pela manhã era tenso, mas pacífico, de acordo com a rede de TV americana CNN. Alguns manifestantes rezavam, enquanto carros circulavam sem ter de passar por inspeções das forças de segurança. Na madrugada de sexta-feira para sábado, no entanto, tiros foram ouvidos na praça e soldados atiraram para o alto para dispersar ativistas opositores, que acusavam militantes pró-Mubarak de ter dado os disparos iniciais.

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Na manhã deste sábado, um dos principais gasodutos da cidade de Arish, norte da península do Sinai, a 10 quilômetros da Faixa de Gaza. Segundo a emissora egípcia, alguns "sabotadores" explodiram o principal gasoduto que liga Arish à Jordânia, mas o país de destino do gás é fonte de confusão, já que as cadeias de TV Al-Arabiya e Al-Jazeera citam Israel como destino.

ElBaradei

Prêmio Nobel da Paz e político opositor, Mohamed ElBaradei expressou sua vontade de participar de um governo de transição com os militares, uma vez que o presidente Hosni Mubarak deixe o governo. "Mubarak deve sair, não em qualquer momento, mas agora", afirmou ElBaredei em entrevista à revista alemã Der Spiegel. "É certo que algum país árabe o acolherá. Ouvi falar no Barein", comenta o ex-diretor-geral do Organismo Internacional para a Energia Atômica (AIEA).

ElBaradei aposta em negociar com o Exército o processo de transição no Egito e, enquanto isso, continuar mobilizando os protestos contra Mubarak.

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