terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Sarney quer acabar com os “puxadores de voto” Presidente do Senado defende o fim da transferência de votos, como aconteceu com Tiririca


O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defendeu nesta terça-feira (22) que a reforma política se oriente pelo “voto uninominal”. No jargão técnico, significa acabar com a transferência de votos que ocorre hoje na escolha dos deputados e vereadores.

- Resolvendo o problema do voto uninominal, resolvemos 60% de todo o problema da reforma política.

Pelo sistema proporcional, que funciona hoje, os votos dados aos candidatos de um partido ou coligação são somados. Assim, o partido ou coligação obtêm as vagas proporcionais ao número total de votos. Os candidatos mais votados de cada legenda ocupam as vagas.

Foi o que possibilitou, por exemplo, que o deputado federal Protógenes Queiroz (PC do B-SP) fosse eleito pela “sobra” de votos do que teve seu colega Tiririca (PR-SP), mesmo sendo de partidos diferentes, mas da mesma coligação.

Ainda hoje, deve ser instalada no Senado uma comissão, formada por veteranos, para discutir propostas para mudar as regras eleitorais. Entre as ideias, há divergências: o PT defende o voto em lista e PMDB o voto distrital.

No primeiro, o eleitor vota apenas no partido, que determina previamente quem entra no Legislativo, dependendo do número de votos que obtiver. No distrital, o país inteiro é dividido em pequenas regiões, onde cada uma escolhe apenas um representante, o mais votado.

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Questionado sobre as disparidades, Sarney disse que a comissão deve se concentrar em “problemas tópicos”, e não deve entrar “na parte teórica”. No final, porém, defendeu um sistema misto, que junte a regra mista e proporcional.

- Nós temos de encontrar uma fórmula na qual possamos combinar o voto majoritário com o voto proporcional, é meu ponto de vista.

Sarney descartou a chance de a comissão acabar sem propostas. Disse que ela será formada pelos “homens mais experientes do país”, em referência à participação de ex-presidentes como Fernando Collor e Itamar Franco, além de vários ex-governadores. O grupo terá 45 dias para formular projetos.

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