quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O MELHOR RONALDO DE SEMPRE


Melhor prestação da carreira de Ronaldo terá tido lugar em Old Trafford

Não poderia haver palco mais indicado para uma partida entre dois colossos que disputavam uns quartos-de-final cujo forte odor era de final antecipada, uma vez que colocava dois dos mais dominantes emblemas da história do futebol mundial, o Manchester United e o Real Madrid, que no mítico Teatro dos Sonhos, Old Trafford, se encontravam para uma escaldante segunda mão que colocava o dia 23 de Abril de 2003 entre as datas mais marcantes do futebol mundial.

Esta partida tornar-se-ia inesquecível por vários importantes motives, não só pelo prestígio da prova, pela dimensão dos emblemas que se defrontavam, mas mais ainda porque numa partida recheada de estrelas, ou não estivessem em confronto as 'superstars' do Manchester United e um Real Madrid em plena fase 'galáctica', cuja galáxia foi neste duelo liderada por um Rei-Sol, que se colocava no ataque, decidindo de forma espantosa a eliminatória.

Num período em que a retirada de Ronaldo Fenómeno vem sendo notícia, nada melhor do que relembrar a partida que sera muito provavelmente o ponto alto da sua carreira, tendo todo o Mundo, quando os relógios tocavam sensivelmente as 22h45 desse dia olhado os céus e agradecido a uma entidade superior a possibilidade de ter assistido ao vivo ou pela televisão a tamanha demonstração individualizada de heroísmo.

Em pleno Teatro dos Sonhos, o craque brasileiro seguiu a ideia deixada pela imponente denominação do próprio estádio, tendo sonhado como muito poucos o conseguiram fazer na História do futebol mundial, provando que apenas um Fenómeno poderia revelar-se tão decisivo numa eliminatória que ameaçava tornar-se decisiva para o Real Madrid.

Nesta eliminatória, os 'merengues' encontravam nos 'red devils' uma fortíssima oposição, tendo uma mágica partida feito jus à magia que ainda hoje qualquer adepto sente quando confrontado com a magia proveniente do Manchester United ou o Real Madrid.

Se United e Real provaram o porquê de se encontrarem na galeria dos mais poderosos clubes da História, Ronaldo 'arrombava' os portões que separam os humanos das divindades, tendo obtido um sensacional 'hat-trick' que o tornou o herói de uma disputadíssima eliminatória, não conseguindo estender a sua preponderância para as meias-finais, onde uma organizada Juventus provava que era mesmo possível derrubar a 'galáxia'.

Com três golos e uma exibição de sonho, Ronaldo remetia ao anonimato todas as estrelas presentes

No entanto, em Old Trafford a 'galáxia' do Real teve em Ronaldo o seu líder, tendo a estrela brasileira arrancado uma exibição que jamais será esquecida pelos manuais de futebol que relatarão a preenchida história da Liga dos Campeões, que terá esta eliminatória nas suas páginas mais douradas. Milhões de adeptos se deliciaram com a superior classe de Ronaldo nesra partida, inclusivamente o público de Old Trafford, que na hora da eliminação não hesitou em curvar-se perante o esplendor.

Assim, todo o público aplaudiu de pé a estrela maior de um grande encontro de futebol, tendo Ronaldo tido a possibilidade de sair para ouvir uma gigantesca e global ovação, tendo saído do relvado para entrar na memória de todos os adeptos de futebol que assistiam a tão emocionante momento, que atinge um nível de espectacularidade apenas semelhante ao terceiro e último golo da sua contagem neste encontro.

Assim, parece difícil escolher qual o ponto alto do encontro. Paira a dúvida entre um golo de antologia no qua os defesas do United se afastavam, dando lugar a um fortíssimo disparo de longa distância que batia um escandalizado Fabien Barthez, que nada poderia fazer para evitar um momento de pura magia que muitos apontam como um dos momentos mais marcantes da era 'galáctica'.

Por outro lado, não mais se terá visto Old Trafford rendido a um adversário na hora da sua substituição, o que sublinha a deslumbrante prestação do Fenómeno, que por 90 minutos tornava quase anónimas todas as grandes estrelas que consigo partilhavam o relvado, entre elas os seus companheiros Luís Figo e Zinedine Zidane.

Os minutos 12, 50 e 59 desse confronto registam três marcas de Ronaldo num encontro que pela sua acção se tornou imortal, tendo o goleador brasileiro saído ainda a meio da segunda metade, aos 67 minutos, quando tudo já havia decidido, para dar lugar a Santiago Solari, que num simples gesto se vê associado a uma partida em que rendeu um Deus, um acontecimento tão invulgar como o facto de uma derrota ter sido tão festejada em Madrid.

Os estranhos fenómenos repetir-se-iam: por outro lado, a vitória por 4-3 teve um sabor manifestamente amargo em Manchester, uma vez que triunfar acabou mesmo por de nada servir para os ingleses, que para além de um auto-golo de Ivan Helguera apontariam os restantes golos por Ruud van Nistelrooy e David Beckham.

Tempos mais tarde, ambos acabariam por 'converter-se' ao inimigo, juntando-se ao poder galáctico do Real. No entanto, Fenómeno escreveu-se na língua de Camões, tendo Ronaldo permanecido no topo da montanha depois de ter rubricado o seu nome num duelo que o apresentará às próximas gerações.

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