quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

PT ensaia apoio genérico a Dilma sobre salário.


PT ensaia apoio genérico a Dilma sobre salário mínimo

Partido comemora 31 anos hoje e aproveita festa para marcar volta do ex-presidente Lula à cena política

Em meio ao clima de tensão que tomou conta da relação entre as centrais sindicais e o governo da presidenta Dilma Rousseff, o PT planeja uma manifestação formal de apoio à política adotada pelo governo na questão do salário mínimo, mas deve evitar se comprometer com um valor. Embora não haja sequer a certeza de que o tema entrará na resolução que será tirada do encontro do Diretório Nacional da sigla nesta quinta-feira, é consenso na ala majoritária do partido que qualquer manifestação não falará em números.

Instância responsável por ditar o posicionamento do PT, o Diretório Nacional realiza hoje, em Brasília, sua primeira reunião desde que Dilma foi eleita. Para minimizar o risco de tensão, ficou acertado que o debate político que geralmente acontece entre seus 81 integrantes ficaria em segundo plano, dando lugar à festa em comemoração pela volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à presidência de honra do PT.

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Reunidos ontem em Brasília, membros da corrente Construindo um Novo Brasil – a mais forte dentro do Diretório Nacional – minimizaram a decisão de não apoiar expressamente um valor de R$ 545. Na prática, o movimento não pretende contestar a proposta do Planalto, mas sim evitar o embate direto com as centrais sindicais, que pedem que o valor seja elevado para R$ 580. “Não podemos reduzir o que estamos vivendo neste momento a uma cifra do mínimo”, disse José Genoino, membro do Diretório Nacional. “A posição do governo é posição do PT”, completou o líder do Senado, Humberto Costa (PE).

Ex-presidente do partido, o deputado Ricardo Berzoini (SP) disse que os parlamentares que integram a corrente assumiram o compromisso de apoiar incondicionalmente a posição de Dilma em relação ao assunto. E negou que haja dissidências dentro da bancada petista. “Na bancada não há absolutamente nenhum deputado contrário ao governo”, disse Berzoini, alegando que por isso a sigla não vê a necessidade de fechar questão sobre o assunto. Se isso ocorresse, deputados que votassem contra a proposta do Planalto estariam sujeitos à expulsão.

Petistas explicaram a posição alegando que não é tradição do partido fechar números em suas resoluções, mas sim fazer uma defesa genérica sobre questões como a “valorização do salário mínimo”.

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