O Cerrado, segundo maior bioma brasileiro, já teve praticamente metade de sua área devastada, segundo dados divulgados nesta terça-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A cobertura vegetal da região, que originalmente tinha 2,038 milhões de km², chegou a apenas 1,05 milhão de km² em 2008. A área já havia perdido 986 mil km² até aquele ano, o que representa 48,37% do total.
De acordo com a ONG Conservação Internacional, o Cerrado abriga 10 mil espécies vegetais, uma grande variedade de vertebrados terrestres e aquáticos e um elevado número de invertebrados. A organização diz que "espécies ameaçadas como a onça-pintada, o tatu-canastra, o lobo-guará, a águia-cinzenta e o cachorro-do-mato-vinagre, entre muitas outras, ainda têm populações significativas no Cerrado".
Entre 2002 e 2008, os Estados que apresentaram, em termos absolutos, maior área desmatada foram Mato Grosso (17,5 mil km²), Maranhão (14,8 mil km²) e Tocantins (12,1 mil km²). Em termos relativos, levando em conta o percentual desmatado, os campeões foram Maranhão (6,99%), Bahia (6,12%) e Mato Grosso (4,90%).
Com isso, o Cerrado que registra taxas de desflorestamento mais altas que as da Amazônia – onde a área desmatada é de 14,6% e o desflorestamento caiu cerca de 40% entre 2002 e 2008.
O IBGE alerta para ritmo do desmatamento do bioma e sugere medidas urgentes, como a criação de unidades de conservação em áreas de fronteira agrícola e que "especial atenção e medidas de proteção e controle se fazem necessárias".
– Especial", informa o texto, ao destacar a necessidade de salvar "aquela que é considerada a savana mais biodiversa do mundo",
Segundo a pesquisa, a expansão para Estados do Norte e Nordeste (Bahia, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão) no período, acompanha a extensão de atividades agropastoris.
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