
O vereador Marcos Vaquero foi o primeiro de cinco reféns que serão libertados pela guerrilha até domingo
Villavicencio, Colômbia As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) entregaram, ontem, a uma missão humanitária um vereador que passou 19 meses sequestrado na selva colombiana. Marcos Vaquero foi o primeiro de cinco reféns que a guerrilha colombiana prometeu libertar unilateralmente como gesto de paz, informou o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
O vereador foi entregue em um ponto não revelado da selva colombiana a uma missão chefiada pela ex-senadora Piedad Córdoba, usando helicópteros militares e tripulantes cedidos pelo Brasil.
Após o resgate, Vaquero disse por telefone à rede de TV colombiana Caracol que sua libertação das Farc "correu bem" e que estava ao lado de Córdoba e de soldados brasileiros.
O vereador foi recebido no Aeroporto Vanguardia de Villavicencio pela mulher e os filhos às 14h locais (17h em Brasília).
"As primeiras palavras são para minha família e a minha mulher que amo muito. Graças a Deus já estamos saindo", disse.
Vaquero foi sequestrado em 28 de junho de 2009 quando guerrilheiros das Farc atacaram com explosivos e disparos de fuzil uma comitiva política que se deslocava próximo à cidade de San José del Guaviare.
O ataque teria ocorrido em represália à destruição de cultivos ilícitos de folha de coca na região.
Após o resgate do vereador, a missão humanitária liderada por Córdoba irá de novo à selva resgatar o vereador Armando Acuña, do município de Garzón, e o soldado da Marinha Henry López.
Operação
A última etapa da missão ocorre no domingo (12), na cidade de Ibagué, de onde os helicópteros partirão para receber o major da Polícia Guillermo Solórzano e o suboficial do Exército Salín Antonio Sanmiguel.
Desde 2008, as Farc, considerado terrorista pelos Estados Unidos e União Europeia, vem gradualmente libertando vários reféns.
Segundo analistas, essa estratégia se destinaria a chamar a atenção para a guerrilha e limpar sua imagem perante a comunidade internacional.
Depois da libertação, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia manterão cerca de 15 militares como reféns
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